Neste domingo que o povo Brasileiro tem um compromisso de construir um pais melhor, no meio
de um feriadão. Como cristãos temos um compromisso cidadão, embora observando
grupos que falam em agir com
violência se por acaso seu candidato
perder, isso nos causa certa preocupação, diante da realidade de um ex-deputado
que recebe a policia a tiros, fazendo o lançamento de granadas e ver que indignação
ficou para poucos. Ainda temos o uso da
mentira e a pregação do ódio, que fez
até o Papa Francisco se manifesta
na Catequese de quarta-feira pedindo para Mãe Aparecida que nos ajude, falando na Mãe Negra de Aparecida recordamos que no ultimo domingo estivemos lá
no Santuário Nacional em um ato de desagravo,
rezamos pela Pátria fizemos um
manifesto contra o comportamento dos seguidores de um certo candidato, que estiveram no santuário e entraram em
conflito com a imprensa. Destacamos que foi um momento de oração animado e organizado pelo Conferência
dos Religiosos do Brasil e o Conselho
Nacional do Laicato do Brasil reunindo
cristãos do Rio de Janeiro, Minas e São Paulo, sobre o lema: Pela paz, pela vida plena e democracia,
destacamos que em nenhum momento foi citado o nome de um candidato seja de um
lado ou de outro. Agora chegou o domingo
que o nosso gesto concreto se faz necessário, depositaremos um voto com
esperança de uma Mãe Pátria que de fato cumpra seu papel, que aquele que foi
eleito tenha compromisso pleno com os mais pobres e que saiba que ele esta dentro do Pais, nesta
realidade, temos 34 milhões de
brasileiros que passam fome, um numero
maior que toda população da Venezuela ( 28 milhões). Por isso nosso voto consciente para que a
Pátria cumpra seu papel, sendo mãe, que o patriotismo não seja um modismos para
defender nossos egoísmos e interesses de um grupo que tem sua mesa farta.
Recordamos que na semana
passada Jesus nos apresentou dois
personagens o publicano e fariseu no texto
de Lucas: 18, 9-14 do 30º Domingo do Tempo Comum. Jesus esta próximo de Jericó uma cidade próspera (devido à
produção de bálsamo), com seus belos
jardins e palácios (graças a Herodes, o Grande, que fez de Jericó a sua
residência de inverno). Era uma importante rota comercial, o lugar das
oportunidades, que devia proporcionar bons negócios. Jesus já tinha anunciado aos doze que ele iria
sofrer e logo na entrada cura um cego e
sua entrada na cidade que era o ultimo
ponto antes de Jerusalém se torna um evento, contando com uma grande multidão. Aqui Ele revela o universalidade do amor de Deus.
O
publicano ou cobrador de imposto era uma
pessoa proibida de participar do culto,
pois estavam a serviço dos dominadores e devido seu contato com o dinheiro e
com os pagãos eram vistos como impuro,
por isso que no domingo passado o publicano não ousava entrar ou se aproximar do altar no templo e
hoje temos um publicano que recebe Jesus e sua casa. No novo testamento temos dois publicano que conviveram diretamente com Jesus. Mateus e Zaqueu (o segundo tem o nome que significa inocente ou puro) e sabemos que ambos eram excluídos por causa
do seu trabalho, mas Jesus fez o primeiro seu discípulo e hoje neste evangelho
ele se encontra com Zaqueu um pecador,
marginalizado e desprezado pelos seus patrícios, que se encontra com Jesus e n'Ele consegue ver o rosto do Deus que o ama,
talvez nos falte essa visão que Deus nos ama. Jesus se convida para
jantar na casa de dele. Zaqueu recebe com alegria e pela sua
profissão de fé e compromisso de mudança de atitude, é chamado
a sentar-se à mesa do "Reino", deixou a pratica do homem egoísta, abraçou o amor de Deus e se transformou
em um homem generoso, capaz de reconhecer
seus erros e assumindo que irá
partilhar os seus bens.
Jesus olha para Zaqueu e o chama pelo nome demonstrando que Deus nos vê ,
e não considera os nossos pecados como
muitos assim o fazem, ele não aponta para nossas mazelas e falhas, o seu amor é
incondicional. Ele esta além da lei,
Lucas traz sempre essa vertente, do pecador que retorna para comunhão com Deus. No momento que pregamos que Deus é amor, mas
ousamos ter o comportamento de exclusão, não demonstramos um empatia ou um
mínimo de acolhida com aqueles que estão ao longo do nosso caminho estamos
sendo apenas fariseus dos tempos modernos. Infelizmente muitas vezes agimos contra
o evangelho, ate dentro das nossas
Igrejas como o fariseu da semana passada. Sempre
estamos fiscalizando a moral
alheia e a acolhida de Zaqueu que acolhe
Jesus em sua casa e ali faz um voto de mudança de atitude, voto que devemos
fazer todos os dias, de sermos melhores uns para com os outros. Neste tempo
eleitoral tivemos candidatos se declarando pardo para obter vantagens para
obter vantagens da lei, como também
alguns políticos que fazem do altar um palanque eleitoral com a benção
dos pastores, padres e bispos que querem o povo silenciado e vice e versa.
Somos todos chamados a
combater nossas inclinações para o egoísmo, a exclusão e tudo aquilo que
reflete o homem velho, não podemos ser
os mesmos depois de nos encontrados com Jesus, não podemos a exemplo dos
fariseus, nos escondermos no véu da
religião. Nos últimos tempos temos muitos cristãos tem
feito de tudo para defender as suas ideologia políticas, o seu candidato se esquecendo de testemunhar o projeto do
Reino dos céus. Deus nos convida a
sermos um outro Cristo que acolhe a todos, sem preconceitos e essa é mensagem desse evangelho. Jesus
podia entrar na casa dos religiosos, dos
oficiais ou dos comerciantes com prestigio, mas Ele escolhe ir ate a casa de Zaqueu, um pecador público.
O autor fala que Zaqueu
subiu em uma figueira para ver Jesus
e ainda fala que ele era um homem rico e
na naquela multidão ele era mais um, talvez nos falte essa humildade de saber que na comunidade somos
apenas mais um. Que para ver Jesus precisamos subir na figueira da oração, da
penitência, do silencio e da leitura diária da palavra de Deus. Não somos
melhores por ainda podermos entrar na fila da comunhão em nossas Igrejas ou tão
pouco por ocupar um cargo de direção na comunidade, somos apenas parte de um
todo, que forma o Povo de Deus.
Precisamos nos esvaziar dos nossos
acúmulos para permitir que Jesus entre e sente a mesa conosco como diz o
Apocalipse de São João 3,20.
·
Eis
que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei
em sua casa e cearei com ele, e ele comigo.
Jesus ao sentar-se a mesa como Zaqueu se torna impuro pela lógica da religião, mas lógica de Deus é bem maior e com isso ele resgata e converte aquele que outrora era um pecador publico, que o evangelho de hoje nos inspire ser um novo Zaqueu acolhendo Jesus e revelando o Cristo ao mundo acolhendo todos os Zaqueu que estão no nosso caminho para Jerusalém celeste
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