Jesus
no seu ensinamento fala da fé do tamanho de um grão de mostarda, que remove
montanha[1] e faz referência ao patriarca Abraão[2] como homem de Fé. Não temos hora nenhuma
no evangelho ou qualquer texto que fale de uma escola, que no ensine o dom da fé. Então, podemos concluir que não
podemos ensinar com palavras a fé, pois ela deve ser motivada, com gestos e
atitudes que a desperte no coração de
cada um.
Podemos
destacar, que nos últimos 50 anos a Igreja tem motivados os cristãos a enxergarem além das letras, além daquilo
que nos é contado em uma tradição de
excessiva piedade ou terror divino. Onde
Deus não gostava, Deus não aceitava
isso ou aquilo. Na verdade, tínhamos um Deus terrorista longe da realidade do
homem. Um ser incessível para a sua graça e misericórdia. O Reino de Deus inaugurado nas pregações de
Jesus de
Nazaré nos leva ao
comprometimento
com a realidade
humana e imperfeita.
São Paulo apostolo
nos convoca na sua
carta aos romanos:
·
Não vos conformeis com este mundo, mas
transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir
qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.[3]
O evangelho que anunciado nos orienta que
devemos ser simples como as pombas e prudentes como as serpente[4]. Como cristãos devemos ter em nossa prática uma analise critica de todo o nosso agir e de toda formação
que obtemos em nossa vida. São Paulo nos
fala, que quando criança vivia como criança e agíamos como criança[5]
e ainda o autor de hebreus nos orienta.
·
Teríamos muita coisa a dizer sobre isso, e
coisas bem difíceis de explicar, dada a vossa lentidão em compreender. A julgar
pelo tempo, já devíeis ser mestres! Contudo, ainda necessitais que vos ensinem
os primeiros rudimentos da palavra de Deus; e vos tornastes tais, que precisais
de leite em vez de alimento sólido! Ora, quem se alimenta de
leite não é capaz de compreender uma doutrina profunda, porque é ainda criança. Mas
o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que a experiência já
exercitou na distinção do bem e do mal.[6]
A
Formação permanente na fé nos revela as
escolhas que devemos fazer, para melhor sermos na Comunidade familiar, paroquial
e até mesmo na Igreja particular[7]. Contemplando o exemplo de Cristo que nos orienta.
·
Deixou-os e seguiu de barca para a outra margem. Aconteceu
que eles haviam esquecendo-se de levar pães consigo. Na barca havia um único
pão. Jesus advertiu-os:
Abri os olhos e acautelai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes! E
eles comentavam entre si que era por não terem pão[8]
O
Evangelho exige de nós uma busca constante de uma formação, testemunhal e consciente
de nossas responsabilidades para com outro que encontramos ao longo da
caminhada. Mudar de opinião é sinal de maturidade, de sabedoria por isso a
formação permanente nos levar a
refletir sobre nossas escolhas e opções no
caminho. Toda a formação, deve ser para o aperfeiçoamento diário, onde o
ver, o jugar e agir são as base principais.
Não podemos reduzir o evangelho de Jesus ao um modelo externo de nossa
prática a transformação deve ser iniciada no nosso intimo e com isso transforma
as realidades que vivemos. Lembremo-nos
do conselho do apóstolo Pedro:
“Reconhecei de coração o Cristo como Senhor, estando sempre prontos a dar razão de sua esperança a todo aquele que a pede a você[9].
“Reconhecei de coração o Cristo como Senhor, estando sempre prontos a dar razão de sua esperança a todo aquele que a pede a você[9].
[1] Mateus 21,21
[2] Romanos 4, 3-16; Hebreus
11, 8-17 e Gálatas 3, 9-16
[3] Romanos 12, 2
[4] São Mateus 10, 16
[5] I Coríntios 13, 11
[6] Hebreus: 5,11-14
[7] Diocese
[8] Marcos: 8, 16- 13
[9] I Pedro 3,15.
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