sábado, 3 de setembro de 2022

Um olhar no texto de São Lucas 14,25-33 - 23º Domingo do Tempo Comum

 

Na semana passada em Lucas 14,1.7-14  Jesus apresenta u convite  para participar do banquete e diz que  naquela mesa não pode haver  preconceito  ou tão pouco a exclusão e pouco privilégios e a liturgia deste domingo apresenta as reais condições para  participar deste banquete.   Neste tempo de eleições  há candidatos que se declaram comprometidos com  projeto de Jesus, mas se colocarmos a prova o texto de hoje  veremos que de fato é um projeto de poder.   Seguir Jesus não é fazer de um clube social ou panelinhas  em nossas Igrejas. Seguir Jesus é tomar   consciência que  ser cristão  não é para os fracos e aqui Jesus apresenta algumas condições:

citação

  Fato  

Lucas 14,26

Renunciar a família

Lucas 14,26

Renunciar os interesses pessoais

Lucas 14,33

 Renunciar os bens 

Seguir Jesus não é escolher aquilo que é  cômodo  ou fácil  então para nossa  direção temos a seguinte liturgia para esse 23º domingo  do tempo comum da liturgia da Igreja Católica:  Sabedoria  9,13-19,  Salmo 89 (90)  Refrão: Senhor, tendes sido o nosso refúgio através das gerações;   Filemon  9b- 10.12-17 e o evangelho é Lucas 14,25-33 no qual estamos tecendo nossos comentários e reflexões como os domingos anteriores.

Não tem como não recordar Adriano Hipólito[1]  que afirmava que o céu começa aqui e aqui olhamos para Padre Julio Lancelot, Padre Renato Chiera, Dulce dos Pobres,  sem esquecer Desmond Tutu[2], Tereza de Calcutá, Pedro Casaldaliga[3],  Waldir Calheiros[4], Luther King  e outros milhares de cristãos que são testemunhas desse Reino que exige renuncia.

 

Aqui deixamos bem claro que citamos esse sem seus títulos eclesiásticos  pois  muitos que ocupam cargos eclesiásticos   tem muitos  do cargo e nada de Cristo, pra  eles manterem suas poses  de  discípulos fogem da máxima do evangelho e aqui recordo uma conversa com um velho Padre que dizia que muitos religiosos são  presos a sua posição social, com referencia ao poder que exercem perdendo assim  a noção do Cristo Servo, chagado, ferido, crucificado  e pior ainda fazem parte da multidão que grita crucifica-O.  Essa semana a CNBB lançou uma carta[5] falando da realidade que vivemos, dos famintos, da fabrica de fakenews e ainda mais da insegurança com  políticos usando o nome de Deus. Como da outra vez alguns Bispo[6] se abstiveram, se omitindo em nome do carreirismo eclesiásticos ou por outro motivo que não vamos citar para não criar problemas.

Quando lemos o evangelho àquilo que ele nos propõe é cruz e dificuldade por causa do testemunho e  Jesus faz um apelo  a coerência, ele não quer seguidores movidos pela emoção,  pela motivação de um  possível  prêmio,  por isso ele fala de um planejamento para construir,  para  o combate etc.   Ser discípulo  é esta mergulhado na realidade com todas as suas dores

O Cristo que muitos usam e  falam que representam não tem nada haver com a falta de caráter de muitos que  dizem falam representar,  Jesus não esta nos sapateados de uns outros nas Igrejas cheias, não esta na mesa farta de muitos que fazem da fé um negocio  lucrativo ou tão poucos em vestes caras que  muitos ostentam para se exibir ou dizer que são autoridades  ou são preferidos do Reino.  Renunciar a si mesmo, aqueles que amamos e os bens (posição de poder)  nos faz olhar para dentro de nós  mesmo e  sendo que somos povo batizado, Povo de Deus até  que pontos somos adeptos desse Reino e de Deus de Amor,  hoje se falar em defender o patrimônio ou  a ideologia  ou ainda seu modelo eclesial.

O texto desse  Evangelho nos revela?

Um Jesus radical, que precisa de seguidores comprometidos totalmente com  o  projeto do Reino de Deus, devemos o tempo todo olhar para o nosso redor e   ver se não estamos preso ao cotidiano de frequentadores de Igreja, de participantes dos diversos grupos ou se estamos inseridos no  mistério de construir o Reino aqui e agora e aqui vamos  entrar  lá no texto de João: 15, 4-6.14-15

Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto se não permanecerem em mim. “Eu sou a videira; vocês são os ramos”. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados.

Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado.

 

Sejamos seguidores de Jesus  no verdadeiro seguimento  aqui recordo Padre Zezinho scj que diz no  Cristo Inconstante que os braços da cruz são como as asas de avião que levará para o céu.





[1]  3º Bispo da Diocese de Nova Iguaçu

[2]  Arcebispo da Igreja Anglicana consagrado com o Prêmio Nobel da Paz em 1984 por sua luta contra o Apartheid em seu país natal. Desmond é o primeiro negro a ocupar o cargo de Arcebispo da Cidade do Cabo, tendo sido também o Primaz da Igreja Anglicana da África Austral entre 1986 e 1996

[3]  Prelado da Prelazia de São Felix

[4] Bispo de Volta Redonda

[6]  Seria ótimos se pudéssemos saber como cada Bispo votou.

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