Tem dias que o só parece que não brilha, mas ele esta lá. Estamos no meio de um processo eleitoral onde tudo se faz e promete pelo voto. Essa semana na festa da Padroeiro vimos um grupo criar um evento paralelo no sentido promover o atual presidente, uma Pastora que fora eleita senadora dentro de uma igreja contava detalhes sórdidos para gerar o terror e apontava o atual governante como um pseudo salvador e ainda destacamos os discursos da primeira dama falando de um conflito, pois aqueles que se colocam contra o atual mandatário estão sendo motivados pelas forças do mal etc. Fala que a oposição defende a droga, o aborto, o fim da família tradicional e enumeram tantas coisas que não lhe resta tempo para apresentar suas propostas, pois a preocupação e desqualificar o opositor e negam os 33 milhões de famintos, o desemprego e todas as mazelas que assistimos ao vivo nas praças, no transito e por ai vai. Neste espaço que somos chamados a atuar levar uma resposta coerente com nossa fé. Neste sentido vamos refletir a liturgia desse 29º domingo do tempo comum que é a seguinte:
O evangelho nos convida a perseverança e manter uma comunhão intima com Deus nosso
Pai, somos chamados a manter
nossa teimosia positiva, mesmo quando Deus nos parece surdo ele
esta agindo, só precisamos aprender a
respeitar o tempo de Deus e precisamos
aprender a ouvi-Lo e manter a porta do dialogo que oração cotidiana de
forma e plena. Jesus ao citar a viúva é
preciso olhar quem era a viúva, no tempo de Jesus, as viúvas são vistas como
referência de o pobreza sem
defesa, vítima da arrogância e
exploração dos ricos e dos poderosos e como ela se mantinha, afinal as viúvas
eram jogadas a sorte e viviam da caridade do templo ou eram obrigadas a casar
com seu cunhado. A nossa obrigação de rezar não deveria ser
um sacrifício, afinal quando amamos alguém
sempre queremos esta juntos.
Neste mundo de redes onde ninguém é sozinho, mas cada vez mais temos
pessoas solitárias em seus celulares em
redes onde cada um escolhe a verdade que lhe interessa mais ou ponto da verdade que lhe cabe
distorcer.
O pedido da viúva me faça
justiça nos obriga olhar para as injustiças que cometemos em nosso cotidiano e ainda
sobre as nossas atitudes diante das dificuldades, cada vez mais temos pessoas
que tem dificuldade de silenciar e aqui vale pena lembrar das nossas liturgias
barulhentas que buscam toca apenas o emocional, reduzindo o culto a emoção
passageira sem compromisso
Fechamos os nossos olhos
para as viúvas do nosso tempo: homens e mulheres que vivem no subemprego, os mais de 33 milhões de famintos e
esquecemos o real valor da justiça,
causando assim um escândalo e o
enfraquecimento da fé, devido a nossa insensibilidade. Tudo que fala de justiça
ou de pobreza muitos colocam na caixa de
um tal comunismo ou do socialismo, esquecendo que nossa oração precisa de uma resposta na nossa vivência. A viúva
levanta, vai a porta do juiz e
ali faz o seu pedido. Pedimos que Deus nos conceda a
cura de uma enfermidade, mas nos recusamos a tomar um remédio, pedimos que Deus nos ajude a tirar boas notas, mas
não estudamos e ainda oramos pelo Brasil, mas não nos permitimos olhar para as propostas e
praticas dos candidatos. Resumo toda oração acontece a parti da nossa ação
coerente com aquilo pedimos.
O evangelho demonstra que
Deus tem um coração que compreende nossas dores, Lucas ao narra essa parábola para uma comunidade desanimada,
achando que Jesus esta demorando a volta ou que as suas preces não serão atendidas. Devemos ter em nossas mentes
que a oração não é uma formula mágica que ao pronunciar como encanto acontece, a oração deve brotar da
inspiração do momento não nos priva da transpiração em buscar o resultado. A lógica de Deus é algo que não se aplica no
nosso cotidiano. Somos assim queremos um
Deus empregado que nos atende em nossas mazelas, caprichos e desejos puramente
egoístas e devido nossa fé infantil não
somos capazes de entender qual é o
verdadeiro projeto de Deus.
Ainda podemos olha para o texto
com o paralelo do texto de Lucas 11,5-8 do amigo que bate a porta para pedindo
pães para atender uma visita e o vizinho atende para ter paz e poder dormir e a
mesma coisa o juiz de hoje, ele atende não por causa da justiça, mas para não
ser incomodado. A nossa prece, pedido
oração nesse tempo que vivemos que muitos cristãos lavam suas mãos e que outros
votam em candidato que diz representar
a vontade Deus, um deus instrumentizado
para ser usado ao seu bel prazer.
Neste evangelho Jesus esta mais perto de Jerusalém e começa falar de uma
perspectiva escatológica e da ação de Deus e aqui a pergunta sobre se haverá fé no últimos tempo, nos fazendo a voltar mo texto 17,5-10. Aqui recordamos
Santa Monica com sua oração pela conversão de seu filho Santo Agostinho a terminamos
citando uma homilia do Papa Francisco que apresenta a oração e a fé que forma um todo recordando o evangelho do
domingo passado Lucas 17,11-19.
·
"Sempre,
quando nos aproximamos do Senhor para pedir algo, devemos partir da fé e
fazê-lo na fé: 'Eu tenho fé que tu podes cura-me, eu creio que tu podes fazer
isto' e ter a coragem de desafiá-lo, como este leproso de ontem, este homem de
hoje, este paralítico de hoje. A oração na fé"
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