terça-feira, 25 de maio de 2021

Reflexão de Marcos 10, 17- 31

 Jesus e  a hipocrisia religiosa.

Jesus sempre apresentou sérias  críticas  aos hipocritas religiosos. Nesse trecho dividido  em duas  Partes 

 A primeira Parte Marcos 10, 17-27,  discurso e prática  opostos em  uma Igreja  que  se diz portadora da Boa Nova, que faz questão  de pompa e  honra e esquecem  quem  é  a autoridade na comunidade.  Se acham príncipes, peças  únicas  insubstituíveis etc.

Lendo o evangelho  de hoje Marcos 10, 17-27 percebemos  como alguns  líderes  religiosos  se prendem ao dinheiro, ao poder  e a todo resto que não  importa, deixando  o  Cristo  Servo isolado, conseguem  O visualizar  e até  sentir a  sua presença  no Pão  e  no Vinho, mas  perdem a sensibilidade  quando O encontram diante dos Irmãos  que estão  a margem da vida e  da História. Se prendem ao culto   nos templos centralizados em seu próprio  eu,  ignoram o Culto pleno que deve ser vivido na realidade  do  hoje.  Diante da Pandemia, do desemprego e da fome que bate no estômago  de milhares de crucificados.


Esses  hipocritas  que invocam dogmas, versículo  bíblicos, documentos, citam o Papa, a vida dos Santos e são incessados por muitos  por inocência ou por puro puxa-saquismo.

O Jovem rico se afastou  triste por  não  poder cumprir  o pedido  do Mestre,  os hipocritas  não o fazem  por  vários motivos e um deles é  achar que Deus se agrada de suas práticas omissas.


Três  fatores  nos  afastará  do Deus Verdadeiro:

1 - O  apego ao dinheiro

2 -  A busca do prazer por si só

3 -  A Hipocrisia  de uma religião  das aparências onde as pompas, títulos e posição  são  maiores  que a vontade  do Deus da Vida.

Por isso,  Jesus não  compôs  o clero do seu tempo, pois eles  se perdiam nos seus rigores  hipocritas.

A segunda  parte   do evangelho  de  São Marcos  10,28-31 é  uma resposta  a prática do jovem rico,  que  teve dificuldade  de abraçar  o Projeto de Vida.  Jesus  pede uma renúncia total. Jesus não  deseja ser uma rota  de fuga  para os medos e incertezas. Aderir ao projeto do Reino deve ser algo livre, sem  busca vantagens  ou posição  de destaque na comunidade, Jesus ainda nos fala das dificuldades de uma vida  pautada  no evangelho, uma vida onde a perseguição  é  algo  real.
Contudo, olhando para os nosso próprios  eu,  como Igreja ou grupo religioso  se ver um distanciamento  real daquilo anunciado  no evangelho,   conseguimos ler no inicio os ganhos e quando  se fala em perseguição  mudamos o foco  e nos adequamos para não  sofrer. Paramos a leitura  nos ganhos terrenos e o evangelho  termina falando de algo maior.
A vida eterna, uma vida real e plena onde  o espaço para o desamor e a competição  não  existe, onde  o seu cargo na comunidade  não  contará, contará  o quanto  foi  fiel.  No Reino de Deus não existe  o primeiro e o segundo  escalão, lado A e lado B, mais ou menos cristão.
A lógica de Deus não  segue  a lógica  do humano, onde confundimos: autoridade  com autoritarismos,  serviço  com poder e santidade com moralismo.
O evangelho proposto por Jesus  desmacara uma religiosidade das cascas onde o interior está  vazio no contexto onde ele estava. Ja  dizia o velho Padre Alfredo; "Há mais comunhão  entres  amigos  de bar e entre prostitutas  em  um prostisbulos  que  muitas  comunidades que dizem professar a Fé  em Cristo, onde Ele  é  usado  apenas para  legitima a injustiça  e a exclusão" Por isso o próprio  Jesus disse que as prostitutas precede muitos religiosos  no caminho do Reino.

Que Deus nos ajude, primeiro ou último e aqui  ainda vale a reflexão  de uma  estrada onde todos estão  indo a uma festa. Uns andam a 120 km por horas,  o outro  vai 80 km por horas  e ainda  há aqueles  estão  a 50 km por hora. Todos   chegarão   e a festa  que  não  tem fim.
Último ou primeiro o importante  é  chegar e entrar na Festa.

DNonato


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