Estamos em pleno domingo de carnaval e muitos demonizam o mesmo, dizendo que o mesmo é uma festa profana etc, aqui vale a máxima de Paulo a Tito 1:15 “Para as pessoas puras, tudo é puro; no entanto, para os corrompidos e descrentes, nada é puro; pelo contrário, tanto a razão quanto a consciência deles estão pervertidas” Conhecemos pessoas que criticam os carnaval e faz coisa mais feia que o carnaval durante todo
O carnaval que tem sua
origem pagã na Babilônia, a festa
de Saceias, onde um prisioneiro
assumia a identidade do rei, só não podia emitir decretos entrasse em
conflito com a idéia do rei e no fim desse
período o prisioneiro era executado e
verdadeiro rei era levado ao
templo de Marduk era agredido, humilhado para ter consciência que era apenas humano, na cultura Grega se celebrava o deus do vinho Dionisio, semelhante ao festança romana de
Baco onde os riscos se fantasiavas com mascaras para circular no meio do povo e
marcava o fim da colheita celebrando ao deus
saturno, a Saturnália , com a
cristianização da Europa a festa ganha
uma nova roupagem e se torna um marco para entrada do tempo quaresmal, tempo
onde não se comia dia nenhum e carnaval era um adeus a Carbe carne e
recomendamos a leitura do texto: Quaresma: Tempo de Reflexão, a origem.
Aqui no Brasil o tempo
quaresmal é vivida na temática proposta:
jejum, oração e caridade e durante
esse tempo litúrgico a Igreja realiza a
Campanha da Fraternidade sobre um
tema especifico e convida os cristãos a um gesto concreto frente a realidade nesse
ano de 2023 a Igreja do Brasil
reflete sobre a realidade da Fome
com tema “Fraternidade e fome” e lema “Dai-lhes vós mesmos de
comer” (Mt 14,16) e sugerimos a leitura da Historia
da Campanha da Fraternidade que é
marcada por 4 fases que são:
1ª Fase: Renovação da Igreja e do cristão 2ª
Fase: A Igreja se preocupa com a realidade social do povo, denunciando o
pecado social e promovendo a justiça (Vaticano II, Medellín e Puebla) 3ª
Fase: A Igreja se volta para situações existenciais do povo brasileiro 4ª
Fase: A campanha da Fraternidade torna-se ecumênica e a cada cinco anos é
realizada em comunhão com as Igrejas que fazem parte do CONIC |
Ainda durante essa semana
tivemos alguns sinais de esperança com os resgate de sobrevindes do terremoto
da Turquia e a noticia que aquele que era anti-vacina ter
sido imunizado segundo a
imprensa, sem esquecer a noticia do aumento do salário mínimo , mas
deixemos isso de lado e vamos seguir o nosso domingo.
Esse
domingo de carnaval a Igreja traz em sua
liturgia os seguintes textos:
Levitico: 19, 1-2.17-18; Salmo 102 (103) com a
resposta: O Senhor é clemente e cheio de compaixão. ; I Coríntios 3, 16-23 e o evangelho de Mateus 5, 38-48 que a continuação do Texto da
semana passada.
Sabemos que liturgia católica é dividida em 4 tempos
Tempo
comum[1]
|
Tempo
Pascal |
Tempo
quaresmal |
Tempo
do Advento |
O tempo comum marcado pelo
os acontecimentos do cotidiano da vida pública de Jesus do 1º domingo comum
quando Ele é batizado ao 32º/34º domingo comum onde narra o juízo final e celebramos o
Cristo Rei do Universo e o dia dos Leigos e Leigas. O tempo comum tem o sentido
de nos recorda que necessitamos viver plenamente nossa fé dentro da nossa realidade onde teremos muitas dificuldades e evangelho de hoje aponta que precisamos construir relações e nos traz a memória uma entrevistas do Papa Francisco que nos diz
que não podemos ter medo da ternura e o revolucionário Che Guevara traz a frase
citada por todos que diz: “Hay que endurecerse pero sin perder la
ternura”. Diante do evangelho desse domingo
temos perguntas que precisamos responder:
- Somos
agentes da ordem ou do caos?
