sexta-feira, 24 de março de 2017

Reformas, quem paga a conta?

Em junho de 2013[1] vimos  um grupo saindo nas ruas brigando por  R$ 0,20  gritava contra o governo federal como se esse fosse o principal carrasco do sistema. Ouvi jovens nas redes sociais gritando contra a corrupção e fazendo  defensores do direito e da razão.  Vimos cidades fechadas, vias interditadas pelos R$ 0,20 como se isso fosse um absurdo e que era demais. Sinceramente vi grupo de demagogos se manifestante e desestabilizando um país, vimos uma população motivada pelo ideal e alimentada por uma mídia em não ter ideologia.
Quadro comparativo 
 Eis que surge  um cavaleiro  de Curitiba  que começa a investigar  e começa as manifestação dos paneleiros de teflon (PANELA DE TEFLON É CARA).  Vimos grupos diversos de vários lugares e em várias cidades  pedindo o fim do governo corrupto e sujo, foi uma coisa caricata o voto da câmara dos deputados e até por motivos além da  realidade brasileiras foi votado abertura de processo contra a mandatária com a  final já escrito e anunciado que o vice que cometera o mesmo crime assumindo o cargo. E todo vendaval de reforma vem  com novo governo  que se diz preocupado em   sair da crise, mas   alguém vai pagar  a conta e  esse alguém é o pequeno o menor, o pobre. Ontem  foi votada a terceirização (veja o quadro abaixo) de alguns serviços é o primeiro passo para sepultar a CLT[2].  Perecebemos ainda o projeto de colocar o nosso povo para trabalhar 49 anos quando um presidente e um  governador  trabalha só quatro, um parlamentar  só trabalha 16 e não estão todos os dias no seu local de trabalho. Resumo,  o povo se cala e vamos engolir isso como.
Agora foi revogada a lei do Sexagenário

