terça-feira, 27 de junho de 2017

A Questão do sentimento e o Respeito por si mesmo - XXIII


Esses dias, ouvindo um pregador, ele dizia que sabemos o quanto somos amados quando somos perdoados pelas nossas maiores tolices. Aí, recordamos o texto número 21 da nossa trilogia A Questão do Sentimento e o Respeito a Si Mesmo¹
 “Quando não aprendemos que o amor, o sentimento nobre, envolve aceitar o outro como é, como de fato ele se revela — e não uma casca de comportamentos e regras sociais —, quando temos aceitação do outro como um todo, com suas virtudes e defeitos, certamente nos aceitaremos como pessoa humana. Assim, seremos pessoas melhores e, sendo melhores, tocaremos o divino. O sentimento vai envolver todos os sentidos, e o perdão brotará como algo simples e verdadeiro, sendo a maior prova de amor.”²
Aceitar o outro não quer dizer que devemos negar os valores que herdamos de nossa família.
Aceitar o outro é saber que ele é objeto de amor, amado, mas que você também merece um pouco desse amor.
Ouvindo essa canção, recordamos a interrogação que temos no fim de uma relação — sobretudo quando é uma relação que durou 2, 3 anos ou o tempo suficiente para sabermos o quanto valeu a pena o amor.
“O que fazer da vida sem você?” — nos interrogamos, nos perguntamos e nos questionamos: qual foi o nosso maior erro na relação?
Talvez o maior erro na relação tenha sido esperar do outro aquilo que não oferecemos, ou aquilo que demos em excesso. Um cantor diz, em uma canção, que “ser amado em excesso faz tão mal quanto não ser”³
Às vezes, nos preocupamos tanto em provar que amamos, que esquecemos o quanto de nós precisa de nós mesmos.
Somos assim: miramos no externo e esquecemos o interior. E a cegueira de um amor nos leva ao estado de desespero. Com isso, a pergunta de Fernando Mendes[4] fica rodando em nossa cabeça e nos obriga a noites acordadas. O sentimento por si mesmo pode nos levar ao delírio da ausência do eu real.
Sinceramente, sempre esperamos o retorno da pessoa amada, dizendo que aquilo foi um pesadelo — o pesadelo que você viveu. Contudo, antes do outro voltar, esteja pronto para você ser feliz do jeito certo e da forma correta, aceitando seus deslizes e acertos.
Pois, só pode amar alguém quem aprendeu a amar a si mesmo primeiro.
E agora? O que fazemos da vida sem você?⁴
Vamos em frente, conscientes de que fizemos o que foi possível. Se não voltou, é porque não devia ter vindo — ou entrou em nossa vida para nos levar ao deserto ou ao alto-mar.



[1]  Publicado  na sexta-feira, 24 de março de 2017
[2] DNonato
[3] Padre Fabio Melo
[4] Você não me ensinou a te esquecer iinterpretado por  Zé  Valdo e Márcio  Queiroz 

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