Ao iniciar esse domingo que celebramos o dia mundial do pobre logo após o domingo que lemos as bem- aventuranças, ainda com nosso coração enlutado pela Páscoa de uma sobrinha, dos nossos irmãos Presbíteros Bruno e André, se esquecer de três artistas brasileiros Gal Costa, Rolando Boldrin e o Roberto Guilherme (o Sgt Pincel), ontem a noite da Andreia Francisca que participou do GRUJJA na Paroquia de Nossa Senhora da Conceição de Japeri, sem deixar de fora o relatório dos militares que disse que não houve fraude nas eleições, mas podia ter acontecido. Pior que, muitos preferem acreditar na teoria de um argentino, que nas nossas forças armadas brasileiras, pois o relatório da mesma não endossa o delírio de uma fraude, para conduzir a eleição para um possível terceiro turno. Sem mencionar que talvez precisemos de um documentário que explique como esse povo que agora acampa na frente de QG militares conseguem alimentos, barracas, carros de som etc. Nada explica como se mantém, certamente existem financiadores, pessoas com condições financeiras que estão por atrás da estrutura e sabemos que todo seu interesse vai além do patriotismo desinteressado.
Esse povo que esta acampando
nas ruas faltou às aulas de história e não percebem que não há ou houve
interesse da parte de uma elite nacional ou do EUA pelo golpe (Intervenção)
militar, ao contrario de 1964. O momento histórico da eleição onde um grupo
tenta negar, que houve uma derrota através do voto direto é algo surreal para
explicarmos para as próximas gerações. Sem mencionar esse inimigo imaginário
que muitos chamam de comunismo, que é algo que assusta qualquer pessoa que não
estuda direito a historia do século XX, de fato vivemos na encruzilhada
histórica onde temos a devoção, quase uma religião que segue um homem que comete
toda corrupção, com um falso messianismo vazio, onde tudo lhe é permitido
inclusive mentir, desviar verbas com orçamento secreto e com todas as compras
superfaturadas durante seus quatro anos de governo e sem mencionar a negação da
pandemia.
Faz-se necessário manter o
alerta ligado em relação aos seguidores dessa corrente no pais que se alimenta de fakes das redes sociais e principalmente nos grupos de Whatsapp ou telegram
onde a checagem se torna complexa. Atacam com postagem os Padres como Julio
Lancelotti, Papa Francisco e criam factoide com cortes de vídeos etc. provocando o terror e gerando uma insegurança.
Dito isso, vamos meditar a
liturgia de hoje dia mundial dos pobres vale a pena ler a mensagem do papa para
essa data[1] e talvez precisemos olhar
os pobres o ano inteiro não somente nesse dia. A data de hoje não é somente para um grupo e oferecer um
café da manhã ou mesmo um almoço para os pobres que circulam em nossas paroquias. O papa quando decretou essa data foi para os
alerta sobre a realidade que estamos vivendo onde estamos normalizando as filas
dos ossos. citamos a meritocracia que estamos vivendo e aqui vale pena
reler um texto lá e 2013 quando “falamos
de pobreza” e diante disso tudo a Igreja traz para nós as
seguintes leituras: Malaquias 4,1-2; Salmo 97 (98) O Senhor virá governar com
justiça; II Tessalonicenses 3,7-12 e o evangelho de São Lucas 21,5-19 que
vamos concentrar nossa reflexão.
Para entender o texto de
hoje precisamos ter em nossa mente que quando o evangelho de Lucas foi escrito
foi dentro da realidade de um pós-guerra, onde o templo tinha sido destruído e o povo estava assim sem esperança e os cristão estavam aguardando o retorno eminente
de Jesus (parousia), os cristãos eram
perseguidos pelos Judeus e pelos Romanos e o texto apresenta até mesmo o racha
familiar, essa era a realidade do autor que não era judeu que escreveu o
texto do evangelho. A temática de um fim
eminente sempre dá boas bilheterias e muito publico. Muitos fazem a leitura da
bíblia de forma fundamentalista, tentando encaixar fatos da atualidade, todos em
algum momento da vida fala de um fim do mundo e tentamos às vezes de forma
forçada aplicar o texto aquele fato. Foi
assim com a I Guerra e II Guerra Mundial, com os conflitos na palestina, com
atualmente com a Guerra da Rússia e a pandemia sempre queremos adaptar essa ou
aquela passagem bíblica ao fato ocorrido.
Muitos padres e pastores fazem da bíblia um livro de revelação de
futuro, deturpando a esperança, gerando no povo um terror pois, só
fala do fim, ou seja, estamos lascados e fim é inevitável. Muitos cristãos
mergulham de cabeça nessas teorias terroristas e apelam para magos, adivinhos,
cartomantes e todo tipo de leituras futurísticas para se preparar para essa tal
fim. Muitas das coisas a que acontecem são consequências das nossas escolhas, e queremos atribuir à ação de um Deus
vingativo e radical. Nesse período eleitoral pastores durante a semana que
antecedia a eleição fizeram cultos, decretando a vitória do candidato x e na hora da decisão o povo escolheu outro,
se de fato quiseram fazer de Deus uma marionete, que atendesse seus caprichos
por serem pastores, ministros religiosos etc.
Jesus chegando a Jerusalém
demonstra claramente, que aquilo tudo irar ter um fim, pois tudo que homem faz
tem um fim, sobretudo dentro de um sistema injusto, onde a religião estava
serviço da injustiça, da divisão do povo e aqui vale a pena olha para nossas
comunidades e nossos padres, bispos, pastores que se fazem tão ou mais sagrados
que o próprio Deus e estão mais preocupados com a estrutura de poder que de
fato com pregação e o serviço do evangelho, esquecem que a nossa referencia é a
pessoa de Jesus de Nazaré, como cita o prof. Francisco Orofino matam o próprio
batismo em consequência disso matam ou conduzem a morte o batismo de centenas
de cristãos que estão e nossas comunidades.
Jesus nos alerta para que não sejamos enganados por esses cristãos que exercem a liderança e estão a serviço do mal e aqui ele nos pede para mantermos firmes, não podemos temer as consequências das nossas escolhas e devemos manter a fé no Deus que caminha conosco, que experimentou plenamente a nossa natureza para assim nos apresentar um projeto viável. Não podemos confiar a nossa salvação naquilo que somos, que temos ou que doamos para nossas igrejas, mas na graça e misericórdia de um Deus que se entrega e se doa livremente para nos abrir a porta do céu. Deus habita no eterno e nós no tempo cronológico, muitos vivem com medo de uma destruição do planeta e agora no Egito líderes mundiais discutem sobre o nascimento do ser humano oito bilhão e se fala que não temos recursos para que mundo sobreviva a superpopulação e os ativistas da ecologia radical protestam de um lado e os loucos que só tem a visão do ganho, exploram e destrói o mundo sem pensar no depois e quando Papa fala de cuidar da casa comum na Laudato Si é no sentido que toda escolha tem uma consequência. Por isso viver esse evangelho envolve o sentido de vigilância e de maturidade de fé, sabendo que Deus nos ama e nos quer bem o evangelho termina nos pedindo que confiemos profundamente a nossa defesa. na ação de Deus.
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