- As
nossas relações constrói uma
relação de amor ou conflito?
- Como
membros do Corpo de cristo, temos
inimigos., quem são eles?
Olhando para o modelo
evangélico pregado por muitos em nome de Deus que fala de uma possível
vantagem, seja financeira ou um status
de poder e somos chamados a superar esse modelo , sendo um sinal do
próprio amor de Deus doado sem pedir
nada em troca, somos chamados a combater os nossos desvios violentos, a justa
reação que muitos pregam, quando exigem o direito ao porte de uma arma de fogo
entra em conflito com esse texto. Todas as guerras seja das grandes potencias, ou as
pequenas guerras em nossas igrejas e
família só continuam porque
alguém por puro orgulho não aceita perder,
tendo a frase que alguém começou e outro continuou. Sabemos que a comunidade apostólica naquele
contexto esta tomada pelo domínio
romano, que havia aqueles que lucravam muito com aquele domínio e outros que
desejavam o confronto armado, mas Jesus
com lógica de Deus quebra todos com uma fala de não violência. No
domingo passado Jesus anunciou que veio dar pleno cumprimento a lei[2]. Nesse evangelho ele propõe no primeiro momento que precisamos superar a lei
punitiva, a famosa lei de talião do olho
por olho, dando pleno sentido de não
buscar a vingança, também apresenta a norma da não violência e diante da realidade do mundo ir na contramão, sendo e fazendo diferente, o autor sagrado apresenta um Deus que não se
prende ao preconceito ou rótulos, todos
apresentamos algum motivo para não falar ou conviver certas pessoas, mas aqui
Jesus diz que o sol e chuva cai igual sobre nossas cabeças e ainda nos desafia
ao amor e pede a perfeição de Deus que é
pai de todos, a nossa religiosidade deve ter a pratica do Deus que
nos ama, que também ama aquele ser (pessoa) que nos fez sofrer, que nos trouxe
dor, sofrimento em algum momento da nossa história de vida, esse é maior
desafio da nossa vida de cristãos.
Se vamos a uma Igreja,
templo e não somos a Igreja pessoa onde estivermos estaremos fugindo do nosso direito de
apresentar Jesus , a nossa pratica não não é melhor que aquele ouviram Jesus e ignoraram sua pregação não
estaremos vivendo plenamente o Reino
Deus anunciado por Jesus, O evangelho desse domingo, que encerra a 1ª parte do tempo comum cai como uma luva pra encerrar, recordamos
de uma homilia de um domingo de carnaval com esse texto onde um jovem falava que precisamos ter um
coração de criança, dispostos a fazer
por menos e encarar esse mundo como uma ciranda da vida, diante do legalismo hipócrita
da religião que diz que isso ou aquilo é
licito, para simplesmente cumprir normas de um livro não tem nada haver com
evangelho da vida plena, que constrói e
até mesmo reconstrói algumas relações
familiares e aqui o deixamos a mensagem do Papa Francisco [3]
· E «como se preserva o coração?» questionou-se ainda Francisco. «Preserva-se — explicou — afastando qualquer barulho que não provém do Senhor, afastando muitas coisas que nos tiram a paz». E «quando se afastam estas coisas, estas nossas paixões, o coração está preparado para compreender o Senhor que passa e para receber a Ele e à graça». Por conseguinte, é importante «preservar o coração, preservar o coração das nossas paixões». E «as nossas paixões são numerosas». Mas «também Jesus no Evangelho nos fala das nossas paixões». Francisco, em particular, repetiu as palavras de Mateus no trecho evangélico proposto pela liturgia (5, 38-42): «Tendes ouvido o que foi dito: olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra. Se alguém te citar em justiça para te tirar a túnica, cede-lhe também a capa. Se alguém vem obrigar-te a andar mil passos com ele, anda dois mil». Trata-se, reiterou o Papa, de «estar livre das paixões e de ter um coração humilde, um coração manso». E «o coração é preservado pela humildade, mansidão, nunca pelas lutas, pelas guerras». Ao contrário, prosseguiu, «este é o barulho:barulho mundano, barulho pagão ou barulho do diabo». Mas o coração deve estar «em paz».
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