domingo, 5 de fevereiro de 2023

Um Olhar no texto de Mateus 5, 13-16 - 5º domingo do tempo comum

 


Iniciamos o mês de fevereiro com a posse  no Parlamento brasileiro, com a eleição da nova presidência da câmara e do senado e ainda continua no centro da noticia a historia  de um golpe que estava sendo orquestrado pelo  grupo do ex-presidente e a novidade que agora alguém disse que ele estaria junto,  sem  medo podemos dizer que a nomeação de certa ministra do Rio de Janeiro no atual  governo deveria nos causar indignação e pedir que o atual  presidente tenha coragem de demiti-la e ainda a oposição de alguns parlamentares da base do governo a possível CPI para investigar os atos de 8 de janeiro é algo deveria fazer qualquer cidadão comprometido  a ligar o alerta, diante dessa realidade que iremos meditar a Palavra de Deus NESSE 5º domingo do tempo Comum que tem a seguinte liturgia:   Isaias 58, 7-10, salmo 111 (112) Refrão 1: Para o homem recto nascerá uma luz no meio das trevas.  I Coríntios  2, 1-5 e o evangelho de  Mateus 5, 13-16

 A Igreja do Brasil  colocou como Lema do documento 105 da CNBB[1]  o versículo 14 do capitulo 5º do evangelho de Mateus  fazendo ecoar  a ideia e papel do Povo batizado frente a realidade, aqui vale para todos nós que devemos estar em nossas realidades  compromissados e ser mais solução que problema.  Vivemos tempos de espiritualidade das multidões, dos  simbolismo, das veste e roupas de valores absurdo diante de um pais de uma população  que recebe  menos que 200 dólares para viver o texto de hoje é um desafio de romper  essa estrutura da religião trancada em si mesmo,  fechada em  sua  posição titulo e honra da mediocridade  e da hipocrisia, por isso  Jesus apresenta essa obrigação logo após as bem aventuranças, pois a condição para receber os benefícios  da mesma é esta inserido na realidade do mundo, o Cristão comprometido com sua cidadania batismal tem por obrigação esta inserido no desafio de viver a realidade conforme São Paulo  Apóstolo nos orienta em 1º Coritios 12,2:

·         E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. 

Neste cotexto a Exortação Apostólica   Evangelii  Gaudium nos números 93 e 94   nos convida a dizer não a religião que vive  isolada em si mesma:
  

·         O mundanismo espiritual, que se esconde por detrás de aparências de religiosidade e até mesmo de amor à Igreja, é buscar, em vez da glória do Senhor, a glória humana e o bem-estar pessoal. É aquilo que o Senhor censurava aos fariseus: «Como vos é possível acreditar, se andais à procura da glória uns dos outros, e não procurais a glória que vem do Deus único?» (Jo 5, 44). É uma maneira subtil de procurar «os próprios interesses, não os interesses de Jesus Cristo» (Fl 2, 21). Reveste-se de muitas formas, de acordo com o tipo de pessoas e situações em que penetra. Por cultivar o cuidado da aparência, nem sempre suscita pecados de domínio público, pelo que externamente tudo parece correto. Mas, se invadisse a Igreja, «seria infinitamente mais desastroso do que qualquer outro mundanismo meramente moral». Este mundanismo pode alimentar-se sobretudo de duas maneiras profundamente relacionadas. Uma delas é o fascínio do gnosticismo, uma fé fechada no subjetivismo, onde apenas interessa uma determinada experiência ou uma série de raciocínios e conhecimentos que supostamente confortam e iluminam, mas, em última instância, a pessoa fica enclausurada na imanência da sua própria razão ou dos seus sentimentos. A outra maneira é o neopelagianismo auto-referencial e prometeuco de quem, no fundo, só confia nas suas próprias forças e se sente superior aos outros por cumprir determinadas normas ou por ser irredutivelmente fiel a um certo estilo católico próprio do passado. É uma suposta segurança doutrinal ou disciplinar que dá lugar a um elitismo narcisista e autoritário, onde, em vez de evangelizar, se analisam e classificam os demais e, em vez de facilitar o acesso à graça, consomem-se as energias a controlar. Em ambos os casos, nem Jesus Cristo nem os outros interessam verdadeiramente. São manifestações dum imanentismo antropocêntrico. Não é possível imaginar que, destas formas desvirtuadas do cristianismo, possa brotar um autêntico dinamismo evangelizador.

O texto  de hoje  nos convoca  um compromisso, todos nós queremos os benefícios de Mateus 5,1-12, mas para tê-los se faz necessário viver o texto de hoje,  ser sal e  dar sabor e conservar o alimento,  ser luz é  compromisso com a verdade do evangelho, é ter transparência  em seus atos, dando um testemunho coerente com atitudes da defesa da vida, da dignidade da pessoa humana, ser sal é saber a medida certa, pois na medida errada tudo perde o sabor e o sentido.



[1]  Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil.

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