domingo, 11 de dezembro de 2022

Um Olhar no texto de Mateus 11, 2-11 - terceiro Domingo do advento

 


Chegamos ao domingo róseo, à espera com alegria, saber esperar o tempo de Deus é algo complicado, as demoras de Deus, embora saibamos que Deus nunca demora em nos atender.    Iniciamos a semana com um brilho a menos para os brasileiros, afinal a seleção despachada pela Croácia, depois de um jogo de 120 minutos é algo que os milhões de técnicos de futebol no Brasil explicam com facilidade e sabedoria nunca vista e sem mencionar que o atual mandatário dos Pais rompeu o silêncio tentando traçando um paralelo sobre a sua saída, citando o apoio popular para sua possibilidade de não passar faixa para o eleito no pleito de 2022 que na segunda-feira será diplomado o presidente eleito no ultimo pleito junto com o vice em pais que ainda tem gente abraçando caminhão e ainda olhando para realidade na hora votar o teto de gastos com o furo gigante aqueles que eram contra ficaram a favor e aqueles que eram a favor agora são contra, políticos brasileiros que estão preocupados com tudo menos com o povo, vale tanto para um lado como para outro.  Há 20 dias para o ano de 2023 a imprensa fala que temos um rombo nas contas publicas,  graças atual administração do pais que vai faltar dinheiro na áreas essenciais da pátria  (saúde, educação,  INSS etc.).

Nesta realidade que somos convidados a celebrar esse terceiro domingo do Advento com as seguintes leituras: Isaías 35, 1-6a.10; Salmo 145 (146) com a resposta Vinde, Senhor, e salvai-nos; São Tiago 5, 7-10 e o evangelho São Mateus 11, 2-11

Como sempre iremos meditar o evangelho, não é que as demais leituras não mereça nossa reflexão, mas de forma geral e por motivo óbvio meditemos o evangelho, o nosso texto tem a característica refletir de forma livre é apenas um seta que indica uma possível reflexão e não temos a pretensão de impor o nosso ponto de vista ou tão pouco estamos aqui escrevendo em nome de algum grupo pastoral ou Igreja.  Estamos  nos aproximando  do Natal e nas semana passada tivemos a pregação falando da chegada do Messias e hoje temos a ação desse Messias, a exemplo de outros compatriotas de Jesus o Batista trazia em sua pregação um messias que traria o fogo, mas também realizaria sinais, curar os cegos, fazer paralítico andar, curar os leprosos, fazer com que os surdos ouçam ressuscitar os mortos e o principal anunciar aos pobres que o "Reino" da justiça e da paz chegou.

O evangelho de hoje temos duas partes. A primeira a confirmação do messianismo de Jesus apresenta aos discípulos de João a sua ação dentro da perspectiva do profeta Isaias: “os cegos veem, os aleijados andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e as boas-novas são pregadas aos pobres” e a segunda parte o reconhecimento da missão e da pessoa do Batista.   
Neste tempo de mídias sociais onde se postam tanta coisa somos chamados a refletir e checar as informações antes de repassar, foi isso que os discípulos de João vieram fazer junto a Jesus, existem milhares e Igrejas que apresentam um Cristo de acordo com seu interesse, alguns falam e valorizam o milagre narrados na bíblia, outros um Cristo ativista político e ainda aquele que trazem um Cristo líder religioso e omisso diante da realidade, mas de fato Jesus é bem maior que todas as leituras limitadas dele, Ele é uma proposta de mudança de vida e nesse caso voltamos na semana passada no texto Um Olhar no texto de Mateus 3, 1-12 - Segundo Domingo do advento que apela para nossa conversão, Jesus deve ser um presença  salvadora  e libertadora; Ele  não esta a serviço desse ou daquele grupo religioso ou político e diante de uma casta que se escondem  Jesus apresenta  seu projeto do Reino que  é a boas nova pregadas aos pobres, pois muitos pregam  um Cristo apático da realidade. Somos chamados a abrir nossos ouvidos surdos para os gritos pedindo pão de milhares de brasileiros, supera nossa cegueira religiosa, ideológica política e ver a realidade de milhares de pessoa nas filas do osso, ainda somos convidados a romper com paralisia de um sistema político engessado pelos desejos e vontades dos eleitos, romper com esse modelo de classes que usam o evangelho para benefícios próprio, ficam pregando e criticando o bife de ouro no Qatar, mas aqui na sua realidade estão preocupados em manter a sua estrutura de poder, com mesa farta e com uma visão empresarial da comunidade, visando o lucro, segundo o modelo de Judas.

João ficou em duvida sobre a pessoa de Jesus, muitas das vezes temos as nossas crises de fé, nos questionamos sobre a presença de Deus diante do câncer de uma criança, diante da morte de alguém que amamos e até mesmo diante do mal e da injustiça que muitos nos fazem.  Os fatos apresentados por Jesus é algo que respondeu os anseios dos seguidores de João e voltando as leituras do Cristo que vem no natal, não podemos esquecer que ele veio pobre, que Ele assumiu o manto dos excluídos e aqui vale a pena citar Papa Francisco:  

“Só a humildade nos abre à experiência da verdade, da alegria genuína, do conhecimento que conta”. Sem humildade, estamos “desligados”, somos excluídos da compreensão de Deus, da compreensão de nós mesmos. É preciso ser humilde para nos compreendermos a nós mesmos, e mais ainda para compreender Deus. Aceitam a humildade de procurar, de se pôr a caminho, de perguntar, de arriscar, de cometer erros... Cada homem, no íntimo do seu coração, é chamado a procurar Deus: todos nós temos aquela inquietação e o nosso trabalho consiste em não apagar aquela inquietação, mas deixá-la crescer, pois é a inquietação de procurar Deus; e, com a sua própria graça, pode encontrá-lo. Façamos nossa a oração de Santo Anselmo (1033-1109): «Senhor, ensinai-me a procurar-vos”. Mostrai-vos, quando vos procuro. Não posso procurar-vos se não me ensinardes; nem encontrar-vos se não vos mostrardes. Que eu vos procure, desejando-vos e vos deseje procurando-vos! Que eu vos encontre, procurando-vos e vos ame, encontrando-vos! ”[1]

A segunda parte Jesus apresenta João como o maior dos profetas, sabemos que João era filho de um sacerdote do baixo clero e dentro da lógica era para o mesmo ser um sacerdote, mas ele rompe com essa estrutura sendo percussor do Messias, precisamos romper com as estruturas engessadas que nos limitam.  João mesmo tendo visto o Espírito Santo de descer no batismo de Jesus, faz a pergunta essencial se ele era o Messias diante das nossas praticas de fé devemos nos questionar e refletir sobre as nossas escolhas diárias se de fato estamos fazendo a obra de Jesus ou apenas reproduzindo os ritos.

 

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