quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

A Vela: Símbolo, Tradição e Profecia

I - A luz.


A luz de uma vela sempre carregou mais significado do que a própria chama. Antes de ser objeto litúrgico, ela foi experiência humana: o primeiro gesto de afastar o medo e ampliar o horizonte nas noites antigas, ecoando aquele primeiro sopro criador em que a Escritura narra: “Faça-se a luz” (Gn 1,3). Resgatar esse símbolo é perceber que, antes de qualquer rito, a vela fala à memória mais antiga da humanidade, onde o medo encontra coragem, e a escuridão aprende a ceder espaço ao que acende o caminho.  Falar do uso das velas na liturgia não é apenas discutir rubricas, números ou normas; é entrar no território profundo onde antropologia, psicologia, sociologia, história e teologia se tocam. A vela nasce como resposta humana à escuridão e, quando a liturgia a integra, torna-se sacramento de sentido: aquilo que o ser humano sempre fez por necessidade, Deus assume como linguagem para se revelar. A história mostra que, muito antes de qualquer templo cristão, povos antigos usavam o fogo como símbolo de vida, proteção e transcendência. Na tradição bíblica, a luz aparece como primeira palavra criadora: “Faça-se a luz” (Gn1,3) como citanos acima. Esse gesto fundador marca toda a espiritualidade israelita. A coluna de fogo que guiou o povo no deserto (Ex: 13,21), a lâmpada do Templo que não podia se apagar (1Sm: 3,3), e o Salmo que canta: “O Senhor é minha luz e minha salvação” (Sl: 27,1) revelam que, desde cedo, o fogo é encontro entre o humano e o divino.

II - O Paradoxo da Sarça Ardente e o Círio Pascal

​É nesse horizonte que a Sarça Ardente (Ex\ 3,1-6) se torna um dos símbolos mais impressionantes da revelação: um fogo que queima sem consumir, uma chama que não destrói, mas convoca.

  • ​No plano antropológico, a sarça revela que o verdadeiro sagrado não devora a vida: ilumina.
  • ​No plano teológico, mostra um Deus que não chega como tempestade ou terremoto, mas como fogo que permanece, que aquece e chama pelo nome.

​A sarça é o contrário de todo fanatismo

religioso: é a presença que não aniquila, mas desperta missão. Moisés se aproxima lentamente porque percebe que aquele fogo é vivo, livre e não manipulável — exatamente como a fé deveria ser. A vela litúrgica herdará esse DNA simbólico: ela queima sem destruir, aquece sem ferir, ilumina sem possuir. É lembrança silenciosa de que Deus nunca se revela como violência, mas como chama que transfigura.

​A sarça ardente cria, assim, uma ponte simbólica direta com o Círio Pascal. Ambos revelam o mesmo paradoxo divino: fogo que ilumina sem ferir, presença que transforma sem consumir. O círio é, de certo modo, a sarça que atravessa os séculos, permanecendo acesa para cada geração que precisa reencontrar seu Êxodo. Se a sarça chama Moisés pelo nome, o círio chama cada batizado à vida nova; se a sarça revela um Deus que desce, o círio revela um Cristo que se levanta. A chama que não destrói é a mesma: chama que convoca. O círio não é “uma vela maior”, mas um sacramento de luz: representa o Cristo ressuscitado, unindo a memória da coluna de fogo do Êxodo ao túmulo vazio do Evangelho. A luz amanhecendo na Ressurreição é o jeito poético de a Escritura dizer que Deus rompeu a noite humana. O círio é essa referência: uma coluna luminosa que recorda que a morte não tem a última palavra.

​III. O Fogo na Perspectiva Inter-Religiosa

​Esse diálogo entre fogo e revelação não é exclusivo da Bíblia.

