sábado, 15 de outubro de 2022

Um Olhar no texto de Lucas: 18, 1-8; 29º Domingo do Tempo Comum

Tem dias que o só parece que não brilha, mas ele esta lá.   Estamos no meio de um processo eleitoral onde   tudo se faz e promete  pelo voto.  Essa semana na  festa da Padroeiro vimos um grupo criar um evento paralelo  no sentido  promover o atual presidente, uma Pastora que fora eleita senadora dentro de uma  igreja contava detalhes sórdidos para  gerar o terror e apontava o atual  governante como um pseudo salvador e ainda destacamos os discursos da primeira dama falando de um conflito, pois aqueles que se  colocam contra o atual mandatário estão sendo  motivados pelas forças do mal etc.   Fala que a oposição  defende a droga, o aborto, o fim da família tradicional e enumeram tantas coisas  que não lhe resta tempo para apresentar suas propostas, pois a preocupação e desqualificar o opositor e negam os 33 milhões de famintos,  o desemprego e todas as mazelas que  assistimos  ao vivo nas praças,  no transito e por ai vai.  Neste espaço que somos chamados a atuar levar uma resposta coerente com nossa fé. Neste sentido vamos  refletir a liturgia desse 29º domingo do tempo comum  que é a seguinte:

Ex 17,8-13a, Salmo 120 (121)  com o Refrão: O nosso auxílio vem do Senhor, que fez o céu e a terra; II Timóteo  3,14-4,2 e Evangelho  tirado de Lucas 18,1-8 o qual iremos   refletir  nas linhas abaixo.

 O evangelho nos convida a perseverança  e manter uma comunhão intima com Deus nosso Pai, somos chamados  a  manter  nossa teimosia positiva, mesmo quando Deus nos parece surdo ele esta  agindo, só precisamos aprender a respeitar o tempo de Deus e precisamos  aprender a ouvi-Lo e manter a porta do dialogo que oração cotidiana de forma e plena.  Jesus ao citar a viúva é preciso olhar quem era a viúva, no tempo de Jesus, as viúvas são  vistas como  referência de o pobreza  sem defesa, vítima da arrogância  e exploração dos ricos e dos poderosos e como ela se mantinha, afinal as viúvas eram jogadas a sorte e viviam da caridade do templo ou eram obrigadas a casar com  seu cunhado.   A nossa obrigação de rezar não deveria ser um sacrifício, afinal quando amamos alguém  sempre queremos esta juntos.  Neste mundo de redes onde ninguém é sozinho, mas cada vez mais temos pessoas solitárias em seus  celulares em redes onde cada um escolhe a verdade que lhe interessa mais  ou ponto da verdade que lhe cabe distorcer. 

O pedido da viúva me faça justiça nos obriga olhar para as injustiças que cometemos em nosso cotidiano e ainda sobre as nossas atitudes diante das dificuldades, cada vez mais temos pessoas que tem dificuldade de silenciar e aqui vale pena lembrar das nossas liturgias barulhentas que buscam toca apenas o emocional, reduzindo o culto a emoção passageira sem compromisso

Fechamos os nossos olhos para as viúvas do nosso tempo: homens e mulheres que vivem no subemprego, os  mais de 33 milhões  de famintos e  esquecemos o real valor da justiça,  causando assim um escândalo  e o enfraquecimento da fé, devido a nossa insensibilidade. Tudo que fala de justiça ou de pobreza  muitos colocam na caixa de um tal comunismo ou do socialismo, esquecendo que nossa oração  precisa de uma resposta na nossa vivência.  A viúva  levanta, vai a porta do juiz e  ali  faz  o seu pedido. Pedimos que Deus nos conceda a cura de uma enfermidade, mas nos recusamos a tomar um remédio, pedimos  que Deus nos ajude a tirar boas notas, mas não estudamos  e ainda  oramos pelo Brasil, mas não  nos permitimos olhar para as propostas e praticas dos candidatos. Resumo toda oração acontece a parti da nossa ação coerente com aquilo pedimos.

O evangelho demonstra que Deus tem um coração que compreende nossas dores, Lucas ao narra  essa parábola para uma comunidade desanimada, achando que Jesus esta demorando a volta ou que as suas preces não  serão atendidas. Devemos ter em nossas mentes que a oração não é uma formula mágica que ao pronunciar como encanto  acontece, a oração deve brotar da inspiração  do momento  não nos priva da transpiração  em buscar o resultado.   A lógica de Deus é algo que não se aplica no nosso cotidiano.  Somos assim queremos um Deus empregado que nos atende em nossas mazelas, caprichos e desejos puramente egoístas e devido nossa  fé infantil não somos capazes  de entender qual é o verdadeiro projeto de Deus.

Ainda podemos olha para o texto com o paralelo do texto de Lucas 11,5-8 do amigo que bate a porta para pedindo pães para atender uma visita e o vizinho atende para ter paz e poder dormir e a mesma coisa o juiz de hoje, ele atende não por causa da justiça, mas para não ser incomodado.  A nossa prece, pedido oração nesse tempo que vivemos que muitos cristãos lavam suas mãos e que outros votam em candidato  que diz  representar  a vontade Deus, um deus instrumentizado  para  ser usado  ao seu bel prazer.
Neste evangelho Jesus esta mais perto de Jerusalém e começa falar de uma perspectiva escatológica e da ação de Deus e aqui a pergunta sobre  se haverá fé no últimos tempo,  nos fazendo a voltar mo texto 17,5-10.  Aqui  recordamos Santa Monica com sua oração pela conversão de seu filho Santo Agostinho a terminamos citando uma homilia do Papa Francisco que apresenta a oração e  a fé que forma um todo recordando o evangelho do domingo passado Lucas  17,11-19.

·         "Sempre, quando nos aproximamos do Senhor para pedir algo, devemos partir da fé e fazê-lo na fé: 'Eu tenho fé que tu podes cura-me, eu creio que tu podes fazer isto' e ter a coragem de desafiá-lo, como este leproso de ontem, este homem de hoje, este paralítico de hoje. A oração na fé"



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