Somos assim. Omisso ou manipulados e  vejo as vezes o povo como um grande jegue que votou na  Proposta petista quando dizíamos que a crise existia e que esse vice era  presente de grego e congresso nacional estava preso a um projeto do minha barriga e dos meus  filhos.  Fala da crise e das dificuldade de se manter os projetos sociais. Mas, não vejo deputado, senador ou qualquer um deles abrindo mão do sua renda  de  R$ 1.038.285.980,64 ao ano  (agora multiplica por 513) sem mencionar o gasto com os senadores e e presidência etc.  Ainda temos um juiz ganha chega a ganhar com todas as vantagens e benefícios o valor de 1.008.000  ao ano sem mencionar  o 13º salario. E povo se cala, não vai para a paulista, não fecha as vias, não veste o verde e amarelo etc.
·        Cadê as juventude dos R$ 0,20?
·        Cadê os  combatentes da corrupção com seu uniforme da CBF?
·        Onde foi para o orgulho de ser brasileiro?
·        Onde estão as multidões que se diziam indignados e que a crise era culpa  de um grupo politico?
·        Onde esta sua vergonha?
Não tem como fechar esse texto, não sabemos onde vamos parar, onde e como podemos sobreviver em um país onde um grupo se acovarde diate de um estupro da dignidade do trabalhador, onde políticos que deveriam esta na cadeia, estão no poder e o povo vota com se esses fossem perfeitos.
Ainda deixamos a aqui nossa indignação no sentido de  que  sempre que  questiono sobre a corrupção eles me perguntam  se não cometemos a pequena corrupção. Somos o Brasil que predemos o ladrão de uma galinha  e  deixamos solto o ladrão da fazenda e assassino  dos donos da terra.
O PERIGO DA TERCEIRIZAÇÃO:[3]
Salários e benefícios devem ser cortados
O salário de trabalhadores terceirizados é 24% menor do que o dos  empregados formais, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). No setor bancário, a diferença é ainda maior: eles ganham em média um terço do salário dos contratados. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, eles não têm participação nos lucros, auxílio-creche e jornada de seis horas.
2 Número de empregos pode cair
Terceirizados trabalham, em média, 3 horas a mais por semana do que contratados diretamente. Com mais gente fazendo jornadas maiores,  deve cair o número de vagas em todos os setores.  Se o processo fosse inverso e os terceirizados passassem a trabalhar o mesmo número de horas que os contratados, seriam criadas 882.959 novas vagas, segundo o Dieese.
3 Risco de acidente vai aumentar
Os terceirizados são os empregados que mais sofrem acidentes. Na Petrobrás, mais de 80% dos mortos em serviço entre 1995 e 2013 eram subcontratados. A segurança é prejudicada porque companhias de menor porte não têm as mesmas condições tecnológicas e econômicas. Além disso, elas recebem menos cobrança para manter um padrão equivalente ao seu porte.
4 Preconceito no trabalho pode crescer
A maior ocorrência de denúncias de discriminação está em setores onde há mais terceirizados, como os de limpeza e vigilância, segundo relatório da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Com refeitórios, vestiários e uniformes que os diferenciam, incentiva-se a percepção discriminatória de que são trabalhadores de “segunda classe”.
5 Negociação com patrão ficará mais difícil
Terceirizados que trabalham em um mesmo local têm patrões diferentes e são representados por sindicatos de setores distintos. Essa divisão afeta a capacidade deles pressionarem por benefícios. Isolados, terão mais dificuldades de negociar de forma conjunta ou de fazer ações como greves.
6 Casos de trabalho escravo podem se multiplicar
A mão de obra terceirizada é usada para tentar fugir das responsabilidades trabalhistas. Entre 2010 e 2014, cerca de 90% dos trabalhadores resgatados nos dez maiores flagrantes de trabalho escravo contemporâneo eram terceirizados, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Casos como esses já acontecem em setores como mineração, confecções e manutenção elétrica.
7 Maus empregadores sairão impunes
Com a nova lei, ficará mais difícil responsabilizar empregadores que desrespeitam os direitos trabalhistas porque a relação entre a empresa principal e o funcionário terceirizado fica mais distante e difícil de ser comprovada. Em dezembro do último ano, o Tribunal Superior do Trabalho tinha 15.082 processos sobre terceirização na fila para serem julgados e a perspectiva dos juízes é que esse número aumente. Isso porque é mais difícil provar a responsabilidade dos empregadores sobre lesões a terceirizados.
8 Haverá mais facilidades para a corrupção
Casos de corrupção como o do bicheiro Carlos Cachoeira e do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda envolviam a terceirização de serviços públicos. Em diversos casos menores, contratos fraudulentos de terceirização também foram usados para desviar dinheiro do Estado. Para o procurador do trabalho Rafael Gomes, a nova lei libera a corrupção nas terceirizações do setor público. A saúde e a educação pública perdem dinheiro com isso.
9 Estado terá menos arrecadação e mais gasto
Empresas menores pagam menos impostos. Como o trabalho terceirizado transfere funcionários para empresas menores, isso diminuiria a arrecadação do Estado. Ao mesmo tempo, a ampliação da terceirização deve provocar uma sobrecarga adicional ao SUS (Sistema Único de Saúde) e ao INSS. Segundo juízes do TST, isso acontece porque os trabalhadores terceirizados são vítimas de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais com maior frequência, o que gera gastos ao setor público.



[2] CLT é a sigla da Consolidação das Leis do Trabalho. A CLT Ela foi criada através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 e sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas junto com seu segundo filho Diego Vargas, Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, entre 1937 e 1945, unificando toda legislação trabalhista então existente no Brasil. Alguns analistas afirmam que ela tenha sido fortemente inspirada na Carta del Lavoro do governo de Benito Mussolini na Itália, enquanto outros consideram este fato como uma mistificação.
[3] Fontes: Relatórios e pareceres da Procuradoria Geral da República (PGR), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e de juízes do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Entrevistas com o auditor-fiscal Renato Bignami e o procurador do trabalho Rafael Gomes.

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