sábado, 1 de outubro de 2022

Um Olhar no texto de Lucas: 17, 5-10; 27º Domingo do Tempo Comum



Chegou o grande domingo e tivemos ai um período para escolher  que vai  esta a serviço do Brasil pelos próximos 4 anos, vivemos ai um período eleitoral  violento que aconteceu algumas mortes noticiadas na mídia. Particularmente mais uma vez fomos convocado  para exercer o serviço de mesário  na 27ª seção da 139ª zona eleitoral e lá de forma consciente iremos zelar pelo bom, êxito das eleições. Poderíamos noticiar aqui e fazer pensar sobre os candidatos e entre eles um pseudo padre que se diz sacerdote comprometido em ser pró-vida, quando sua frente de atuação sempre foi aliada ao presidente que banalizou uma pandemia com  mais de 680 mil  mortos, que fala em metralhar  e sempre parte para um discurso de conflito. Por isso, somos chamados a escolher entre aquilo que temos que usa até o nome de um Deus que ele invoca como cabo eleitoral, cita sempre um versículo bíblico mas age   diferente pedindo um sigilo de 100 anos para suas atividades que precisa esclarecer ao povo. Hora nenhuma  pediremos que vote em alguém, mas que tenhamos consciência que tudo dependerá   da nossa escolha nas urnas nos próximos anos  e por isso vamos  juntos para liturgia que é a seguinte: Habacuc 1,2-3; 2,2-4; Salmo 94 (95) com refrão:  Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações.; 2 Tim 1,6-8.13-14 e Lucas 17,5-10 que nos recorda sobre a tamanho da fé.

Nos domingos anteriores  Jesus falou sobre a pertença e adesão ao reino e hoje temos os discípulos  pedindo  para aumentar a fé. Quem  não sentiu a desolação e o vazio da fé em um dia ruim na hora e uma derrota ou sofrimento?

Encerramos  o mês de setembro amarelo  e falamos de fé e pedido dos discípulos esse texto  é uma  bela  oração logo no inicio do mês missionário no primeiro turno das eleições gerais no Brasil,  somos assim inseguro em nossas escolhas e opções. Jesus de Nazaré que nasceu em Belém da Judeia  diz que continuará conosco  e podemos dizer que ele faz presente na Palavra, no Culto, na Eucaristia. Contudo, as vezes sentimos que Ele nos esqueceu e diante do  Campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, Papa Bento XVI em 28 de maio de 2006  se questionou por que “Deus se silenciou quando 1,5 milhão de vítimas”.  Crer em Deus só nos momentos que  tudo vai bem é fácil, mas  segui-lo e manter a fidelidade na tempestade que nos torna verdadeiros cristãos ou só conseguir  ver a grandeza  nas Igrejas Catedrais ou grandes matrizes  fere toda a grandeza  do povo simples, por isso a fé do tamanho da grão de mostarda.  Jesus no caminho de Jerusalém onde  sofrerá as consequências de sua escolhas.

Esse texto como das semanas anteriores pode ser dividido em duas partes. A primeira parte versículos  5-6.  A fé não pode ser exibição da figura da pessoa, o tamanho do grão de mostarda, uma  semente com a potencialidade de abriga os pássaros e resistir as tempestades da perseguição gerada pela adesão ao projeto de Jesus por agir  com a  autenticidade assumindo  aquilo que somos sem exigir tratamento diferenciado.  Aqui  vale a pena recorda todos aqueles que exercem  o serviço eclesial e invoca para si uma condição maior que o próprio Senhor   nesse contexto que entramos  na segunda parte do  que é o versículo 7-10 e aqui vale recorda o texto de 1Cor 9,16-19 que fala  do compromisso  com o evangelho, sem a pretensão de fazer melhor que outros quando ele aponta que não fazemos mais que  nossa obrigação, indo a Igreja, ajudando um irmão que esta  em momento de dificuldade. Ser Padre, Bispo, Pastor ou qualquer  serviço  que  possamos ocupar não  nos tornará mais cristão ou melhor que outros e aqui recordamos o texto de Marcos 10,32-45 onde Jesus silencia todos com um com uma proposta nova, inserindo a obrigação de servi por causa dessa fé que abraçamos por nosso batismo, consagração ou pelo compromisso assumido por ouvir a palavra de Deus. A falta de fé pode ser chamada de covardia, é deixar de  contar com ação e a presença do Divino na nossa existência, a fé também pode ser confundida com a esperança de um mundo humano que revela toda divindade de um Deus de Amor e se deixar conduzir  como discípulos de desse amor.

Como dizer para uma família acreditar  em Deus  quando o seu filho vitimado pela violência  ou ainda  como dizer a um filho que Deus é pai e é  bom quando seu pai tombou   diante das dependências químicas e age com extrema violência  com o mesmo? Ainda como acreditar  Jesus quando aqueles dizem representa-Lo em nossas Igrejas estão de mãos dados com a corrupção  e com toda covardia  em relação a realidade que vivemos, adotando uma agenda neoliberal e preocupados somente com finanças e estrutura de poder?

 Esse talvez seja o maior desafio para manter essa fé  em Jesus e talvez por isso a postagem  que esta nas redes sociais   falando do perigo  de um pais com a direção de pseudo cristãos que invocam  uma religiosidade, manchando assim  todo o projeto de vida. A fé é uma adesão firme e coerente ao projeto de vida, não pode ser opção profissional ou carreirismo eclesial.  A fé não é propriedade daqueles que estão em todos os cultos, celebrações  ou tão pouco daqueles que dizem ter títulos.

Nesse domingo que o Brasil inteiro esta vivendo o processo democrático de escolher seus dirigentes  somos chamados  por causa do nosso batismo a votar. Voto que deve ser para gerar a vida e de acordo com a nossa consciência de cristão, não se deixar levar pelos fake news das redes sociais.  Todos eles  falam de suas capacidades e do defeito dos outros, contudo  ousamos dizer cuidado com aqueles que invocam para si uma religiosidade que vazia descompromissada com a realidade dos excluídos.   Não esqueçamos do texto de II Timóteo  1,6-8.13-14 a   2º leitura de hoje: 

·        Caríssimo:
Exorto-te a que reanimes o dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de caridade e moderação. Não te envergonhes de dar testemunho de Nosso Senhor, nem te envergonhes de mim, seu prisioneiro. Mas sofre comigo pelo Evangelho, confiando no poder de Deus. Toma como norma as sãs palavras que me ouviste, segundo a fé e a caridade que temos em Jesus Cristo. Guarda a boa doutrina que nos foi confiada, com o auxílio do Espírito Santo, que habita em nós
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