  • ​No Islã: A tradição reconhece no fogo um sinal limítrofe entre o humano e o angélico. O Alcorão narra que os anjos são feitos de luz, enquanto os jinn (gênios) são feitos de fogo sem fumaça (Qur’an 55:15). No Sufismo, o fogo simboliza o amor divino que purifica, cura e transforma — uma espécie de sarça interior. A chama da vela cristã encontra eco no lampadário muçulmano que brilha: luz como conhecimento, fogo como verdade percebida.
  • Nas Religiões de Matriz Africana: O fogo é princípio de vida, iniciação, ancestralidade e caminho. No Candomblé, está associado a Xangô, ao raio que ilumina e à justiça que purifica. O fogo do xirê (trazido pelas velas) representa o axé que flui e aquece a comunidade. Acender uma vela é convocar memória, força e proteção. Nos ritos da Umbanda, a vela é gesto que une céu, terra e espírito. É simbolismo profundo, antropológico.
  • ​Nos Povos Indígenas: O fogo é coração da aldeia. Em muitas culturas, a vida comunitária começa e termina em torno da fogueira, sinal de sabedoria e local de formação. Para os Guarani, o fogo do nhe’ẽ (a alma-palavra) lembra que cada pessoa carrega uma centelha sagrada, mantendo o teko porã (“bem viver”).

​Em todos esses contextos, o fogo é relação, não objeto; presença, não ferramenta; espírito, não adorno. A vela cristã ecoa intuitivamente esse mesmo gesto ancestral.

​IV. História e Simbologia da Multiplicidade de Velas

​No mundo antigo, velas e lâmpadas eram a única forma de iluminar. Elas entraram naturalmente na vida comunitária dos primeiros cristãos, reunidos nas casas, sobretudo à noite (At 20,7-8). O símbolo nasceu da prática. Com o tempo, o uso das velas ganhou densidade ritual, sinalizando Cristo como “Luz do mundo” (Jo 8,12).

​Contudo, ao contrário de afirmações clericalistas, o valor da vela não está em “enfeitar o altar” ou “marcar a autoridade do ministro”, mas em recordar que o Mistério se revela naquilo que é simples. A luz não pertence ao ministro, mas ao povo; não aponta para quem preside, mas para Aquele que fala e age.

​A multiplicidade de velas surgiu historicamente da necessidade prática e da criatividade teológica:

