domingo, 22 de maio de 2022

Um olhar no texto de São João 14,23-29 ; 6º Domingo da Páscoa

Hoje é o sexto domingo  da Páscoa 22 de maio, celebramos também Sta. Rita de Cássia Padroeira das causas impossíveis e aqui na Diocese de Nova Iguaçu temos duas Paróquias dedicadas a Santa Rita.  Ela foi uma  jovem que queria ser freira,  mas devido as opções e  as decisões da família,  foi obrigada a contrair núpcias e infelizmente devido à uma guerra familiar ela  perdeu os filhos e o marido para violência. Na luto e nesta dor se tornou  um  exemplo de Mulher esposa, mãe intercessora dos seus filhos e irmã consagrada. Ela após a perda da família se apresenta ao convento, mas é recusada devido ao contexto.  Ela dorme do lado de fora do convento e acorda lá dentro, sendo  um dos milagres de Santa Rita e tem outros milagres da  grande intercessora que foi  marcada pelos estigmas da Cruz.

 Ontem o Conselho Nacional do Laicato do Estado do Rio de Janeiro realizou o  Colegiado deliberativo onde foi criada a comissão de Meio Ambiente, sendo um alerta para  cuidarmos da casa comum que é uma obrigação e  vocação da humanidade, ainda  foi  refletido a mensagem ao povo de Deus da CNBB, 

A liturgia de hoje da igreja é a seguinte: Atos dos Apóstolo 15,1-2.22-29;  Apocalipse; 2110-14.22; Salmo 66 (67)  e o Evangelho João 14,23-29 lembrando a todos que é o tempo da páscoa,  é tempo de celebrar a ressurreição do Senhor.  Estamos no último domingo da páscoa. semana que vem já estamos celebrando a ascensão do Senhor e o Papa Francisco lança a mensagem com o tema:  "Escutar com o ouvido do coração" 

O evangelho de hoje São João 14,23-29   que fala sobre o momento da despedida que é o Testamento do Senhor,  sendo  um dos quadros  no contexto da Última Ceia, a ceia  da despedida.  o lava-pés  e onde Judas sai para vender Jesus. Toda a intervenção de Jesus no projeto da humanidade,  se dá a partir da concessão do amor e da entrega,  não é  uma coisa forçada. A entrega se  dá na pespectiva escatológica  segundo o evangelho de hoje  e nos leva a refletir,  até que ponto nós estamos seguindo o verdadeiro caminho.  Jesus é  O caminho que nos  leva ao Pai.  Ele fala sobre a questão do povo preocupado no contexto da sua escolhas e a vivência do seu dia-a-dia nos conflitos.  Jesus  fala para  comunidade que  passa pela o conflito e  o evangelho de João foi escrito nesse contexto.  Aonde a comunidade Apostólica já estava em uma caminhada,  a palavra que ele traz para nós é a palavra que  nos enviará o paráclito,  o advogado e  aqui Jesus começa a fazer o seu Testamento despedida. O maior bem é a paz que ele apresenta neste contexto:  "Deixo-vos a paz dou-vos a minha paz" é  uma paz que  não mudou ou seja não é  uma paz forçada,  uma paz obrigatória,  a paz romana,  a paz das  armas e uma Paz no íntimo, uma paz inquieta. Uma Paz que nasce da prática concreta do amor.  Uma paz que  recebemos, que  não  nos obriga a   sermos frequentadores de missa ou culto, moralista, hipócrita de frequentadores de um clube fechado. O texto  acontece antes da cruz, mas a igreja o colocou no ultimo domingo de páscoa para nos preparar  o próximo domingo   que é o da ascensão do senhor

Precisamos aprender o Shalom de Deus,  não é a paz do cemitério. O Shalom  é uma saudação habitual no momento de partida.  Eles não sabiam que ia acontecer com Jesus no sentido da crucificação,  eles não tinham noção da perspectiva das dores do Cristo Jesus que   nos convida a sermos   seus seguidores e  para  ficarmos  juntos no amor agarrado a sua presença.  Mas de forma plena no sentido pleno da Fidelidade ao evangelho, ao  e um projeto do Pai, que é o  amor e respeito à Vida.  Na semana passada ele  se preparava para encarar a cruz  e nos dá um mandamento novo.   Neste contexto que devemos ver esse texto naquilo que estamos vivendo como é difícil viver esse contexto da Comunidade, precisamos ouvir os apelos Deus,  não o Deus que esta acima de tudo, mas no meio do povo. 

