Chegou
o grande domingo e tivemos ai um período para escolher que vai
esta a serviço do Brasil pelos próximos 4 anos, vivemos ai um período
eleitoral violento que aconteceu algumas
mortes noticiadas na mídia. Particularmente mais uma vez fomos convocado para exercer o serviço de mesário na 27ª seção da 139ª zona eleitoral e lá de
forma consciente iremos zelar pelo bom, êxito das eleições. Poderíamos noticiar
aqui e fazer pensar sobre os candidatos e entre eles um pseudo padre que se diz
sacerdote comprometido em ser pró-vida, quando sua frente de atuação sempre foi
aliada ao presidente que banalizou uma pandemia com mais de 680 mil mortos, que fala em metralhar e sempre parte para um discurso de conflito.
Por isso, somos chamados a escolher entre aquilo que temos que usa até o nome
de um Deus que ele invoca como cabo eleitoral, cita sempre um versículo bíblico
mas age diferente pedindo um sigilo de
100 anos para suas atividades que precisa esclarecer ao povo. Hora nenhuma pediremos que vote em alguém, mas que tenhamos
consciência que tudo dependerá da nossa escolha nas urnas nos próximos
anos e por isso vamos juntos para liturgia que é a seguinte: Habacuc
1,2-3; 2,2-4; Salmo 94 (95) com refrão: Se
hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações.; 2 Tim 1,6-8.13-14 e Lucas 17,5-10 que nos
recorda sobre a tamanho da fé.
Nos
domingos anteriores Jesus falou sobre a
pertença e adesão ao reino e hoje temos os discípulos pedindo para aumentar a fé. Quem não sentiu a desolação e o vazio da fé em um
dia ruim na hora e uma derrota ou sofrimento?
Encerramos
o mês de setembro amarelo e falamos de fé e pedido dos discípulos esse texto
é uma
bela oração logo no inicio do mês
missionário no primeiro turno das eleições gerais no Brasil, somos assim inseguro em nossas escolhas e
opções. Jesus de Nazaré que nasceu em Belém da Judeia diz que continuará conosco e podemos dizer que ele faz presente na
Palavra, no Culto, na Eucaristia. Contudo, as vezes sentimos que Ele nos
esqueceu e diante do Campo de
concentração de Auschwitz, na Polônia, Papa Bento XVI em 28 de maio de 2006 se questionou por que “Deus se silenciou
quando 1,5 milhão de vítimas”. Crer em
Deus só nos momentos que tudo vai bem é
fácil, mas segui-lo e manter a
fidelidade na tempestade que nos torna verdadeiros cristãos ou só
conseguir ver a grandeza nas Igrejas Catedrais ou grandes
matrizes fere toda a grandeza do povo simples, por isso a fé do tamanho da
grão de mostarda. Jesus no caminho de
Jerusalém onde sofrerá as consequências
de sua escolhas.
Esse
texto como das semanas anteriores pode ser dividido em duas partes. A primeira
parte versículos 5-6. A fé não pode ser exibição da figura da
pessoa, o tamanho do grão de mostarda, uma
semente com a potencialidade de abriga os pássaros e resistir as
tempestades da perseguição gerada pela adesão ao projeto de Jesus por agir com a
autenticidade assumindo aquilo
que somos sem exigir tratamento diferenciado.
Aqui vale a pena recorda todos
aqueles que exercem o serviço eclesial e
invoca para si uma condição maior que o próprio Senhor nesse
contexto que entramos na segunda parte
do que é o versículo 7-10 e aqui vale
recorda o texto de 1Cor 9,16-19 que fala
do compromisso com o evangelho,
sem a pretensão de fazer melhor que outros quando ele aponta que não fazemos
mais que nossa obrigação, indo a Igreja,
ajudando um irmão que esta em momento de
dificuldade. Ser Padre, Bispo, Pastor ou qualquer serviço
que possamos ocupar não nos tornará mais cristão ou melhor que outros
e aqui recordamos o texto de Marcos 10,32-45 onde Jesus silencia todos com um
com uma proposta nova, inserindo a obrigação de servi por causa dessa fé que
abraçamos por nosso batismo, consagração ou pelo compromisso assumido por ouvir
a palavra de Deus. A falta de fé pode ser chamada de covardia, é deixar de contar com ação e a presença do Divino na
nossa existência, a fé também pode ser confundida com a esperança de um mundo
humano que revela toda divindade de um Deus de Amor e se deixar conduzir como discípulos de desse amor.
Esse talvez seja o maior desafio para manter
essa fé em Jesus e talvez por isso a
postagem que esta nas redes sociais falando do perigo de um pais com a direção de pseudo cristãos
que invocam uma religiosidade, manchando
assim todo o projeto de vida. A fé é uma
adesão firme e coerente ao projeto de vida, não pode ser opção profissional ou
carreirismo eclesial. A fé não é
propriedade daqueles que estão em todos os cultos, celebrações ou tão pouco daqueles que dizem ter títulos.
Nesse
domingo que o Brasil inteiro esta vivendo o processo democrático de escolher
seus dirigentes somos chamados por causa do nosso batismo a votar. Voto que
deve ser para gerar a vida e de acordo com a nossa consciência de cristão, não
se deixar levar pelos fake news das redes sociais. Todos eles
falam de suas capacidades e do defeito dos outros, contudo ousamos dizer cuidado com aqueles que invocam
para si uma religiosidade que vazia descompromissada com a realidade dos
excluídos. Não esqueçamos do texto de
II Timóteo 1,6-8.13-14 a 2º
leitura de hoje:
·
Caríssimo:
Exorto-te a que reanimes o dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de caridade e moderação. Não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor, nem te envergonhes de
mim, seu prisioneiro. Mas sofre comigo pelo Evangelho, confiando no poder de
Deus. Toma como norma as sãs palavras que me ouviste, segundo a fé e a caridade
que temos em Jesus Cristo. Guarda a boa doutrina que nos foi confiada, com o
auxílio do Espírito Santo, que habita em nós.
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