sexta-feira, 24 de março de 2017

A Questão do sentimento e o respeito a si mesmo XXII

Certa vez  um pobre índio Nahua (leia o conto) teve um sonho. Sonho de ser muito feliz, um sonho que fora lançado por uma bela morena de  olhos de jabuticaba.  O encontro deles foi algo  divino, algo que somente a força do Querer poderia explicar.  Como todo índio ou todo macho interpretar  as vontades e manias de um fêmea é algo complexo.    Quando se  encontrava os minutos virava segundos e minutos segundos e assim viveram  uma experiência diferente, onde o tempo era seu pior inimigo.  Foram de amigos a amantes e agora de amantes apenas conhecidos sem coragem de olhar nos olhos e assumir a vontade de ser um outro.  Ela como dissemos continua atrelada aos grilhões, não tem coragem de sonhar ou ousar  acreditar que o amor pode  sim nos realizar. 

Senhora dona de si mesmo, senhora dona da vida do pobre e do coração do pobre mortal.   Por que?  Como poderia um sentimento tão nobre ser abandonado, abortado ou deixado de lado? 
Somos assim, queremos o nobre o divino, mas somos incapazes de perdoar as imperfeições do ser amado, somos incapazes de aceitar que somos culpados e que  nossas escolhas são tolas e fracas, mas mesmo assim não deixamos de dizer que o outro não nos agrada, que outro não é nosso tipo ou o modelo que  sonhamos para o nosso prazer.
 
Quando agimos assim, quando pensamos assim?  Quando não aprendemos que o amor, o sentimento nobre envolve o aceitar o outro como é, como de fato ele se revela e não uma casca de  comportamentos  e regras sociais.  Quando temos aceitação do outro como um todo com suas virtudes e defeitos certamente nos aceitaremos como pessoa humana, assim seremos pessoas melhores e sendo melhores tocaremos o divino e o sentimento vai envolver todos os sentidos e o perdão brotará como algo simples e verdadeiro, e será a maior prova de amor.
Não somos máquinas, não somos automatizados para amar ou odiar, somos humanos e como humanos somos chamados a cultivar  o sentimento nobre que nos aproxima de Deus.  
Não podemos viver com  uma vida pela metade, não podemos ter meia felicidade, pois a vida é assim, somos ou não,  temos ou não, vivemos ou não. Pois, esperar pelo um milagre no outro e necessário cultivar o milagre em si com isso fazer  que se desperte o milagre do amor.

Tudo que vivemos tem  um preço, tudo que fazemos tem consequências são as leis naturais da física, da química e toda natureza.  Não se pode alegar insanidade para o  sentido de  estar vivo ou presente na realidade do outro, não se pode fugir do seu eu ou tão pouco do outro  que se esconde no próprio seio.  Mas d a morena tem essa capacidade e vive essa realidade como se fosse possível. No fim de tudo quem decide pela sua felicidade é você. Como ser feliz,   sabendo o que  fez ao  outro  sem uma segunda chance, para provar que poderia acrescentar mais que amizade, mais que conselhos? 

DNonato

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