Um Olhar no texto de Mateus 4,1-11; 1º domingo da quaresma

O carnaval do Rio de Janeiro marcado pela vitoria da Imperatriz, que narrou A Chegada de Lampião no Inferno com a temática  "O grande debate que teve Lampião com São Pedro", sendo narração baseada na literatura de cordéis, novamente o

nordeste sendo cantado  dando titulo as Escolas de Samba,  também durante o carnaval acomteceu as chuvas no litoral  paulista causando transtornos e ate mesmo vitimam fatais e nesse clima  iniciamos a quaresma é  vivemos a quarta-feira de cinzas com abertura nacional da Campanha da Fraternidade que nos apontas a realidade da fome e convoca todos para o compromisso quaresmal diante da realidade de 33 milhões de brasileiros,  que passam fome e com essa temática nesse primeiro domingo com as seguintes leituras: Genesis 2,7-9; 3,1-7, Salmo 50 (51);  com refrão Pecamos, Senhor: tende compaixão de nós; Romanos 5,12-19 e o  Mateus 4,1-11[1]  que vamos medita,  não estamos escrevendo essas linhas em nome de um grupo ou instituição, a nossa reflexão não é uma verdade absoluta, você pode concorda e tem toda liberdade de discorda.
Iniciamos a quaresma reconhecendo a necessidade de conversão, somos todos chamados a mudar de atitude diante do nosso desvio e a liturgia desse domingo convida a  colocar Deus no centro da nossa vida, não podemos  ser cristãos de teoria. Somos chamados a exercitar a escuta da Palavra, a pratica da fidelidade, abraçando o projeto de um Deus e Amor diante de toda tentação dos dias atuais. 

Hoje o texto de Mateus no seu capitulo 4  dividido em 4 partes[2] segundo tradução Pastoral,

Mateus 4	Fato
1-11	Jesus supera as tentações
12-16	A esperança começa na Galiléia
18-22	Seguir a Jesus é comprometer-se
23-25	A atividade de Jesus

(Vamos refletir só a primeira parte)

Sabemos muito bem,  que o evangelista apresenta as três tentações comuns a todo ser humano, Jesus assumindo nossa natureza não se furta a passa por elas.

Tentação	Consequência	Sensação
Fome (Mateus 4,3)	Fraqueza física e espiritual	Saciar o desejo e o prazer do corporal
Soberba (Mateus 4,5-6)	Desobediência	Fazer de Deus um empregado, exigir direitos.
Poder (Mateus 4,8-9)	Negar a Gloria de Deus	Querer ser sempre o dono Da situação

Sabemos que o evangelista destaca:  a fome, a solidão, o abandono e o rompimento com a aliança, na verdade diante do problema do momento o tentador oferecer soluções imediatas.  Esse é o desafio de ser cristão, que é sofrer as demoras de Deus, dizer não ao imediatismo. O inimigo da humanidade ousa citar textos bíblicos, aqui só comprova que o fundamentalismo radical de muitos citando textos decorados seja do:  direito canônico, da bíblia, do catecismo ou da tradição por puro no legalismo doutrinal é estar a serviço de satanás.  O texto é um resumo daquilo que Jesus viveu e tem um caráter catequético, onde existe um embate onde temos citações bíblicas da lei, dos salmos no sentido demonstrar que a religião pode ser usada para o bem ou para mal, aqui por exemplos temos Pastores que citam esses ou aqueles versículos bíblicos para justificar a submissão das mulheres.

Temos recebido da parte de alguns cristãos mais santos que o Cristo citando vários textos, documento sempre atacando a Campanha da Fraternidade que acontece durante o período quaresmal, certamente eles devem ter aula com o antagonista de Jesus no texto do evangelho desse domingo, sempre se baseando nos documentos pra justificar suas decisões e nesse primeiro domingo da quaresma podemos olhar que Jesus foi tentado logo após o seu batismo no deserto, o autor sagrado revela que as maiores tentação acontecem em dois momentos: quando estamos em uma dificuldade tremenda e quando estamos sozinhos no nosso deserto interior. Na solidão somos convidados à oração, a contemplação do sagrado, deixando Deus falar em nossos corações, filtrando as vozes interiores que atrapalham e geram a desolação.

Diante de um mundo que complexo que nos conduz o deserto das tentações que visam:  o prazer, o ser e o poder. A fome que é temática da Campanha da Fraternidade é uma realidade para 33 milhões de brasileiros e aqui recordamos das Campanha  Natal sem fome, também do projeto Fome zero e vem nossa memória a fala do Bispo Dom Mauro Morelli que diz que a fome não seria o problema, o grande problema é a falta de alimentos na mesa dos famintos e o evangelho de hoje fala logo no seu inicio que após o batismo Jesus foi para o deserto e sentiu  fome e aqui podemos ver a natureza humana de Jesus que se dobra as regras, se recusando transformam pedras em pão e fazendo o reconhecimento que antes de qualquer alimentos, precisamos estar conectados a Palavra de Deus,   neste contexto ainda temos a critica a religião que muitos buscam, a religião da auto realização,  a religião que transforma Deus em empregado,  um servidor e escravo do desejo  humano,  em resumo o pecado de desafiar Deus que resolva as nossas crises existenciais e no fim temos a tentação de buscar o sucesso sem ética ou respeito ao sagrado,  exigindo  ou fazendo uso de direitos inexistentes em relação ao sagrado e aqui podemos    olhar  as praticas em nossas  comunidades que  abraçam certos políticos e as  vezes   fazemos concessões com certos políticos  para manter a estrutura de poder  e posição social. Essa talvez seja a maior tentação de todo ser humano que é buscar a posição social e o reconhecimento públicos e o Papa Francisco nos recorda para esse primeiro domingo na quaresma de 2021

“O deserto é o lugar onde Deus fala ao coração do homem, e onde brota a resposta da oração, ou seja, o deserto da solidão, o coração separado de outras coisas e, somente naquela solidão, se abre à Palavra de Deus. Mas é também o lugar da provação e da tentação, onde o Tentador, aproveitando a fragilidade e as necessidades humanas, insinua a sua voz mentirosa, uma alternativa àquela de Deus, uma voz alternativa que te mostra outro caminho, outro caminho de engano. O Tentador seduz.”

As três tentações no texto desse domingo nos revela que todas se resumem a única a tentação do Éden que é se igualar a Deus, rompendo à comunhão batismal ferindo  o projeto de amor que o Cristo nos traz com sua encarnação, a quaresma é o tempo de rever nossas atitudes, se estamos superando nossas tentações,  se não estamos devemos iniciar esse combater  de as nossas más inclinações, nesses quarentas dias que reflete diretamente aos dias do retiro de Jesus logo após o Batismo e nesse sentido que viveremos a quaresma combatendo nossas inclinações para o mal, fiugindo do mal.

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[1]  O fato esta nos sinóticos Marcos 1:12,13 e Lucas 4:1–13)

[2] Vamos nos prender só na primeira parte