  • ​Uma Velasimboliza sobrevivência e presença. Ela fala de Cristo não por palavras, mas pela luz que insiste em permanecer mesmo quando tudo ao redor parece frágil. É muito utilizada nas Celebrações da Palavra e costuma aparecer em contextos simples e intimistas, como na Liturgia das Horas, em pequenos oratórios ou em momentos de oração pessoal e doméstica. Sua chama serena também pode acompanhar a proclamação do Evangelho em procissões mais discretas, onde a simplicidade se torna gesto de fé.
  • ​Duas Velas (séc. IV/V): Surgiram por necessidade prática: iluminar ministros e leitores em celebrações noturnas ou pouco iluminadas. Com o tempo, ganharam sentido simbólico. Representam o testemunho duplo do Evangelho (cf. Dt 19,15) e a luz de Cristo, “Luz do mundo” (Jo 8,12) e “lâmpada para os nossos passos” (Sl 119,105). Nas Missas feriais, duas velas indicam celebração simples, mas digna, conforme o costume romano antigo. Dialogam também com a tradição judaica, da luz do Templo (cf. Ex 25,31-40) à lâmpada que simboliza a presença divina (1Sm 3,3). Assim, mesmo na liturgia cotidiana, as duas velas afirmam a presença de Cristo na Palavra e no Sacramento.
  • ​Três Velas: (Catequese Visual da Trindade (Resumo), Em muitas regiões do Brasil, comunidades pequenas usam três velas para dar solenidade a celebrações simples. Esse gesto vem da espiritualidade popular e tem raízes bíblicas e históricas. A luz sempre simbolizou a presença de Deus — da coluna luminosa do Êxodo (Êx 13,21) ao “Deus é luz” de 1Jo 1,5. As três chamas expressam, de forma visual, a fé no Pai, Filho e Espírito Santo, retomando antigas tradições cristãs, como candelabros tríplices usados já na Idade Média  Assim, ao acender três velas, a comunidade proclama silenciosamente a Trindade, une Bíblia, tradição e devoção popular, e transforma um gesto simples numa pequena aula de teologia, capaz de dar beleza e sentido mesmo às celebrações mais humildes.
  • ​Quatro velas,  usadas no Advento expressam a preparação progressiva para o Natal. Embora a coroa atual seja do século XIX, o simbolismo da luz vem da espiritualidade medieval: acender velas no inverno como sinal de esperança. Cada vela representa um domingo e lembra que a Luz definitiva se aproxima (cf. Jo 1,5). O número quatro também evoca os quatro pontos cardeais, indicando que Cristo é luz para o mundo inteiro (cf. Jo 8,12).
  • ​Cinco Velas (símbolo não litúrgico):
  • O uso de cinco velas não faz parte da tradição oficial do altar romano e não aparece nas rubricas do Missale Romanum. Surge apenas em contextos de devoção popular, ligado à mística das Cinco Chagas de Cristo, inspirada por textos como João 20,27, Isaías 53,5 e Zacarias 12,10. Pode aparecer em altares votivos, ritos de consagração, ou em altares barrocos muito ornamentados, sempre sem prescrição litúrgica. É expressão simbólica da piedade popular — legítima, mas não normativa.
  • Seis velas (Idade Média Alta): O uso de seis velas na liturgia nasce como referência aos seis dias da criação (Gn 1–2,3), simbolizando a obra contínua de Deus e a luz que inaugura tudo: “Faça-se a luz” (Gn 1,3). Na Idade Média Alta, esse símbolo ganhou forma na Missa Solene dominical, onde seis velas passaram a expressar dignidade, alegria festiva e participação na nova criação realizada por Cristo, “luz do mundo” (Jo 8,12). Historicamente, o número seis representava o tempo humano em caminho para o “sétimo dia” — o descanso em Deus — de modo que sua presença no altar sublinhava a tensão entre o trabalho sagrado da liturgia e a plenitude do Ressuscitado. A patrística já via as velas como sinal de alegria e vigilância, e a tradição medieval organizou esse simbolismo. Por isso, até hoje, seis velas são usadas quando o sacerdote preside uma celebração particularmente solene, mantendo a forma clássica de expressar beleza, ordem e sacralidade.
  • ​Sete Velas (auge da simbologia medieval): usadas nas celebrações presididas pelo bispo são um símbolo antigo, desenvolvido sobretudo na Idade Média pelo Ceremonial dos Bispos. Representam a plenitude da luz de Cristo na Igreja e remetem às sete lâmpadas diante do trono de Deus no Apocalipse (Ap 4,5), interpretadas pela tradição cristã como a totalidade dos dons do Espírito Santo (cf. Is 11,2-3). O número sete, na Bíblia, indica perfeição e aliança (Gn 1–2; Js 6,15; 2Rs 5,14). Por isso, na liturgia, a presença do bispo — sucessor dos apóstolos — é acompanhada por sete velas para expressar a completude da Igreja reunida, iluminada por Cristo, “luz verdadeira” (Jo 1,9) Assim, as sete velas não são um ornamento, mas um sinal visível da plenitude divina, associando tradição bíblica, patrística e litúrgica à missão pastoral do bispo.
  • Doze velas; evocam o simbolismo bíblico do número doze — as doze tribos de Israel, os doze apóstolos e as doze portas da Jerusalém celeste (cf. Ap 21). Embora não previstas pelo rito romano para o altar, aparecem em tradições monásticas antigas e sobretudo no Rito de Dedicação de uma Igreja, quando o bispo acende doze velas sobre doze cruzes ungidas nas paredes, representando os apóstolos — fundamento da Igreja (cf. Ef 2,20). Essa prática, já documentada desde o século IV, expressa a ligação entre a comunidade local, o novo Israel de Cristo e a Cidade Santa que desce do céu.

