A Igreja do Brasil colocou como Lema do documento 105 da CNBB[1] o versículo 14 do capitulo 5º do evangelho de Mateus fazendo ecoar a ideia e papel do Povo batizado frente a realidade, aqui vale para todos nós que devemos estar em nossas realidades compromissados e ser mais solução que problema. Vivemos tempos de espiritualidade das multidões, dos simbolismo, das veste e roupas de valores absurdo diante de um pais de uma população que recebe menos que 200 dólares para viver o texto de hoje é um desafio de romper essa estrutura da religião trancada em si mesmo, fechada em sua posição titulo e honra da mediocridade e da hipocrisia, por isso Jesus apresenta essa obrigação logo após as bem aventuranças, pois a condição para receber os benefícios da mesma é esta inserido na realidade do mundo, o Cristão comprometido com sua cidadania batismal tem por obrigação esta inserido no desafio de viver a realidade conforme São Paulo Apóstolo nos orienta em 1º Coritios 12,2:
· E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
· O mundanismo espiritual, que se esconde por detrás de aparências de religiosidade e até mesmo de amor à Igreja, é buscar, em vez da glória do Senhor, a glória humana e o bem-estar pessoal. É aquilo que o Senhor censurava aos fariseus: «Como vos é possível acreditar, se andais à procura da glória uns dos outros, e não procurais a glória que vem do Deus único?» (Jo 5, 44). É uma maneira subtil de procurar «os próprios interesses, não os interesses de Jesus Cristo» (Fl 2, 21). Reveste-se de muitas formas, de acordo com o tipo de pessoas e situações em que penetra. Por cultivar o cuidado da aparência, nem sempre suscita pecados de domínio público, pelo que externamente tudo parece correto. Mas, se invadisse a Igreja, «seria infinitamente mais desastroso do que qualquer outro mundanismo meramente moral». Este mundanismo pode alimentar-se sobretudo de duas maneiras profundamente relacionadas. Uma delas é o fascínio do gnosticismo, uma fé fechada no subjetivismo, onde apenas interessa uma determinada experiência ou uma série de raciocínios e conhecimentos que supostamente confortam e iluminam, mas, em última instância, a pessoa fica enclausurada na imanência da sua própria razão ou dos seus sentimentos. A outra maneira é o neopelagianismo auto-referencial e prometeuco de quem, no fundo, só confia nas suas próprias forças e se sente superior aos outros por cumprir determinadas normas ou por ser irredutivelmente fiel a um certo estilo católico próprio do passado. É uma suposta segurança doutrinal ou disciplinar que dá lugar a um elitismo narcisista e autoritário, onde, em vez de evangelizar, se analisam e classificam os demais e, em vez de facilitar o acesso à graça, consomem-se as energias a controlar. Em ambos os casos, nem Jesus Cristo nem os outros interessam verdadeiramente. São manifestações dum imanentismo antropocêntrico. Não é possível imaginar que, destas formas desvirtuadas do cristianismo, possa brotar um autêntico dinamismo evangelizador.
O texto de hoje nos convoca um compromisso, todos nós queremos os benefícios de Mateus 5,1-12, mas para tê-los se faz necessário viver o texto de hoje, ser sal e dar sabor e conservar o alimento, ser luz é compromisso com a verdade do evangelho, é ter transparência em seus atos, dando um testemunho coerente com atitudes da defesa da vida, da dignidade da pessoa humana, ser sal é saber a medida certa, pois na medida errada tudo perde o sabor e o sentido.
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