Diante da realidade da morte o evangelho hoje nos chama
para comunicarmos a vida e podemos
dividir esse texto em 4 partes
1ª
parte: João 11,1-16 |
O
texto inicia falando da doença de Lazaro e termina falando da morte do
mesmo. Aqui temos uma comunidade Apostólica
que não percebe ainda a missão de Jesus e chega ao ponto de apresenta uma realidade de perseguição e até mesmo de
uma possível reação |
2ª
parte: João11,17-29 |
Jesus
encontra a Marta que não espera Jesus chegar e ali faz sua profissão de fé e
volta pra comunicar sua irmã que Jesus estava a caminho e também faz sua
profissão de fé e é seguida pelos religiosos presentes no funeral |
3ª
parte: João:
11,30- 37 |
Jesus
procura saber onde estar o corpo
e pede para remover a pedra e
se emociona diante da realidade revelando sua profunda amizade aqueles seus
amigos e |
4ª
parte: João
11-38-45 |
Se
percebe o deboche dos fariseus diante do fato e Jesus pergunta onde esta o
tumulo, e ali se percebe a falta de fé, pois todos falam do mal cheiro do corpo de lazaro,
pois já tinha passado 4 dias, mas diante do desafio removem a pedra. E lazaro sai do sono da morte com o chamado
do Senhor. |
Diante dos mortos nas diversas realidades que vivemos somos convidados a abrir e chamar para vida, a morte pode ser social para aqueles que estão nas dependências químicas, no desemprego e outras mortes que fechamos os olhos e aqui recordamos São Oscar Romero que celebramos a data do seu martírio no dia 24 de março. Ele denuncia uma religião sem comunhão com a vida pregada por Jesus:
- “Uma religião de missa dominical, mas de semanas injustas não agrada ao Deus da Vida. Uma religião de muita reza, mas de hipocrisias no coração não é cristã. Uma Igreja que instala só para estar bem, para ter muito dinheiro, muita comodidade, porém que não ouve os clamores das injustiças não é a verdadeira igreja de nosso Divino Redentor.”[1]
- "Quando lutamos pelos direitos humanos, pela liberdade, pela dignidade, quando sentimos que é um ministério da igreja Para se preocupar com aqueles que estão com fome, pois aqueles que não têm escolas, para aqueles que são privados, não estamos partindo da promessa de Deus. Ele vem nos libertar do pecado, e a igreja sabe que as consequências do pecado são tais injustiças e abusos. A igreja sabe que é salvar o mundo quando se compromete a falar também de tais coisas."
Em resumo ser Igreja é
remover as pedras que sepultam os 33
milhões de famintos, os 14 milhões de desempregados e aqueles escravizados pela
rede de juros ditados pela economia.
Lazaro que esta doente, Lazaro que esta na sepultura é uma realidade que
não queremos ver. No batismo recebemos a graça da vida eterna que receberemos
segundo a nossa profissão de fé com a nossa ressurreição e devemos ser agentes
de ressurreição, chamando Lazaro para
fora dos túmulos. Lazaro, Maria e Marta eram irmãos e autor faz questão de ressaltar essa linha
parental, demonstrando a relação fraterna aqui
voltamos a dos textos que
convidamos todos a leitura o
primeiro é: Como
se faz uma hermenêutica II. A ressurreição de Lázaro e segundo é uma fala de Leonardo Boff que nos
pede para olhar para outro e para natureza como irmão e irmã: Leonardo Boff fala da
Encíclica do Papa Francisco em resumo a relação empatia ao sofrimento do
outro. Que sejamos um Cristo ressuscitando
os mortos.
Encerramos como um texto desse domingo com a fala do Papa Francisco[2]:
- "Aqui constatamos diretamente que Deus é vida e dá vida, mas Ele assume o drama da morte. Jesus poderia ter evitado a morte do seu amigo Lázaro, mas ele quis fazer sua a nossa dor pela morte de entes queridos, e acima de tudo ele quis mostrar o domínio de Deus sobre a morte. Neste trecho do Evangelho, vemos que a fé do homem e a omnipotência de Deus, do amor de Deus procuram-se e, por fim, encontram-se. É como um caminho duplo: a fé do homem e a omnipotência do amor de Deus que se procuram, no final encontram-se. Vemo-lo no grito de Marta e de Maria e de todos nós com elas: «Se Tu estivesses aqui!». E a resposta de Deus não é um discurso, não, a resposta de Deus ao problema da morte é Jesus: «Eu sou a Ressurreição e a Vida... Tende fé! No meio do choro continuai a ter fé, mesmo que a morte pareça ter vencido. Tirai a pedra do vosso coração! Que a Palavra de Deus restitua a vida onde há a morte». Ainda hoje Jesus nos repete: «Tirai a pedra». Deus não nos criou para o túmulo, Ele criou-nos para a vida, bela, boa, alegre. Mas «a morte entrou no mundo por inveja do diabo» (Sb 2, 24), diz o Livro da Sabedoria, e Jesus Cristo veio para nos libertar dos seus laços. Por isso, somos chamados a remover as pedras de tudo o que cheira a morte: por exemplo, a hipocrisia com que se vive a fé é morte; a crítica destrutiva dos outros é morte; a ofensa, a calúnia, é morte; a marginalização dos pobres é morte. O Senhor pede-nos para remover estas pedras do coração, e a vida então florescerá novamente ao nosso redor. Cristo vive, e aquele que o acolhe e adere a ele entra em contacto com a vida. Sem Cristo, ou fora de Cristo, não só a vida não está presente, mas cai-se de novo na morte. A ressurreição de Lázaro é também um sinal da regeneração que se dá no crente através do Batismo, com plena inserção no Mistério Pascal de Cristo. Pela ação e poder do Espírito Santo, o cristão é uma pessoa que caminha na vida como uma nova criatura: uma criatura para a vida e que vai em direção à vida."
Que Deus nos Ajude!!!
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