Pelo batismo recebemos o três ministérios que não damos o devido valor, terminando o primeiro mês de 2022 um ano de eleição, somos chamados a refletir sobre a nossa vocação e fidelidade ao nosso ministério de profetas ( em outro momento iremos falar do nosso sacerdócio e realeza), continuamos a leitura do domingo passado, que nos traz para realidade onde Jesus foi criado, a sua pequena comunidade de vizinhos e amigos.
A vida é um caminho que devemos fazer de forma consciente. Muita das vezes poderemos ter que rever certas decisões, e com isso seremos até mesmo condenados pelas escolhas. Hoje, vivemos o tempo onde muitos querem ficar bem, querem fazer sucesso nas redes, onde a preocupação é com a Igreja lotada como uma casa de show ou mesmo um teatro. Quando escolhemos o caminhos da profecia, sabemos que o caminhos que deveremos prosseguir será marcado pelo risco do martírio. O profeta na definição que Jesus leu em Isaias 61,1-2; se deixar mover pelo Espirito do Senhor, o Espirito que conduz a Comunidade, que não tem acordos ou contratos com a injustiça. Por isso é um Espirito de Libertação, sabendo que o termo profeta aparece no contexto bíblico umas 255 vezes dependendo da tradução e a palavra profecia só 26 vezes. Alguns grupos religiosos confunde profecia com adivinhação(revelação) e não vamos entrar nesse mérito para não alongarmos a nossa reflexão e o Profeta sabe que a Palavra final, pertence ao Deus da Vida. Recordemos a liturgia do sábado (Marcos 4,35-41) quando na barca a Comunidade dos Apóstolos se desesperavam com a tempestade, ser profeta, ser batizado é encarar de frente as dificuldades acreditando que tudo que acontece é para o bem (Romanos 8,28).
Então, com essa introdução vamos recorda que a nossa liturgia do 4º domingo do Tempo Comum tem como 1ª leitura Jer 1,4-5.17-19; seguida pelo Salmo de Resposta Salmo 70 (71) que tem a seguinte resposta: A minha boca proclamará a vossa salvação. A 2ª Leitura continuamos a o texto do Domingo anterior: 1 Cor 12,31-13,13 e o Evangelho que iremos refletir é: Lc 4,21-30.
O texto traz para nossa realidade que ser profeta envolve desagradar e as vezes colocar a vida em risco, como todo ser humano que habita um espaço, uma localidade temos um passado (as vezes vivemos e até tivemos atitudes que nos envergonha até hoje). Aqueles que estava, naquela sinagoga com Jesus, o conhecera desde da infância e certamente, sem querem produzir heresias, O Menino Jesus como toda criança, viveu ali e foi uma criança plena com as artes própria de criança. Ele, na celebração daquela comunidade tomar pra si o texto de Isaias e provoca certa murmuração, citavam seu Pai José, sua origem humana.
Porem, Jesus demostrou o conhecimento bíblico citando o profeta Elias ( 1º Reis 17,8-24) e Profeta Elizeu (2º Reis 5, 1-19) e ousa desafiar aquele que estavam na acostumados com religiosidade do comodismo. Eles pedem milagres, desafiam Jesus para que Ele entre jogo da promoção do seus dons, carisma e por isso que a liturgia inicia com o Profeta Jeremias, narrando sua vocação, passa pelo Salmo que nos convida a proclamar a Salvação e a leitura do cântico ao Amor cantado por muitos e recitado nas celebrações de bodas. A motivação do Profeta é o Amor pelo Reino e por esse amor ele se submete ao julgamento e a condenação da comunidade.
O Deus da Vida, muitas das vezes passa longe das Igrejas com seus lideres que ostentam suas vestes que custam alguns milhares de reais, as igrejas que estão preocupadas em manter estrutura de poder, andam longe da proposta libertadora do evangelho, também certamente Deus não se faz presente nesse local. O Espirito de Deus não está nas missas shows, que resume a emoção e ao choro onde o compromisso da transformação da realidade é nulo. O profeta não tem medo de ser jogado do alto da montanha, ele esta convicto de sua vocação e missão, nem tão pouco fica buscando constituir plateia. Jesus ao citar os profetas Elias e Eliseu tenta demostrar claramente que a graça e o amor de Deus não esta engessado em um prédio ou estrutura de poder humano, contudo seus vizinhos o confronta no sentido do deboche e da necessidade de ridicularizar o seu discurso e pratica, todos sabemos que os discursos e praticas de Jesus estavam interligados em uma sintonia única.
Temos o verdadeiro envolvimento com missão de Jesus?
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