Na festa na semana passada, vivemos a graça do Cristo na sua manifestação a toda humanidade na pessoa dos três sábios que vieram de longe para
reconhecê-Lo. Nesta semana, vivemos a
graça do Senhor que vem de encontro ao Batista, para ser batizado. As leituras
proclamadas em nossas celebrações nos convidam, a meditar sobre a nossa condição
de batizados nesta sociedade que faz todo tipo de experiência de sentimentos, q³ue não vem de Deus.
O profeta Isaias vem falar, de um Homem que receberá plenitude do
Espirito de Deus, um Espirito que despertará consciências[1], o
mesmo Espirito Isaias 11:2-3, Ser
Batizado implica compromisso com a Missão de Jesus, não se pode ser filho de
uma família se não estivermos ligados de forma direta as suas crises e festas. Somos gerados para o
céu no momento da fecundação do óvulo, somos feitos para vida plena[2]
como imagem daquele que nos chama a vida.
O profeta Isaias nos convoca para um julgamento do ponto de vista de
Jesus, em uma sociedade dividida por
situações que desumaniza e retira do
homem a divindade que Deus nos concede no Batismo. Não é de se admirar
que certos movimentos ditos liberais que são promovidos por pessoas iniciadas
na Fé, batizadas e até mesmo atuantes em algum momento nas fileiras da Igreja. Pessoas que perderam a sua referência Divina e
culpa a todo crente pela sociedade injusta que temos. Mas, essas pessoas não são as piores em nossa realidade
social, como entender pessoas que
participam em nossas Igrejas que
defendem a pena de morte, o
aborto e valores que entram em conflitos
com a Boa Nova de Jesus.
Olhando para a narração do evangelista Lucas[3]
que faz a menção escatológica do Messias com uma condição de poder, como um
juiz implacável que inaugura sociedade. A
pregação de João Batista é assustadora quando
a examinamos de forma isolada. Ele faz
um anuncio de um Julgamento onde todo o excesso irá ser queimado. O Batista anuncia um Cristo Senhor de tudo
quando diz que não poderia desatar-lhe as correias das sandálias e quando Jesus
se aproxima de forma simples o desarma na sua pregação escatológica . A nossa realidade deformada apresenta o Cristo
em grandes eventos, em uma liturgia que mais se parece como shows e em situações
desesperadoras. Recusamo-nos a
reconhecê-Lo na realidade simples do dia-a-dia, nos pequenos milagres da realidade
marcada por trevas e luz ou o pecado e
graça . No Batismo de Jesus o Deus Trindade se revela confirmando a condição
divina do Filho[4] e logo após o Batismo
Jesus e levado ao deserto para experimentar as tentações da humanidade. Todos
os Batizados não estão isentos das dificuldades da vida. Nesta data queremos
celebrar a graça de sermos imagens de um Deus, batizados para inauguramos o
Reino de Deus.
O texto de Atos 10,34-38 revela um Deus que toma parte da História e atua na realidade de forma direta. O Deus Trino se manifesta na história e em todo Batismo de forma plena como
no Batismo de Jesus. Aqui a Catequese de Pedro nos recorda que Ele é o
Senhor da Humanidade, que a Justiça como base para ser Cristão, Deus não faz
qualquer distinção do ser humano e que todo batizado deve conhecer o mistério
do Cristo reconhecendo a sua encarnação e sua missão.
A realidade que vivemos de
uma nação batizada que é campeã em corrupção e injustiças social. A pregação de Pedro que recorda da libertação proporcionada
pelo Cristo, deve ser vivida hoje em nossa sociedade. Devemos, agir na comunhão
de batizados com um Espirito critico e libertador tomando decisões a parti do
ponto de vista Cristão ou melhor de filhos de Deus. Se for preciso passar pela
Cruz para testemunhar que o Amor vale a pena que passemos. Que tenhamos coragem de assumir a nossa
Missão de Batizados, que sejamos críticos e conscientes que possamos ser exemplos
que valem mais que qualquer pregação, sigamos conscientes no projeto de
Jesus Cristo.
Parabéns a todos os
batizados que mergulham no mistério da Encarnação, da morte e Ressurreição do
Cristo.
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