Jesus e a hipocrisia religiosa.
Jesus sempre apresentou sérias críticas aos hipocritas religiosos. Nesse trecho dividido em duas Partes
A primeira Parte Marcos 10, 17-27, discurso e prática opostos em uma Igreja que se diz portadora da Boa Nova, que faz questão de pompa e honra e esquecem quem é a autoridade na comunidade. Se acham príncipes, peças únicas insubstituíveis etc.
Lendo o evangelho de hoje Marcos 10, 17-27 percebemos como alguns líderes religiosos se prendem ao dinheiro, ao poder e a todo resto que não importa, deixando o Cristo Servo isolado, conseguem O visualizar e até sentir a sua presença no Pão e no Vinho, mas perdem a sensibilidade quando O encontram diante dos Irmãos que estão a margem da vida e da História. Se prendem ao culto nos templos centralizados em seu próprio eu, ignoram o Culto pleno que deve ser vivido na realidade do hoje. Diante da Pandemia, do desemprego e da fome que bate no estômago de milhares de crucificados.
Esses hipocritas que invocam dogmas, versículo bíblicos, documentos, citam o Papa, a vida dos Santos e são incessados por muitos por inocência ou por puro puxa-saquismo.
O Jovem rico se afastou triste por não poder cumprir o pedido do Mestre, os hipocritas não o fazem por vários motivos e um deles é achar que Deus se agrada de suas práticas omissas.
Três fatores nos afastará do Deus Verdadeiro:
1 - O apego ao dinheiro
2 - A busca do prazer por si só
3 - A Hipocrisia de uma religião das aparências onde as pompas, títulos e posição são maiores que a vontade do Deus da Vida.
Por isso, Jesus não compôs o clero do seu tempo, pois eles se perdiam nos seus rigores hipocritas.
A segunda parte do evangelho de São Marcos 10,28-31 é uma resposta a prática do jovem rico, que teve dificuldade de abraçar o Projeto de Vida. Jesus pede uma renúncia total. Jesus não deseja ser uma rota de fuga para os medos e incertezas. Aderir ao projeto do Reino deve ser algo livre, sem busca vantagens ou posição de destaque na comunidade, Jesus ainda nos fala das dificuldades de uma vida pautada no evangelho, uma vida onde a perseguição é algo real.
Contudo, olhando para os nosso próprios eu, como Igreja ou grupo religioso se ver um distanciamento real daquilo anunciado no evangelho, conseguimos ler no inicio os ganhos e quando se fala em perseguição mudamos o foco e nos adequamos para não sofrer. Paramos a leitura nos ganhos terrenos e o evangelho termina falando de algo maior.
A vida eterna, uma vida real e plena onde o espaço para o desamor e a competição não existe, onde o seu cargo na comunidade não contará, contará o quanto foi fiel. No Reino de Deus não existe o primeiro e o segundo escalão, lado A e lado B, mais ou menos cristão.
A lógica de Deus não segue a lógica do humano, onde confundimos: autoridade com autoritarismos, serviço com poder e santidade com moralismo.
O evangelho proposto por Jesus desmacara uma religiosidade das cascas onde o interior está vazio no contexto onde ele estava. Ja dizia o velho Padre Alfredo; "Há mais comunhão entres amigos de bar e entre prostitutas em um prostisbulos que muitas comunidades que dizem professar a Fé em Cristo, onde Ele é usado apenas para legitima a injustiça e a exclusão" Por isso o próprio Jesus disse que as prostitutas precede muitos religiosos no caminho do Reino.
Que Deus nos ajude, primeiro ou último e aqui ainda vale a reflexão de uma estrada onde todos estão indo a uma festa. Uns andam a 120 km por horas, o outro vai 80 km por horas e ainda há aqueles estão a 50 km por hora. Todos chegarão e a festa que não tem fim.
Último ou primeiro o importante é chegar e entrar na Festa.
DNonato
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