​Em todos os momentos, a  de velas foi fruto da vida real das comunidades, não de uma revelação normativa.

​V. A Idolatria Estética e o Clericalismo

​O problema surge no século XX/XXI, quando se tenta fetichizar a quantidade de velas como sinal de “tradição”, “pureza litúrgica” ou “superioridade espiritual”. Essa obsessão estética é teologia de cenário, espiritualidade de vitrine, fé plastificada.

  • ​O clericalismo reduz a vela a sinal de poder ritual, hierarquizando a luz como se fosse medalha de prestígio. Ele tenta sequestrar a luz para si, quando Jesus já havia denunciado aqueles que “alargam filactérias” (Mt 23,5).
  • ​O retorno arqueologista (o desejo de ressuscitar formas antigas) cria uma liturgia de museu, não de comunidade. O Concílio Vaticano II foi cristalino: a liturgia é “ação do povo” (SC 7) e os sinais devem ser “claros, simples e adaptados” (SC 34). O ornamentalismo contraria essa pedagogia.
  • ​Idolatria Estética: Usar velas para marcar poder (mais velas = maior autoridade) é cair no ridículo teológico. Seis velas não fazem o Evangelho mais verdadeiro. Sete velas não tornam o coração mais convertido. Uma vela — acesa com amor — vale mais que um altar decorado para fotos.

​A idolatria da luz é paradoxal porque nega o próprio movimento que a luz realiza: ela existe para revelar, para abrir caminhos, para descentrar; jamais para criar sombras que protegem privilégios. É possível ter sete velas e não ter luz nenhuma; é possível ter uma vela e iluminar o mundo inteiro. A vela não pertence ao sacerdote, nem ao altar — pertence ao caminho. Seu sentido está no serviço, nunca no prestígio.

​VI. O Efeito Existencial e Político da Chama Simples

​As comunidades pobres guardaram o simbolismo com mais fidelidade, pois a vela era a única fonte real de luz. A mística popular compreendeu que a luz da vela é oração silenciosa, luto, esperança e protesto contra a escuridão social.

  • ​Psicologia e Existência: A chama desperta sensação de presença, acolhimento e transcendência. É um símbolo primário que conecta memória e futuro, medo e coragem. O fogo é arquétipo do Self — centro luminoso que integra.
  • Sociologia e Fraternidade: A luz compartilhada desmascara o individualismo. A chama acesa sempre pede outra. A vela testemunha a lógica da Fratelli Tutti: a vida é encontro e comunhão.
  • ​Teologia da Fragilidade: A vela lembra que toda verdade é humilde. A luz não grita, não invade, não se impõe, ela simplesmente brilha. Em um mundo de discursos religiosos agressivos, a vela acesa é um escândalo. Ela lembra que Deus não se revela no poder, mas no brilho frágil que nenhum vento apaga. A luz verdadeira não é espetáculo, é revelação.

​A luz de uma vela é sempre subversiva. Ela não ilumina apenas um altar: ilumina consciências. Ela recorda que o Cristo ressuscitado não apareceu em templos luxuosos, mas no amanhecer de um jardim. A luz não serve ao poder; serve ao humano.

​VII. A Resistência Silenciosa do Evangelho

A vela, portanto, é muito mais do que um objeto litúrgico: é síntese de história, antropologia, psicologia, sociologia, teologia e profecia. Ela anuncia que a fé não elimina a noite, mas a atravessa; não promete prosperidade, mas presença; não alimenta triunfalismos, mas esperança. A luz não vence a noite impondo-se, mas permanecendo. Uma única chama sustentada por mãos pobres está mais próxima do Deus bíblico do que qualquer candelabro dourado empunhado para justificar poder. A vela acesa é sempre um protesto contra as trevas — exteriores e interiores; políticas e espirituais. É a resistência silenciosa do Evangelho. E enquanto houver mesmo uma só chama tremeluzindo na mão do povo, nenhum poder — religioso, político ou ideológico — terá a última palavra. Porque a luz permanece. E as trevas, por mais que gritem, não a vencerão.

