domingo, 20 de março de 2022

Um Olhar no texto de Lucas 13,1-9 - 3º Domingo da Quaresma

 

Estamos no meio da Quaresma,  já passamos pelo deserto no primeiro domingo, pelo monte na  transfiguração  no domingo passado e agora estamos nos questionando se vale a pena essa vida conflitante.  É Muito comum  ouvir que  esta escrito na bíblia que tem que acontecer isto ou aquilo que o Pastor ou sei lá quem disse.  Quando encontramos uma mãe com seu filho  pequenino vitima de uma doença mortal, se costuma  dizer que Deus quis assim,  transformando o Deus de Amor em algo que não é, ainda quando uma mãe chora que seu filho entrou no mundo do trafico etc.   os interpretes do caos justificam das piores maneiras e quando ocorre uma tragédia como a Petrópolis ou as guerras   justificamos  para os sobreviventes que Deus tem um plano na sua vida.  
Será que Deus é limitado? Reduzido seu plano a um individuo? 
Que dizer de  uma multidão de mortos economicamente (desempregados) pelo  sistema capitalista,? Transformados    em amaldiçoados por Deus nas cabeças daqueles  que tem a  benção(salário) fruto da corrupção e promovendo as  medida que só aumentam os números de mortos economicamente  

As leituras do terceiro domingo da quaresma nos ajuda a  superar essa mentalidades e  as leituras são: Êxodo 3,1-8a.13-15, Salmo 102 (103)  com o refrão O Senhor é clemente e cheio de compaixão, 1 Coríntios 10,1-6.10-12  e o evangelho de Lucas 13,1-9.  Há uma prática de muitos cristão  que  transforma a bíblia  em um  livro de premonição  e  devemos repensar toda nossa pratica de fé, se de fato ela é libertadora ou  casuísta que  coloca a nossa fé  em uma forma limitando-se a esse ou aquele pensamento, já está escrito. Onde  estáo o livre arbítrio? 

O tempo todos somos chamados a  olhar nossa história e rever o nossos erros e acertos, em  um processo do caminho,  vemos nesses fatos  do livro do  Êxodo que  Deus apresenta  a Moisés  o projeto de libertaçãoNeste tempo do conflitos na Ucrânia e outras partes do mundo se faz necessário olhar quem de fatos nós somos.  Se de fato somos o povo de Deus  que no Batismo recebemos  a  graça de sermos filhos amados de Deus ou outro ser que foge da condição de imagem de Deus de Amor? Nesse contexto que entramos nesses  evangelho  que se divide em duas partes que nos convida rever nossa conversão. 

No evangelho de hoje Jesus cita uns CPFs que foram cancelados pelo   governo  (Herodes) em um  rito religioso o rito só parou de ter conotação religiosa, mas algo que o governo celebra nas grandes telas, com as operações nas favelas/comunidades pobres, como esquecer do mirou na cabecinha, em seguida ele cita  outros xr18 CPFs cancelados por um  erro da construção civil (a torre de Siloé) e o cidadão de bem diz que com ele isso  não acontece por ter boa amizades e frequenta  uma igreja no Domingo, mesmo que durante a semana ele seja o próprio capeta. Essa era moral  dos religiosos de ontem.
Somos rápidos em  dizer que fulano morreu por ser assim ou assado e na segunda  parte do texto Jesus trás a marreta e destrói o muro da hipocrisia religiosa, que  só fala de justiça. Com um discurso bonito de ser ouvir,  algumas homilias no altar, Mas  no oculto da vida promove a exclusão, o desamor  e a atitude de certos lideres religiosos  na hipocrisia  ganham de lavada dos acusadores de Jesus, sem esquecer que exemplo dos religiosos do tempo de Jesus invocavam sua condição como prerrogativas,  pra fugir da ira de Deus, mesmo com a pratica dos discípulos de Judas, pois  continuam vendendo Jesus na cara-de-pau não se arrependem, pois agora compõem o sinédrio, as  forças que crucificam e aqueles que cuidam para que Jesus não ressuscite. Talvez por isso hoje temos o crescimento disparado dos sem religião 

No segundo momento Jesus apresenta solução pra toda essa hipocrisia,  a conversão mudança de atitude, Deus espera uma atitude frente a realidade de todos os cristão, uma atitude que produza fruto. Por isso nesses tempo o Papa se ofereceu pra dialogar e ajudar a promover a paz no conflito do Leste Europeu. a parábola da figueira  que  representa o povo de Deus (Os 9,1, Jer 8,13 Is 5,1-7) e Deus sempre agindo na graça e na misericórdia, com essa parábola Jesus nos convida superar a religiosidade que condena sem esquecer o texto da última sexta-feira que fala dos vinhateiros homicida. Mateus 21,33-43.45-46.

O Dono da vinha  vem a três anos  buscar o fruto,  sabemos que o três tem um sentido  no contexto bíblico referente ao tempo perfeito de Deus ( toda ação e divisão se submete ao numero três) e ainda no contexto da vida o três entra nas seguintes situações como por exemplo: cabeça, tronco e membro;  passado, presente, futuro; liquido, solido e gasoso; principio, meio e fim; há outros exemplos podemos destacar mas  vamos nos contentar com esses e a propósito esse é o terceiro domingo da quaresma.  Jesus nesses evangelho trás  mais um ano e aqui vale pena   nos deparamos com o  numero  quatro: quarenta anos no deserto,  quarenta dias no deserto, quatro evangelhos canônicos, no brasil 4 anos de mandatos dos políticos e  pra fechar: passado, presente, futuro e a eternidade. Esse teste é ensinado a caminho de Jerusalém aqui se fosse   ser noticiado em nossas redes ficaríamos  preso na noticia dos galileus mortos, da torre que desabou ou mesmo do conflito entre Jesus e os seus acusadores, a exemplo dessa semana  que se fala do tal filme que esta à 5 anos pra quem quiser ver e o caso da  moça que foi pega pelo marido com um morador de  rua, são dos fatos que são usados pra  entorpecer e tomar o nosso tempo pra não  nos darmos conta o quanto  esta difícil  viver no Brasil com os aumentos  nos preços dos combustíveis 

O Evangelho fala em esperança, Deus  no dá todo tempo para produzimos frutos, precisamos assumir  a conversão (metanoia) no nosso  cotidiano, e deve ser  comprometida  com a mudança de atitude sempre que necessária, sem esquecer o passado e isso que Paulo nos  aponta em 1 Coríntios 10,1-6.10-12, sempre centralizando a vida  e a nossa ação  no projeto de Salvação sendo o vinhateiro que pede mais um ano ao dono da vinha, não devemos mergulhar no radicalismo de uns e outros que se acham mais católicos que  o Papa e mais santos que o Próprio Deus e nesse ano por ter eleição somos chamados a  arrancar essa vinha que não produz frutos e por exigência do Evangelho tomar uma atitude coerente.  Nos domingos anteriores  fomos chamados as praticas  do Jejum, da oração e caridade mas tal  pratica  isolada sem compromisso  se torna gesto estéril e aqui terminamos a nossa resposta do Salmo 102 (103) "O Senhor é clemente e cheio de compaixão"



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