Na antiguidade a
PAROKIA, era o espaço dos não cidadãos, e o espaço daqueles que não tinham
direitos a voz na sociedade. Contudo, com o cristianismo a Paróquia toma nova
conotação[1] e
passa classificar a região próxima de uma Igreja. E durante anos, foi uma
marca territorial. Conforme os Cânones 515 § 1º e 374 § 1 e hoje
somos obrigados a repensar as nossas estruturas paroquial. Como por
exemplo, pessoas que moram uma região e participar em outra paróquia.
Então, se conclui que a
paróquia toma outro sentido que não aquele, discutido nos séculos passados. A questão da pertença a uma paróquia bastavam ser batizado e
morar na região paroquial, não havia a necessidade de participar de forma ativa
da liturgia dominical. Contudo, o paroquiano e o pároco se faziam presente nos
momentos de festa ou de tristeza daquela região e da Igreja.
A reforma sonhada por São Carlos Borromeu, era que a Paróquia fosse um centro da Vida, que a Igreja fosse mais dinâmica e presente na vida daqueles que a estão nas suas proximidades, que a presença do Bispo fosse algo comum e não somente em momentos de festa.
A reforma sonhada por São Carlos Borromeu, era que a Paróquia fosse um centro da Vida, que a Igreja fosse mais dinâmica e presente na vida daqueles que a estão nas suas proximidades, que a presença do Bispo fosse algo comum e não somente em momentos de festa.
Toda a vida litúrgica, é o fundamento da realidade religiosa da Paróquia.
A Eucaristia nos congrega desde origem, é o culto ao Deus
que se faz humano e nos concede
de forma gratuita a imortalidade. Algo
que se perdeu com idade média e até pouco tempo, que tornou a vida paroquial um serviço burocrático, ali que se fazia o registro dos nascimentos, dos óbitos, casamentos
e todo registro da vida dos moradores da região, deixando o culto em segundo plano. Hoje, nós temos o efeito contrário alguns
párocos deixam tudo e reduzem a sua função ao culto, reduzindo a vida paroquial
à sombra do mistério celebrado na comunidade. Aqui vale a pena ressaltar,. que temos que olhar
para toda a realidade que esta na área paroquial, a Igreja deve buscar a
evangelização alem do seu quintal.
Como foi dito, a de ser pensar a nossa pertença a uma
paróquia, pois, pode se morar em uma cidade e participar da vida paroquial em
outra e até mesmo da vida Diocesana de outra Diocese, devido alguns conflitos
de ideias ou não. Contudo, a missão paroquial deve ser mais que a construção de prédios, e a missão dos párocos é muito mais que conduzir as obras de reparo, de construção ou de administrar recursos
financeiros. Em nossos tempos percebemos ainda o desafio agregar valores
de fé no pluralismo religioso. Nossos presbíteros
devem ser mais que sacerdotes, rompendo as barreiras do clericalismos medieval, respondendo os desafios do um de um pluralismo
pós-moderno é os isolamentos que somos levados através de
uma religiosidade do individualismo.[2]
Nossas paróquias tem uma multidão de que não praticam sua Fé, nos esperando para missão, temos paróquias
que agrega três municípios com uma estimativa de 28.000[3]
pessoas com as assistências de dois padres e um Diácono e no centro urbano
temos paróquias que atendem apenas um bairro como, por exemplo, a Igreja de São
Jorge no Rio de Janeiro que nas suas missas diárias das 9 da manhã há uma
multidão de fieis que vem de toda parte do Rio de Janeiro, que
estão ali apenas para o culto.
Partindo, deste
pressuposto a vida paroquial deve ir além daquilo que tínhamos nas décadas
passadas, fazendo desta pratica algo que agrega pessoas em torno de um propósito
de vida em comum. A paróquia deve sair de si e fazer frente a esse desafio
de congregar pessoas, não somente para o culto, mas para a construção de um
projeto de vida comum, nem que pra isso seja preciso repensar o nosso modelo de
Paróquias.
As paróquias devem se enraizarem em pastoral de conjunto, trazendo aos diversos mundos a presença do Cristo. A pratica de Fé não pode ser reduzida ou confundida com um serviço público, já passamos desta fase. como dissemos conhecemos pessoas que moram em nova Iguaçu, mas partilham sua vida e sua Fé em outra
paróquia e temos que zelar para que as nossas Igrejas não seja apenas um
mercado onde pagamos pelo serviço ou pela mercadoria. O maior desafio urbano é
vencer o individualismo do "eu" ou dos grupo, guetos e tribos.
Nestes tempos, a Igreja se sente desafiada a forma verdadeiras família paroquial, sendo uma família que congrega valores da Fé. Que acolhe o patrão e o assalariado, o jovem
e idoso, o marginal e o cidadão, os santos e os pecadores em sociedade urbana
desigual.
Ainda, há de se
destacar uma ausência do tempo para o Sagrado, nas diversas classes onde o
ser humano é reduzido a massa, com as diversas dificuldades de locomoção[4]
o tempo de oração e de prática do apostolado para evangelização deve ser
repensado e uma Pastoral de conjunto é algo urgente. Reconhecemos que há muitos anos os
presbíteros não conseguem responder a demanda da sociedade. A proposta do
Vaticano II que a Igreja é toda ministerial[5],
por isso nestes tempos se queremos fazer a vida acontecer, é necessário à
presença nas atividade dos Agentes de Pastoral não como parte de uma hierarquia,
mas na função de batizado, discípulos e
missionários olhando para o humano e social assumindo o compromisso com a realidade
que vai além dos muros do prédio do culto.
Um dos grandes problemas
que podemos destacar, é o pluralismo católico onde as pastorais e movimentos
defendem o seu modo de evangelização como eficaz para aquela realidade e neste
contexto que o pároco e o bispo entram como sinal da Unidade daquele povo. E com
isso, deixamos os feudos pastorais e damos o passo importante de construir uma
pastoral orgânica onde todos têm seu espaço, sua missão e com isso venceremos o
individualismo Pastoral e até Paroquial.
Devemos reconhecer, que o
concilio Vaticano II não veio para agradar esse grupo ou aquele, mas é um passo
que nos trouxe mudanças, ou melhor, resgatou projetos que a muito estavam
empoeirados em nossas sacristias.
Aqui podemos concluir, com a máxima de
Tertuliano que deve ser nossa mola mestra na Pastoral Urbana ou em qualquer espaço
que religioso Cristão:
·
“Cristão não se nasce, cristão se
torna”.
Há uma frase de atribuída a dom Helder Camâra, que citada em certos ambiente pode causar reboliço que não podemos deixar
citar:
·
“Não basta ser católicos, é preciso ser
cristão”.
Neste sentido deixamos aqui algumas perguntas:
1.
Nossas Igrejas são espaços de construção
da vida?
2.
Somos burocráticos em nossas pastorais?
3.
Temos trabalhado em nossas Igrejas
como Povo de Deus, que deseja transforma a realidade?
4.
Sem criticar como temos visto a
questões dos ministérios em nossas Igrejas?
5.
A pastoral de Conjunto ou Orgânica tem sido uma realidade em nossas
paróquias?
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