Mas essa luz, que a vela simboliza e que rasga a noite com delicadeza, não é apenas um sinal externo: é uma realidade que habita o próprio ser humano. A Escritura insiste que a verdadeira luz é Cristo — “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8,12) — mas também declara que nós somos luz: “Vós sois a luz do mundo. Não se acende uma lâmpada para colocá-la debaixo do alqueire” (Mt 5,14-15). A vela, então, não é só objeto litúrgico: é memória sacramental de quem somos chamados a ser. A chama fora desperta a chama dentro.

A  tradição patrística ecoa essa verdade. Santo Agostinho descreve Cristo como a “Luz interior que ilumina todo ser que vem a este mundo”, enquanto São Gregório de Nissa insiste que a vida espiritual é uma “caminhada na luz que jamais se impõe, mas se oferece”. Assim, a vela que queima discretamente no altar recorda aquilo que o próprio Concílio Vaticano II proclamou com força profética: a dignidade luminosa de toda pessoa humana, criada à imagem de Deus (Gaudium et Spes, 12), e chamada a irradiar esta luz com obras de justiça e misericórdia (GS 93).

A CNBB nos Documentos sobre missão, opção preferencial pelos pobres e cidadania, especialmente Missão e Ministério dos Cristãos Leigos e Leigas (Doc. 105) e Comunidade de Comunidades (Doc. 100), em sintonia com essa visão, afirma que a missão da Igreja só é autêntica quando se faz “luz para os povos” através da defesa da vida, da justiça social e do cuidado dos pobres — não por discursos triunfalistas, mas por gestos concretos de amor¹. Uma vela nas mãos de uma mulher da periferia, de um jovem negro, de um trabalhador exausto, de um idoso invisibilizado, vale mais teologicamente do que qualquer palco com holofotes religiosos travestidos de fé. É o que recorda Evangelii Gaudium: a luz do Cristo resplandece sobretudo no povo que sofre e resiste, e a Igreja não pode confundir brilho com claridade nem espetáculo com verdade (EG 93-97).

Por isso a vela acesa na celebração — seja nos ritos singelos da comunidade mais pobre, seja nas grandes liturgias — é sempre um gesto de resistência. Uma profecia silenciosa, porém teimosamente viva, que denuncia toda tentativa de transformar o Evangelho em instrumento de poder, barganha, espetáculo ou dominação. Ela diz, sem palavras, que a luz não pertence aos poderosos; ela nasce do Deus que “faz nascer o sol sobre bons e maus” (Mt 5,45) e que confia essa luz às mãos frágeis dos seus discípulos.  A vela lembra que, na lógica do Reino, o poder não está na intensidade da claridade, mas na fidelidade da chama. Por isso a teologia da prosperidade e do domínio — com seus holofotes, seus palcos, suas promessas de brilho — nunca compreenderá o escândalo da luz evangélica, que permanece humilde, pobre, silenciosa e revolucionária. A luz da vela não vende nada; revela. Não promete riqueza; desinstala consciências. Não conquista multidões; converte corações.

A luz que dança no pavio afirma o que o Prólogo de João proclamou: “A luz brilha nas trevas, e as trevas não a venceram” (Jo 1,5). Não vencerão. Não podem. Porque essa luz não é apenas cera, pavio ou liturgia — é Cristo vivo. É o povo que resiste. É a dignidade humana acesa. É a esperança que insiste.

E enquanto houver mesmo uma só chama tremeluzindo na mão do povo, nenhum poder — religioso, político ou ideológico — terá a última palavra. Porque a luz permanece.

E as trevas, por mais que gritem, não a vencerão.

DNonato – Teólogo do Cotidiano

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