segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O CRISTÃO E A POLÍTICA.


O homem neste século não difere muito do homem dos séculos passado, apesar do desenvolvimento e o avanço tecnológico, ele continua, em termos sociais, indiferente ás necessidades primária do ser humano (do outro), suas atitudes e ações nesta área é inerte e inconseqüente, não leva a qualquer mudança ou reversão do estado de pobreza e miséria de muitos, que vivem num completo abandono, e, quem mais sofre resultado dessa indiferença, são as crianças.
O homem é um ser insaciável quanto mais tem mais deseja, não importa como, o que importa é a satisfação de acumular riqueza. Não importa o que ou quem esteja a sua volta, pois o seu sucesso supera qualquer estado de coisas que possa levar o outro a uma condição de vida indigna.
Um conjunto de coisas, resultado da vida moderna, explica a situação do mundo hoje, se mergulhar-mos na história da humanidade perceberemos que a luta do homem não tem fim, estamos inundados na individualidade e na insensatez humana. Já há muito, desde os grandes reinados até as mais recentes formas de governo que se convive com a pobreza humana.
A história da religião no tempo, por muitas vezes, coloca uma venda escura impedindo a denúncia profética da ganância dos governantes, dos ricos e dos poderosos. É muito comum ouvir que religião não tem nada a ver com política e economia, no Brasil já está incutido no inconsciente popular a seguinte frase; “religião e política não se discute”. E, assim, fica evidente a tranqüilidade daqueles quem detém o poder, pois as estruturas pré-estabelecidas, deste ou daquele seguimento de poder tem a garantia de que jamais serão abaladas, a não por sua própria, diríamos assim, luta interna.
Mas não podemos generalizar ou até mesmo ser infiéis àqueles que na história da humanidade, mesmo enfrentando grandes desafios, fizeram e fazem o Reino de Deus acontecer no meio do povo abandonado e sofrido, que morrem para a vida antiga (homem velho) e vivem para vida nova (homem novo). A figura dos mártires que lutaram por suas causas e convicções, para que o mundo fosse melhor é exemplo que os sinais fortes do Reino de Deus se faz presente no meio dos homens (Lc. 17, 20-21).
E como membro participante engajado dessa Igreja Evangelizadora, animada pelo Espírito Santo, o Cristão não deve desanimar. Seu olhar deve estar sempre voltado para o mundo com os olhos da fé. E é cada vez mais urgente que os ambientes sejam evangelizados, não podemos mais nos omitir, ante a opressão nascida da insensatez humana. O homem, ser insaciável vem dando as costas para o Reino de Deus, esquecendo que o reino está dentro de cada um de nós. Não podemos fugir a essa missão de anunciar e viver o reino, viver o amor que Jesus Cristo espalhou no nosso meio, no Evangelho de João (cap. 10, 10) Jesus diz, “O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.
A nossa prática deve ser a prática de Jesus, sabemos e somos conscientes de que as barreiras no mundo de hoje são difíceis de derrubar, mas também não podemos negar que existem formas de participações e lutas para mudanças, seja na Igreja ou fora dela, são as nossas ações individuais e/ou conjuntas, que serão sinais no mundo de hoje de que é possível que todos, sem qualquer exclusão, viva com dignidade. Precisamos nos posicionar, somos ladrões ou seguidores de Jesus? Criamos morte ou vida? Vivemos a fantasia do modernismo ou encaramos a realidade dos fatos? Abandonaremos este homem insaciável ou seremos insaciáveis em amar como Jesus amou.
Fica para cada um de nós Cristão, cursilhistas ou não, uma reflexão, poderei dizer no final “combati o bom combati”.

ESSE TEXTO FOI LIDO NO PROGRAMA QUESTÕES DE FÉ  EM 10/07/2010 
Autor: Edson Oliveira (Edinho do MCC de Nova Iguaçu)
Correção: Gladstone Moisés (MCC de Nova Iguaçu)
Adaptação: Daniel Nonato
*O programa Questões de Fé vai ao ar pela Radio Catedral Fm 106,7 as 16 horas e 10 minutos é uma produção da Diocese de Nova Iguaçu  e - Todo 2º e 5º sabado esta sobre a responsabilidade do Movimento de Cursilho e conta com a   apresentação: Gladstone Moisés, Edson Oliveira e  Daniel Nonato e com o apoio de Carlos Otavio e  Antônia Fátima 

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