Iniciamos
o período pascal, a liturgia católica sempre aponta para esse momento. Sabemos
que o inicio de abril é marcado por alguns momentos que somos obrigados a
recordar, como o atentado em Blumenau , nesta semana e os 12 anos do atentado de uma
escola em Realengo no Rio de Janeiro e durante a semana também foi marcado pelo
atentado em um ônibus na cidade de Duque
de Caxias na Baixada Fluminense, são esses sinais que devemos trazer para altar
da eucaristia do domingo da ressurreição, sem mencionar o depoimento do ex-presidente do USA sobre
ter usado um o serviço de uma atriz pornô
e no Brasil o ex-presidente tendo que
explicar o motivo que o levou a se apropriar de certos mimos que recebeu de
presente do lideres sauditas, em
resumo é situação que muitos querem
explicar sem sentido nenhum.
Diante de tantas sombras somos convidados a
esperançar, pois o Senhor ressuscitou e aqui a vale a pena trazer de volta o
ditado do interior de Minas que diz, quando a coisa esta ruim é sinal que vai
melhorar é isso que nossa liturgia nos traz
a tona depois da sexta-feira da
paixão e
vamos ler em nossas celebrações
as seguintes liturgia: Atos 10,34a.37-43, Salmo 117 (118) coma seguinte
resposta: Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e cantemos de alegria; Colossenses
3,1-4 e o evangelho de hoje João 20,1-9.
O evangelho nos aponta o sepulcro vazio,
pois a morte não pode conter a
força da vida que nasce de uma proposta e aqui temos a atitude da comunidade que de imediato duvida, e parte de encontro e confirma o mistério do sepulcro vazio, o
amor motiva o discípulo amado parte na frente, o amor é uma mola que nos leva
para frente diante de um momento de dor. Aqui pedimos uma pausa para contemplar
a saudade das mães e pais de Realengo no Rio de Janeiro que a 12 anos viveram um momento sem igual,
pois seus filhos foram assassinados dentro de uma escola e durante essa
semana revivemos o terror em uma creche
na cidade de Blumenau em Santa Catarina com o assassinato de 5 crianças em uma
creche, todos os pais gostariam que essa
data não existisse, que tal fatalidade não tivesse acontecidos e certamente
imagina o quantos esse pais devem ter corrido
para ver seus filhos e filhas, seja em Realengo como em Blumenau.
O
evangelho de sexta-feira fala que João
que entendemos como o discípulos amado testemunhou o Cristo morrer
juntamente com a Mãe de Jesus e sua corrida até o tumulo é algo é motivado por
esse amor, mas não é um amor sentimental que
o faz agir de forma emocional. A certeza
que o Senhor voltará que reúne homens e
mulheres nas Igrejas e comunidades até os dias de hoje, a glória da cruz narrada
hoje em nossas comunidades foi algo vivido por seus amigos de forma plena por
mais que tenhamos fé não será a mesma experiência, da comunidade desolada pela morte do seu
Mestre, a noticia de sua vitória sobre a morte
é algo que se faz necessário que mais de uma testemunha. Pedro e João
juntos testemunham o fato, aqui temos um
idoso da altura de sua experiência e um
jovem com seu vigor.
O
evangelho fala dos panos dobrados e aqui
vale pena recordar o relato como os servos judeus montavam a mesa para refeição
do seu senhor. Se Conta que o senhor na
mesa s deixasse o panos jogados sobre a mesa de qualquer jeito, era sinal que teria
terminado sua refeição, mas se deixar dobrado é sinal que voltará. O evangelho
fala que os panos que envolveram o corpo de Senhor estavam dobrados sinalizando
que o senhor voltará. Sabemos que o Senhor ressuscita na radicalidade do amor
O evangelista faz questão de narrar que é primeiro dia de semana, pois demonstra que é o momento da nova criação
gerada da cruz do Senhor, sendo a conclusão da nova aliança que envolve
uma vida alem desta vida, o papel das mulheres sendo as primeiras testemunhas
do amor, fazendo uma ligação com primeira mulher que traz para o homem o fruto
proibido, nesse contexto elas comunicam
a vida imortal trazida por Jesus e como esta se tornando tradição a fala do Papa Francisco em 17 de maio de 2017
·
“Como é bonito pensar que a primeira aparição
do Ressuscitado — segundo os Evangelhos — teve lugar de um modo tão pessoal!
Que há alguém que nos conhece, que vê o nosso sofrimento e a nossa desilusão,
que se comove por nós e nos chama pelo nome. É uma lei que encontramos
esculpida em muitas páginas do Evangelho. Em volta de Jesus há muitas pessoas
que procuram Deus; mas a realidade mais prodigiosa é que, muito antes, há
sobretudo Deus que se preocupa com a nossa vida, que a quer reanimar, e para
fazer isto chama-nos pelo nome, reconhecendo o semblante pessoal de cada um.
Cada homem é uma história de amor que Deus escreve nesta terra. Cada um de nós
é uma história de amor de Deus. Deus chama cada um de nós pelo nome:
conhece-nos pelo nome, olha para nós, está à nossa espera, perdoa-nos, tem
paciência com cada um de nós. É verdade ou não? Cada um de nós vive esta
experiência. E Jesus chama-a: «Maria!». A revolução da sua vida, a revolução
destinada a transformar a existência de cada homem e mulher, começa com um nome
que ressoa no jardim do sepulcro vazio. Os Evangelhos descrevem-nos a
felicidade de Maria: a Ressurreição de Jesus não é uma alegria concedida a
conta-gotas, mas é uma cascata que abrange a vida inteira. A existência cristã
não é constituída por pequenas felicidades, mas por ondas que subvertem tudo.
Procurai pensar também vós, neste instante, com a bagagem de desilusões e de reveses
que cada qual tem no seu coração, que há um Deus perto de nós que nos chama
pelo nome, dizendo: «Ergue-te, para de chorar, porque Eu vim libertar-te!».
Isto é bonito! Jesus não é alguém que se adapta ao mundo, tolerando que nele
perdurem a morte, a tristeza, o ódio, a destruição moral das pessoas... O nosso
Deus não é inerte, mas o nosso Deus — permiti-me esta palavra — é um sonhador:
sonha a transformação do mundo, tendo-a já realizada no mistério da Ressurreição”
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