Iniciamos o novo ano e no
Brasil um novo governo que para muitos representa a esperança e para outros um
problema. Diante de um grupo que transvertido de patriota invade os espaços
sagrados de uma republica para destruir. Fica dificil acredita em um país que esta
procurando se encontrar, pois chegamos ao ponto de em nome da pátria destruir
os símbolos sagrados da democracia. Diante da prisão dos invadores com celulares caros em
suas mãos postam o tempo todo, falando da comida, da acolhida e todo resto. Estranho a reclamação depois de 70 dias acampados na frente de uma unidade militar, pedindo a intervenção federal. Longe de ter pena desses cidadãos, que podemos considerar como maus perdedores. Essas pessoas dormiram, faltaram a aula de historia, esquecendo que a democracia é
feita com voto na urna. No EUA o ex-presidente diz que perdeu a eleição, pois o
voto é no papel e no Brasil o outro diz que a urna eletrônica não confiável por
ele não vencer, mas a mesma urna elegeu os governadores de São Paulo e do Rio
de Janeiro e grupo grande de parlamentares no Brasil inteiro que teve o apoio
do mesmo que denuncia a falsa fraude. Só nesse
ponto, se percebe um argumento falho e raso. Deixemos esse assunto para outro
momento e vamos para liturgia desse 2º domingo do tempo comum que é a seguinte:
Isaias 49,3. 5-6; Salmo 39(40) com a resposta: Eu venho, Senhor, para fazer a
vossa vontade; 1 Coríntios 1,1-3 e o evangelho
é João 1,29-34. Seria valido antes de mais nada entendermos os movimentos no tempo de Jesus para melhor meditar o evangelho de Jesus.
Vivemos um tempo vocacional
e devemos nos interroga até que ponto estamos indicando o Cristo como sinal da
unidade em nossas comunidades, o texto desse domingo faz parte da introdução do
evangelho de João e aqui temos apresentação do Cordeiro de Deus. O Agnus Dei e temos uma referencia ao sacrifício de Abraão[1]
e também na libertação do povo de Deus no livro do êxodo[2]. Na religião judaica o sacrifício de um cordeiro era usual na sua liturgia e
João Batista ao apontar Jesus traz a luz esses dos momentos, um do sacrifício
do filho de Abraão, pois Deus Pai vai permitir o sacrifício cruento do seu filho único para
gerar o segundo momento, a nossa plena libertação da morte.
Mas para plena libertação se
faz necessário uma adesão consciente ao projeto do cordeiro que exige da nossa
parte uma entrega plena e seguir Jesus, não é abraçar uma ideologia, uma luta política,
uma moda ou tão pouco fazer parte de um grupo seleto que tem benefícios ou honra.
Conversávamos ontem com uma jovem que participa de grupo religioso de matriz
africana e podemos ver que temos mais em comum em nossas lutas e dores na
pratica da fé, pois precisamos fazer que a nossa pratica religiosa ultrapasse a
barreira dos nossos espaços de culto. Sendo evangélico protestante,
católico ou praticante de outra vertente religiosa devemos preza pelo bem, pela
defesa da vida, sem fanatismos ou tão pouco com discurso de escolhido por uma
força sagrada nos achando acima dos demais. Jesus viveu dentro da realidade, Ele não se
trancou em um mundo paralelo e se fez um homem que habitou o mundo, fez a historia sem armas ou discurso de ódio e ao contrario dos outros pseudo messias
nunca defendeu a luta armada, sua proposta era objetiva e direta, sem meia
volta ou adaptações para ganhar seguidores.
Durante a semana que passou Ele quebra barreiras, curando a sogra de Pedro, tocando em um leproso, curando um homem que estava paralitico e acolheu Mateus no grupo dos 12 mostrando para todos o seu compromisso para com vida plena.
Sabemos que o pecado em todas as suas formas exclui, paralisa e cria
conflitos e no Brasil onde ainda temos 33 milhões de famintos, devemos nos revolttar com uma pessoa
reclamando de receber como alimento macarrão com salsicha, dizendo que não é comida pra gente, isso devia nos causar revoltar. Diante da nossa realidade aqueles que estão reclamando se dizem discípulos do Mestre de
Jesus, sabemos bem que a missão dos seguidores do Mestre não é tomar de assalto
prédios públicos com discurso de ódio e Jesus diante da prisão mesmo inocente se comporta como um Cordeiro silenciando e seguiu o fluxo se entregando por amor.
Longe de qualquer pessoa se igualar a Jesus, mas Ele o modelo ideal seguido por milhões de santos e santas na historia da humanidade. João faz sua apresentação oficial aos seus discípulos, orientando que O siga,
nós também devemos apresentar Jesus a todos que estão próximos na nossa
realidade, apresenta-Lo da maneira correta.
Ele Jesus não tem obrigação de nos conceder um carro, casa, um namoro ideal e todo resto, aquilo que Pe Zezinho diz que se fizermos a opção de seguir
Jesus todo resto não será fácil, mas teremos menos sacrifícios. João Batista
ainda fala que não conhecia Jesus e aqui nos cabe duas perguntas simples:
·
De
fato em nossa pratica religiosa conhecemos Jesus?
·
Qual
Jesus que estamos apresentando para nossas comunidades, família, amigos etc.?
João não tira do ar à
revelação que Jesus é o Cordeiro de Deus, Ele apresenta todo o enredo do
batismo, a revelação do Espírito Santo e por fim a condição Divina de
Jesus dentro da realidade humana. Muitas das vezes somos parte de uma
comunidade e por pura empolgação pulamos etapas e não percebemos o quanto é
sagrado a existência humana. Não permitimos a manifestação da voz de Deus e no
segundo momento travamos o seu Espírito, ora por ter todos os ministérios ou
se somos lideranças religiosas estamos preocupado em obter dinheiro para
manter esse ou aquele compromisso. Alguns se transveste de escolhidos se
revestindo com todo tipo de veste, enchendo o altar de velas, preocupado em obter
seguidores fazendo de tudo até mesmo sapatear no altar[3].
Somos chamados a superar
tudo Isso, vivendo toda realidade encarnada no projeto de salvação, dos quatro evangelhos
canônicos o texto de João é aquele que apresenta de forma plena a missão de
Jesus, fazendo uma alusão direta desde primeiro versículo até o fim a realidade
divina e humana de Jesus, fazendo sempre uma uma apresentação de Jesus: O Verbo
de Deus, o Cordeiro de Deus, Videira Verdadeira, a Porta e Bom Pastor. Em resumos
se não nos identificarmos com o Cordeiro, talvez uma dessas figuras possa nos
tocar durante esse tempo novo que iniciamos.
Que Deus nos ajude a seguir o Cordeiro
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