domingo, 16 de abril de 2023

Um outro olhar no texto de João 20,19-31 - 2º Domingo de Páscoa, Festa da Misericórdia

 

 Vivemos tempos onde  alguns tentam  manter as fakenews  e se falam de  perda neste inicio de ano,  ignorando algumas realidades que não  vamos comentar, estamos em período de adaptações e crescimento e atualmente alguns grupos espalharam a possibilidade de ataque as unidades escolares em vários lugares  do Brasil e ainda temos o discurso de capacitar professores  em  cursos de tiro,  colocar policias nas unidades escolares, sem esquecer que  um país que não consegue  suprir a falta de professores  nas diversas disciplinas e   falam também  em colocar detector de metais nas entradas das escolas  etc., em uma escola que não não consegue nem  ter  um computador ou mesmo salas de aula climatizadas  e com falta condições mínimas para os profissionais de educação trabalhar (aqui citamos o inspetor, as merendeiras, professores e toda direção escolar), é um assunto que pode render  mais de mil textos,  vídeos etc, mas  sabemos que o problemas das violência se combate com políticas sociais de seguranças publica  aqui queremos passar longe da hipocrisia  política de  muitos que gostam  de solucionar problemas  com discursos de armas etc,  Diante dessa realidade  meditar sobre a liturgia do segundo domingo da Páscoa, o domingo da Misericórdia que tem as seguintes leituras: Atos 2,42-47,  Salmo 117 (118) Refrão: Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterna a sua misericórdia. 1 Pedro 1,3-9, João 20,19-31.

Já refletimos sobre a misericórdia de Deus em alguns momentos da nossa caminhada e aqui temos pelo menos três vídeos que postamos  em 2020, 2021, 2022:  Domingo da Misericórdia de 2020, Domingo da Misericordia de 2021, Domingo da Misericordia 2022, sem esquecer a a produção do nosso blog: Prof  DNonato Um olhar no texto de João 20,19-31 - 2º Domingo de Páscoa em 2022 e podemos  conferir abaixo nosso vídeo do domingo da Misericórdia de 2023, sabemos que a Festa foi instituída pelo Papa  São João Paulo II e que a palavra Misericórdia  é a soma de duas palavras  origem latina miserere (ter compaixão) e cordis (coração), em si é ter a capacidade de sentir aquilo que outro sente,   como diria o Bispo emérito de Nova Iguaçu Dom Luciano Bergamin, é calçar o sapato do outro e aqui citando a Professora  Quininha  sem o moralismos ou hipocrisia do julgamento farisaico religioso.  A liturgia de hoje nos chama para sermos pessoas novas, nascidas da experiência da cruz e  no mistério da ressurreição e aqui temos uma comunidade fechada  por medo, mesmo com o testemunho de Pedro, João e das mulheres no domingo  anterior,  muitas das vezes custamos crer nos mistérios de Deus e a entrada de Jesus  pedindo algo comer e para provar que tinha ressuscitado plenamente e  aqui recordamos que no domingo passado  quando alguém foi toca-Lo ele não permitiu, mas diante de um povo  fechado em seu medo Ele  permite contato maior,  celebrar a Misecordia de Deus e fazer plena comunhão, é  ter contato  com aqueles que sofrem todo tipo de preconceitos, olhamos para  muitas falas de que fulano tem que se converter, que ele precisa mudar de vida etc, vale a pena  nos perguntar o quanto estamos dispostos a mudar o nosso olhar em relação ao outro, pois aqueles que pensam diferente  por motivos:  religiosos,  políticos ou qualquer situação logo botamos rótulos e deixamos naquela prateleira.


O texto desse domingo pode ser dividido em duas partes. A primeira parte   (João 20,19-23) onde Jesus aparece  para o colegiado apostólico e comunica a Paz e aqui  se destaca  o sopro do Espírito Santo e  o envio  missionário da comunidade, aqui alguns fundamentalistas citam como  o momento da criação do sacramento da confissão (sendo que Jesus sopra sobre a comunidade composta por homens e mulheres, pois Jesus rompeu essa ideia do discipulados ser apenas do varão[1]),  Jesus é o centro da nossa fé, que traz o shalom de Deus e não paz do mundo imposta pelas armas e o terror dos poderes humanos que    que impede o convívio e a vida plena  acontecer, Jesus  nos apresenta  uma realidade de amor  que devia nos  ajudar a aplicar a misericórdia em nosso cotidiano, de uma Fé que nasce da certeza que o Ressuscitado esta conosco mesmo chagado ferido,  vencedor da violência com atitude  pacifica.  Quando Ele  sopra sobre a Comunidade no texto de hoje nos traz a memória atitude de Deus Pai quando cria o ser humano, comunicando o seu Espírito, soprando o seu Espírito.

A segunda parte envolve o versículos 24 ao 29, aqui temos aqueles que estão muito ocupados para vida comunitária  e duvida da capacidade de Deus em transforma o planto em alegria, pessoas fechada em si mesmo, pois somente  ela tem a verdade, tudo exige a comprovação, tem que esta na Bíblia, no Direito Canônico, no Catecismo ou Padre, Bispo, Pastor tal  disse, escreveu algo sobre o referido assunto, esses são os  seguidores de Tomé hoje, que só se convertem com  provas  ou com empirismo, precisa tocar nas chagas, se recusando a ouvir a comunidade.

Somos convidados a crer em Jesus mesmo sem ter vivido como um contemporâneo Dele e diante dos milhares de irmãos e irmãs  que vivem as chagas  do desemprego, da fome e de outras misérias somos chamados a levar o shalom que nasce da  ressurreição  proclamada na Eucaristia dominical, na Palavra de Deus  e na Oração diária de cada cristão comprometido  em  levar ao mundo o perdão entregue por Jesus a comunidade, esse é maior sentido da Festa da Misericórdia, precisamos ser para o outro aquilo que Deus é para conosco.  Jesus repreende Tomé por duvida da Comunidade e por querer ter a razão sobre a lógica de Deus. A lógica de Deus não se aplica no contexto da realidade da ciência, mas após a experiência do Ressuscitado temos uma das maiores expressões de demonstração de fé:  “Meus Senhor e Meu Deus” que possamos neste domingo celebrar a misericórdia com a certeza que Jesus Caminha conosco!

Shalom do Ressuscitado!



[1] Lc 15,40 e 8:1–3


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