Na realidade o evangelho nos traz um discurso bem Profético,  falando da vinda do Espírito Santo e o evangelista João traz para nós uma força que nos ajuda a compreender a ação do Deus Trino,  ele fala nesse texto do Filho,  que se revela e revela o Pai e com isso  anuncia o Espírito Santo que virar e falará em nós por nós.  A presença do Espírito Santo que será enviado,  confirmando  nossa  vocação de seguidores de  Jesus nos tempos atuais e precisamos ter  essa plena consciência da força do Espírito Santo que vem sobre a comunidade. Normalmente quando falamos de Deus imaginamos um ser bem distante,   longe um ser que não se contamina,  que não se envolve com nossas dores e sofrimentos,  com os nossos sentimentos e mágoas. Porém Ele é um  Deus que esta profundamente em  comunhão com todas as nossas dores, um  Deus profundamente comunhão com todos aqueles que estão passando pelas crises existenciais e  as crises depressivas que muitos tem,  em comunhão com  os desempregados,  os enfermos os que sentem dores e aqueles que passam por todo tipo de conflito.

 Jesus quando traz esse evangelho de hoje Ele traz para nós uma mensagem de paz,  vem trazendo a paz , é uma paz que nós devemos cultivar,  uma paz que nós devemos viver normalmente.  Há pregadores que coloca Deus longe,  aquilo que nós falamos ontem em nossa liturgia,  quando nós apontamos  que Deus se envolve na dor,  Ele está presente naqueles que estão embaixo dos viadutos nesse tempo de frio,  está com aqueles que estão nesse momento agonizando pela falta de atendimento médico em nossas clínicas e hospitais pronto-socorro.  A grandeza de Deus está no meio de nós,  quando ele faz em  nós uma  da morada para com o seguimento habitamos a morada do eterno que Jesus anuncia.  Esse texto é o Testamento  dado por Jesus deixando bem claro para nós, para  não ficarmos preocupados com essa realidade  falha, o texto apresenta uma  comunhão no  contexto de Mateus,  quando Jesus fala  para  olhar para os lírios dos campos. Ele vai para o Pai mas  vai mandar o Espírito Santo,  a palavra que nós devemos ouvir hoje é que o Pai enviou Jesus e o Pai em comunhão com o filho também envia o consolador, também envia a força do alto, Talvez o que nós não entendamos e talvez que nós não buscamos   é a paz que vem de Deus. Geralmente buscamos a paz no conforto financeiro, nos bens matérias e    aonde temos amigos  nas  mesa de bares ou Igrejas cheias,  nas  comunidades lotadas nos prédios enormes.   E desafio de  se entregar ao amor de Jesus é mais que  amar Jesus da boca pra fora,  não é  somente cultuar o Cristo glorioso,  aquele Cristo que brilha solenemente na ressurreição,  mas também o Cristo crucificado na figura dos enfermos,  na figura dos dependentes químicos,  na figura daquele  e daquelas que às vezes nos fazem mal, como é difícil amar aqueles que às vezes nos afrontam como é difícil amar aqueles que às vezes planejam contra a gente esse é o exercício maior do cristianismo. 

No Encontro d o Laicato ontem refletimos  no e sentido a cuidar da terra cuidar do planeta,  cuidar da casa comum,  essa consciência ecológica é uma consciência que tem que ser feita a partir do amor,  ser discípulo do Senhor não é apenas um rito social.  O cristão  precisa no Espírito Santo ,  Espírito advogado,  Auxiliador Consolador,  que vem acalmar e nos dar a paz para acalmar nossos ânimos.  Somos chamados a seguir o Cristo Libertador  que ressuscitou  e sem deixar de lado o Cristo crucificado. A  Comunidade  não pode  torna o Cristo uma caricatura e quando Jesus  traz o Shalom de Deus Pai, uma paz que nos inquieta e nos levar a oferecer para os outros.

