Não
somos donos do mundo para sair julgando. No retiro do cursilho de cristandade
que existe no Brasil á mais 50 anos
somos chamados no último dia olhar para realidade e fazer três
observações.
· Ver com olhos de Cristo[i]:
Sacerdote, Profeta e Servo de Javé a realidade vivida. Pois se olharmos com a
vista humana corremos o risco condenar sem conhecer de verdade.
· Julgar a parti do Evangelho: que
nos orienta a perdoar antes de condenar e recordando que com a medida [ii] que medimos seremos
medidos. Observamos o fato de uma da tal reporte que se apressa no julgamento
sumário de um fato ocorrido.
· Agir como cristão:[iii] que
viveu a experiência do encontro com Cristo, no casa do cobrador de imposto que
viu sua situação de pecado e mudou de vida[iv].
Por
isso o Cursilho nos chama pra uma vida de coerência e retidão. Olhamos a nossa
realidade que deixa as coisas pequenas
crescer, se preocupando com as coisas maiores, por exemplo, quando compramos
alguma coisa e pagamos e nos passam o
troco a menos, logo nos enchemos de razão e cobramos aquilo que é devido e quando é o contrário nos calamos, pois, aquele
que errou deve aprender a somar, dividir e merece o prejuízo pelo erro cometido.
Quando existe uma irregularidade em nosso carro e somos pego em uma blitz do DETRAN,
logo desejamos resolver do jeitinho brasileiro.
Ser cristão envolve fidelidade ao evangelho e
compromisso sério nas pequenas ou grandes coisas[v], observamos que há sempre o desejo de
protelar nossas decisões colocando mil
coisas na frente, olhando que há dificuldades
maiores a ser vencida e nos descuidamos das coisas simples da Vida.[vi] Precisamos nos indignar com
as pequenas coisas, aqui vale a
pena citar aquela história da II Guerra Mundial:
“Um
dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como
não sou judeu, não me incomodei.
No
dia seguinte, vieram e levaram.
Meu
outro vizinho que era comunista.
Como
não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu
vizinho católico.
Como
não sou católico, não me incomodei.
“No
quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar...”.[vii]
É preciso olhar a realidade com os olhos de
Deus, porque é nela que ele se revela e nela que Ele nos indaga e nos chama para dar resposta consciente. Não podemos viver com uma
ideologia pervertida da Realidade onde tudo é mal e tudo é nocivo. No primeiro
livro da Bíblia, uma das primeiras
frases atribuída ao nosso: “Deus viu que tudo era bom[viii]”. Então, é preciso ficar indignado e não
podemos aceitar um agir sem os valores de um evangelho encarnado na realidade
que nós vivemos e com isso nosso ver, julgar e agir, revelará o evangelho na
vida para o outro que revela de forma imperfeita a imagem
de um Deus Criador[ix].
·
Ver,
Julgar & Agir.
Tire suas conclusões?
Tire suas conclusões?
Primeiro dia de
aula, o professor de 'Introdução ao Direito' entrou na sala e a primeira
coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira
fila:
- Qual é o seu nome? - Chamo-me Nelson, Senhor. - Saia de minha aula e não volte nunca mais! - gritou o desagradável professor. Nelson estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estavam assustados e indignados, porém ninguém falou nada. - Agora sim! - vamos começar. - Para que servem as leis? Perguntou o professor - Seguiam assustados ainda os alunos, porém pouco a pouco começaram a responder à sua pergunta: - Para que haja uma ordem em nossa sociedade. - Não! - respondia o professor. - Para cumpri-las. - Não! - Para que as pessoas erradas paguem por
seus atos.
- Não! - Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?! - Para que haja justiça - falou timidamente uma garota. - Até que enfim! É isso, para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça? |
Todos começaram a
ficar incomodados pela atitude tão grosseira.
Porém, seguíamos respondendo: - Para salvaguardar os direitos humanos... - Bem, que mais? - perguntava o professor . - Para diferençar o certo do errado, para premiar a quem faz o bem... - Ok, não está mal porém respondam a esta pergunta: "Agi corretamente ao expulsar Nelson da sala de aula?" Todos ficaram calados, ninguém respondia. - Quero uma resposta decidida e unânime! - Não! - responderam todos a uma só voz. - Poderia dizer-se que cometi uma injustiça? - Sim! - E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las? Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais! Vá buscar o Nelson - Disse. Afinal, ele é o professor, eu sou aluno de outro período. Aprenda: Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia. |
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