sábado, 8 de abril de 2023

Um olhar no texto de João: 20,1-9; 1º Domingo da Páscoa

 


Iniciamos o período pascal, a liturgia católica sempre aponta para esse momento. Sabemos que o inicio de abril é marcado por alguns momentos que somos obrigados a recordar, como o atentado em Blumenau ,  nesta semana e os 12 anos do atentado de uma escola em Realengo no Rio de Janeiro e durante a semana também foi marcado pelo atentado em um ônibus  na cidade de Duque de Caxias na Baixada Fluminense, são esses sinais que devemos trazer para altar da eucaristia do domingo da ressurreição, sem mencionar  o depoimento do ex-presidente do USA sobre ter usado um  o serviço de uma atriz pornô e  no Brasil o ex-presidente tendo que explicar o motivo que o levou a se apropriar de certos mimos que recebeu de presente  do lideres sauditas, em resumo  é situação que muitos querem explicar sem sentido nenhum.

 Diante de tantas sombras somos convidados a esperançar, pois o Senhor ressuscitou e aqui a vale a pena trazer de volta o ditado do interior de Minas que diz, quando a coisa esta ruim é sinal que vai melhorar é isso que nossa liturgia nos traz  a tona  depois da sexta-feira da paixão  e  vamos ler  em nossas celebrações as seguintes liturgia: Atos 10,34a.37-43, Salmo 117 (118) coma seguinte resposta: Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e cantemos de alegria; Colossenses  3,1-4 e o evangelho de hoje João  20,1-9.  O evangelho nos aponta o sepulcro vazio,  pois  a morte não pode conter a força da vida que nasce de uma proposta e aqui temos a atitude da comunidade  que de imediato duvida,  e parte de encontro  e confirma o mistério do sepulcro vazio, o amor motiva o discípulo amado parte na frente, o amor é uma mola que nos leva para frente diante de um momento de dor. Aqui pedimos uma pausa para contemplar a saudade das mães e pais de Realengo no Rio de Janeiro  que a 12 anos viveram um momento sem igual, pois seus filhos foram assassinados dentro de uma escola e durante essa semana  revivemos o terror em uma creche na cidade de Blumenau em Santa Catarina com o assassinato de 5 crianças em uma creche, todos os pais  gostariam que essa data não existisse, que tal fatalidade não tivesse acontecidos e certamente imagina o quantos esse pais devem ter corrido  para ver seus filhos e filhas, seja em Realengo como em Blumenau.

O evangelho de sexta-feira fala que João  que entendemos como o discípulos amado testemunhou o Cristo morrer juntamente com a Mãe de Jesus e sua corrida até o tumulo é algo é motivado por esse amor, mas não é um amor sentimental que  o faz agir de forma emocional.  A certeza que o Senhor voltará que  reúne homens e mulheres nas Igrejas e comunidades até os dias de hoje, a glória da cruz narrada hoje em nossas comunidades foi algo vivido por seus amigos de forma plena por mais que tenhamos fé não será a mesma experiência,  da comunidade desolada pela morte do seu Mestre, a noticia de sua vitória sobre a morte  é algo que se faz necessário que mais de uma testemunha. Pedro e João juntos testemunham o fato,  aqui temos um idoso da altura de sua experiência  e um jovem com seu vigor.

O evangelho fala dos panos dobrados  e aqui vale pena recordar o relato como os servos judeus montavam a mesa para refeição do seu senhor. Se Conta que o senhor  na mesa s deixasse o panos jogados sobre a mesa de qualquer jeito, era sinal que teria terminado sua refeição, mas se deixar dobrado é sinal que voltará. O evangelho fala que os panos que envolveram o corpo de Senhor estavam dobrados sinalizando que o senhor voltará. Sabemos que o Senhor ressuscita  na radicalidade do amor  

    O evangelista faz questão de narrar  que é primeiro dia de semana, pois  demonstra que é o momento da nova criação gerada  da cruz do Senhor,  sendo a conclusão da nova aliança que envolve uma vida alem desta vida, o papel das mulheres sendo as primeiras testemunhas do amor, fazendo uma ligação com primeira mulher que traz para o homem o fruto proibido, nesse contexto elas  comunicam a vida imortal trazida por Jesus e como esta se tornando tradição a fala  do Papa Francisco em 17 de maio de 2017

·         “Como é bonito pensar que a primeira aparição do Ressuscitado — segundo os Evangelhos — teve lugar de um modo tão pessoal! Que há alguém que nos conhece, que vê o nosso sofrimento e a nossa desilusão, que se comove por nós e nos chama pelo nome. É uma lei que encontramos esculpida em muitas páginas do Evangelho. Em volta de Jesus há muitas pessoas que procuram Deus; mas a realidade mais prodigiosa é que, muito antes, há sobretudo Deus que se preocupa com a nossa vida, que a quer reanimar, e para fazer isto chama-nos pelo nome, reconhecendo o semblante pessoal de cada um. Cada homem é uma história de amor que Deus escreve nesta terra. Cada um de nós é uma história de amor de Deus. Deus chama cada um de nós pelo nome: conhece-nos pelo nome, olha para nós, está à nossa espera, perdoa-nos, tem paciência com cada um de nós. É verdade ou não? Cada um de nós vive esta experiência. E Jesus chama-a: «Maria!». A revolução da sua vida, a revolução destinada a transformar a existência de cada homem e mulher, começa com um nome que ressoa no jardim do sepulcro vazio. Os Evangelhos descrevem-nos a felicidade de Maria: a Ressurreição de Jesus não é uma alegria concedida a conta-gotas, mas é uma cascata que abrange a vida inteira. A existência cristã não é constituída por pequenas felicidades, mas por ondas que subvertem tudo. Procurai pensar também vós, neste instante, com a bagagem de desilusões e de reveses que cada qual tem no seu coração, que há um Deus perto de nós que nos chama pelo nome, dizendo: «Ergue-te, para de chorar, porque Eu vim libertar-te!». Isto é bonito! Jesus não é alguém que se adapta ao mundo, tolerando que nele perdurem a morte, a tristeza, o ódio, a destruição moral das pessoas... O nosso Deus não é inerte, mas o nosso Deus — permiti-me esta palavra — é um sonhador: sonha a transformação do mundo, tendo-a já realizada no mistério da Ressurreição”

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