segunda-feira, 9 de junho de 2025

A Questão do sentimento e o Respeito por si mesmo- coletânea

  • "Algumas histórias que não se encerram, elas repousam como brasas sob a pele, esperando o sopro certo para arder de novo, com menos dor e mais sentido."
A primeira palavra desta série foi escrita numa segunda-feira, 27 de junho de 2011. A última ainda não foi dada 
. Entre uma data e o hoje , não se passaram apenas catorze anos — passou uma vida.
Esses textos não nasceram de uma intenção literária, mas de uma necessidade vital. São crônicas, cartas, confissões e lendas pessoais e de todos que não desistem  de acreditar  na vida em meio aos espinhos da realidade 
 Pequenos mitos cotidianos que carregam mais verdade de todos,  do que biografia. Neles, o tempo dobra, o passado reaparece com outras roupas, e o coração vira personagem. Aqui, a memória não é museu, é território sagrado.
As personagens atravessam essas páginas como figuras de um velho sonho:

– uma menina que ensinou o que é o amor quando já era tarde demais;
– um jovem índio nahua que  guardava os segredos do respeito e da renúncia;;
– um escriba cansado, entre a dor e o riso, tentando salvar-se com palavras.

Não espere cronologia. Aqui, o tempo é espiral. Há textos que nascem da ausência, outros da presença insuportável. Há histórias que parecem inventadas, mas são apenas simbólicas demais para caber na realidade bruta.
Por entre as linhas, surgem sombras de mitos antigos: a fênix, que renasce de suas próprias cinzas como quem ama de novo;
Ícaro, que voou alto demais com asas frágeis, mas preferiu cair a viver rasteiro; e Paulo, apóstolo de rupturas, que aprendeu a viver com um espinho na carne, sem deixar de correr a corrida até o fim, a citação de canções  e mitos  das mitologias  possíveis  e músicas  que  carregam  histórias  dos autores  que nós  roubamos para nossa história  pessoal 
Cada texto caminha entre a vida e a eternidade, entre o que foi e o que insiste em permanecer e se tem um verbo que podemos  usar  em todo final dos textos será o esperançar de Paulo Freire. 
Porque certas memórias não morrem,  ressuscitam em palavras  motivando o caminho 

Publico esta série não é um gesto de vaidade, mas de rito. É o fechar de um ciclo. É como colocar pedras num rio para lembrar por onde se atravessou.
Quem lê, talvez se encontre. Quem já viveu, talvez entenda..

 E quem ama, saberá: respeitar o sentimento é também respeitar-se.

Bom encontro!

DNonato – graduado em História, teólogo do cotidiano, indigente do sagrado.

Não precisa de uma sequência  para essa leitura, escolha ou faça a sua 

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