Falta uma semana para de fato fecharmos uma eleição no Brasil que envolve dois extremos. Temos o risco de um rompimento da democracia com discurso que houve fraude no primeiro turno que se por acaso resultado da eleição tiver o resultado diferente do esperado. Cada vez mais observamos o discurso político realizado por padres e pastores falando e um risco e que precisamos abraçar esse candidato por causa desse ou daquele proposta que esse defende. A dualidade do evangelho desse domingo nos ajuda ler o Brasil de hoje, pois aqui temos um se dizendo perfeito e digno e no outro lado um se assumindo pecador diante de Deus.
Mas vamos lá para
liturgia desse domingo que mostra o Evangelho
que aponta a maneira correta de se
apresentar diante de Deus sem convencimento ou prepotência, se assumindo
pequeno diante da grandeza do Altíssimo
e liturgia desse domingo é a seguinte: Eclesiástico:
35,15b-17.20-22ª; Salmo 33 (34) com o Refrão: O Senhor ouviu o
clamor do pobre; II Timóteo 4,6-8.16-18 e o evangelho de Lucas 18,9-14.
Outro dia escrevemos
que a bíblia não é um livro que deve ser
tomado como uma receita, pois em toda bíblia
temos pessoas que fazem escolhas complicadas logo no inicio com Adão e Eva,
com Abraão com tentativa de ajudar Deus[1], Jacó que rouba a benção
de Esaú[2], passando pelo caso dos
filhos de Jacó que vendeu o irmão José, por Moisés que alega ter tirado água em
Meriba[3], sem deixar de fora Davi que cometeu adultério
e por ai vai, por isso não podemos tomar a bíblia romance, uma fonte cientifica
e devido as influencias culturais
sabemos claramente que toda
leitura bíblica deve tomada pelo tripé:
pré-texto, contexto e texto é
esse exercício que fazemos a escrever
nossos textos.
Jesus respondeu a comunidade nos domingos
anteriores sobre o tamanho da fé, sobre a importância da oração, quando contou
a parábola do Juiz injusto [4] e apresenta um modelo de
oração que Deus não escuta, Deus não
aceita chantagens por praticas de
ritos religiosos por puro rito, sem
compromisso nenhum com a vida, pois muitas das vezes a pratica religiosa vazia,
nos afasta de Deus.
Podem
usar a Bíblia King, Mitra e todo e todos os paramentos religiosos com rigorismos da eclesial que beira o farisaísmo só existe um caminho para tais pessoas o
caminho que não é de Deus, pois já se
acham melhores que o próprio Deus. Toda
nossa oração é um reflexo daquilo que de fato vivemos. Usando as palavras de
Santo Agostinho que dizia: “Quem sabe bem
rezar, sabe também viver
bem”. Talvez nos falte essa oração
comprometida e ainda citando Madre
Tereza de Calcutá que afirmava “Para
mim, orar é estar ao longo de 24 horas unida à vontade de Jesus, viver
para Ele, por Ele e com Ele” e diante
desse texto o São Felipe de Nery vem completa essa nossa reflexão: “O melhor
remédio contra a aridez espiritual consiste em colocarmo-nos como pedintes na presença de Deus e dos santos,
e andar, como um pedinte, de um canto para o outro, rogando uma esmola espiritual com
a mesma impertinência com que um pobre pede esmola”.
Neste Domingo ainda
podemos olhar para os dois personagens que não tem nome e fazer um exame de consciência
como nós rezamos em nossos templos aqui
temos a prepotência do fariseu que faz uma leitura de Deus de acordo com sua
imperfeita perfeição que se acha já em plena comunhão e do publicano que se
coloca a parte lá atrás, de cabeça baixa reconhecendo sua humanidade sua
falha. Em nossas comunidade é comum
aportamos os defeitos e falhas do outros, colocamos em nossas reuniões e grupos. O evangelho nos convida a descer a nosso eu
verdadeiro e examinar se de fato somos uma casca de ritos externos ou todo que se reconhece imperfeito e falho em
nossos pecados.
Olhando para catequese do Papa Francisco de 10 de Abril de
2019 falando orgulho que se encaixa bem nessa reflexão: "As
pessoas que se acham perfeitas, as que criticam os outros, são gente orgulhosa”
e quando se refere ao pecado papa ressalta:
"há pecados que nós vemos e pecados que não são vistos. Há enormes
pecados que fazem muito ruído, mas há pecados sutis que se aninham no coração”.
Em todo evangelho não
temos uma palavra dura de Jesus para com os pecadores arrependidos, para com
aqueles que estavam à margem da realidade, bem ao contrario das nossas praticas
que logo puxamos do bolso a bíblia, o direito canônico etc. para justificar as motivações
para prática a exclusão e ainda citando Francisco que diz que "diante de
Deus somos todos pecadores." Mas acima de tudo, "somos devedores,
porque, nesta vida, recebemos muito: a existência, um pai e uma mãe, amizades,
as maravilhas da criação... Mesmo que todos nós passemos por dias difíceis,
devemos sempre lembrar que a vida é uma graça".
Precisamos superar as
exclusões de todos os tipos e precisamos remover alguns rótulos de santos e a exemplo
de Jesus assumir plenamente a nossa condição humana. Aqui vem a tona aquele
Padre do texto de 09 de outubro[5] passada que negou a benção
e até excluiu um casal da comunidade por não esta nos parâmetros do direito da
Igreja. O Fariseu com todos os direitos garantidos na
participação do culto e o Publicano que era automaticamente excluído por esta a
serviço do poder dominante sem nome que podemos colocar nosso nome examinar como
esta nossa espiritualidade e examinar se temos uma oração que nos ajuda a mudar
nossas atitudes e aqui devemos olhar para nossos cultos emocionais, até mesmo
com culto direcionados a promoção de políticos.
Esse evangelho nos
apresenta o projeto de Deus, que é para os excluídos e aqui Jesus faz a pergunta
crucial. Qual dos dois saíram justificados
em sua oração? As nossas orações são de fato produtos de nossa prática de fé ou
mero rito para sermos vistos como santos?
E terminamos o texto com fala de São João Crisóstomo “Nada provoca mais dano do que a hipocrisia. O mal oculto sob a aparência do bem é muito mais eficiente”
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