Jesus deixa esse Testamento como nossa   herança do Pai,  essa herança do Filho e  envia o Espírito, o  advogado,  o defensor. Nesse Espirito que Jesus confirma toda a verdade do Reino de Deus,   como discípulos temos que viver de forma alegre  o nosso  discipulado,  apesar da tragédia cotidiana de um país mergulhado na insegurança,  é isso  que o Papa fala no documento  Alegria do Evangelho,  o cristão não pode viver na eterna sexta-feira santa,  a Igreja que permaneça nela já esta  morta,  presa na cruz. Somos chamados e  devemos viver também uma Igreja ressuscitada,  mas sem esquecer dos crucificados, daqueles que passam por todo tipo de cruz em nossa sociedade.  Não somente  falar que Jesus é o caminho, mas somos chamados a viver nesse caminho e    não podemos ter  uma fé do discurso vazio, somos chamados a passar do  discursos para prática e a nossa prática  deve envolver e  ser   uma entrega por amor e do amor,  vivendo as nossas limitações humanas,  vivendo a nossas dores e  fazendo dos nossos sacrifícios uma mola que apresenta e revela  essa paz, o Shalom de Deus.  Nada de discurso de coitadinho, somos chamados  a contemplar o Cristo com Cristo,  que nos faz compreender que não estamos sozinhos.  Somos chamados  combater o orgulho que impede o novo homem,  a nova mulher, ou seja  o novo ser humano que  nasce,  o orgulho que  fere a comunhão de toda comunidade de fé,  uma comunhão aonde somos todos chamados conforme o Apocalipse de são João lido  hoje,    que  nos  traz  uma reflexão sobre a nova Jerusalem.  Deus nosso Pai nos faz uma proposta de vida,  a pedagogia de Deus  envolve a ideia de construímos  junto a paz.  Somos todos os construltores da Paz,  não da paz  do cemitério,  a paz que está nos sepulcros dos mortos,  mas sim uma paz que brilha como o Sol da Justiça de forma discreta de forma ampla,  respeitando as nossas limitações as nossas Liberdades.  Jesus  nos fala do paráclito famoso,  que alguns gostam de cultuar,  no culto emocional fazendo da fé uma válvula para   apenas libera lágrimas,  sem  envolvimento no cotidiano e mudança de atitude e confundem as vezes a oração com emoção.  A oração é um método aonde  traçamos um caminho para  percorremos em  nosso dia-a-dia.  A oração tem que ser tudo aquilo que nos conecta com Deus,  tudo aquilo que nos envolve. 

O Deus de amor sempre  esta atento a nossa  oração. A pratica da não pode se resumir apenas para cuidar da nossa  parte espiritual,  ao longo dessa semana que estamos e  hoje vivendo o sexto domingo de Páscoa,  lemos   os capítulo 13 a 15 de João,   nesse sentido de se preparar bem,  o discurso de despedida,  a despedida de Jesus não pode ser um despedida que nos paralisa que nos  prende as   escolhas  e  caminhar com Jesus envolve uma renúncia profunda autêntica,  sincera.  Jesus nunca agiu  sozinho e nunca esteve só,  ele sempre contou  com um grupo de amigos,  para estar com ele. Até quando vai para   o Monte das Oliveiras, ele convida Pedro o Tiago e João para estar com ele.  Eles dormem até que ponto nós estamos dormindo diante dos cristãos que sofrem,  nos momentos de das  grandes  dificuldade até que ponto,  não estamos dormindo nas dores,  nas lutas,  nos sofrimento daqueles que nos ama e nós devemos olhar bem claramente se somos comprometidos com a vida,  com o Shalom de Deus ou somos apenas frequentadores de igreja. Como diz um pensamento ir em uma oficina mecânica não nos  faz mecânicos e ir na Igreja somente não nos faz Cristão.  o que me torna Cristão é a nossa vivência é a nossa prática no cotidiano do  dia-a-dia, imitando  Jesus. Pois ele diz:  "Quem me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará". Será que de fato  estamos amando Jesus? Nos tornamos  apenas frequentadores de igreja,   funcionários  de liturgias,  como show, uma peça de teatro, enfiamos ritos e e coisas que vai fazer da liturgia um pouco mais dinâmica,  esquecemos a fidelidade a liturgia na vida como diz o Padre Fábio de Melo,  o culto  tem que ser celebrado em dois Altares o altar da Eucaristia aonde o Cristo se entrega e no altar da vida,  aonde nós devemos nos  entregarmos e somos chamados a levar a Paz Shalom. 

 Jesus mostra a  condição para que o Pai possa nos amar,  é  a sua palavra.  Nós às vezes queremos dizer que amamos a Deus e falamos tanto de Deus   definimos   que Deus esta acima de tudo,  como  alguém disse algum tempo atrás.  Esse Deus acima de tudo que alguém invoca,  esse Deus das Armas,  é o deus da violência, deus  do moralismo  hipócrita,  não é o Deus do Shalom de  Jesus de Nazaré,  não é o Deus Jesus que nos convida a  uma entrega na cruz para construir um mundo melhor pela todos.  Adulteram a palavra e modelo de  Jesus,  fazendo dele uma  fantasia,   um rei potente,  um Jesus limitado de acordo com a nossa  imaginação e por isso a fidelidade à oração pra evitar esses equívocos. Pregam   um Jesus que escolhe alguns para serem mais Santos  ou melhores que os outros,  um Jesus que discrimina,  um Jesus preconceituoso,  um Jesus que não esta no evangelho,  que não  viveu há dois mil anos atrás.  Nós queremos amar um Deus mas não que esta no texto de hoje,  queremos um  Deus de acordo com o nosso interesse,  um  Jesus qur nos pedee e nos  convida para   reconhecee o  amor do Pai por nós que nos precede sempre na medida certa  e guardamos a Palavra que ele Jesus  anuncia  na comunhão de Deus  Pai neste amor  nos tornamos templos do Espírito Santo como diz São Paulo  em 1 Coríntios 6,19

"Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de vocês mesmos?"





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.