terça-feira, 5 de novembro de 2013

Apenas refletindo a vida, estou ficando velho.

Pedimos  licença ao amigos para escrever esse texto no singular e com ele tentar expressar minhas emoções pelos  trintas e muitos anos de vida que estou para completar. 
Olhando a canção de Gonzaga que canta A triste partida. Venho contemplar mais ano de vida que irei fazer neste mês. Olho com certo pesar por alguns projetos que não chegaram acontecer. Mas, tenho muito para celebrar são os cabelos brancos que começam aparecer, minha filha que encontrei[1] neste mundo de meu Deus, meus pais que ainda estão vivos[2], meu trabalho, estudo, amigos e  tudo mais que vivi até aqui.  Já são mais de dez anos que conheci a canção Restauração[3]. Fico sempre emocionado quando o cantor recita: " Deus vê o coração", muitas da vezes tive e tenho um coração, cheio de  magoas, incertezas, medos e pra ser sincero frustrado pelo fato de  não ter conquistado aquilo que acredito ser o ideal de um homem da minha idade. 
São trinta e mais alguns e ainda me lembro de quando fiz vinte  e tantos e nunca esqueci como a fase que mais sofri decepção, no emprego, no namoro, nos estudo e até mesmo na Igreja.   Foi difícil, agora são trinta e muitos sorrindo, ainda levando pancada por não entenderem minha opção na vida ou com projetos que ainda me permito sonhar.  São trinta e mais alguns, que vivo nesta realidade complexa, com senhores donos das verdades absolutas, donos das razões e donos de tudo.  Todas as vezes que chega perto do meu nascimento, faço memória daquilo que  fui quando criança: o sétimo  Filho de um pedreiro[4] que me ensinou que palavra dada  não se volta atrás e  de uma dona de casa que só aprendeu assinar o nome, porém me ensina a ler as verdades da vida,   da minha primeira professora que me ensinou a arte do bê-á-bá, da minha catequista que me disse que a principal catequese acontece na família,   no altar da Eucaristia e que o altar principal é o altar da vida junto com a comunidade,   principalmente como os mais pobres e aqui deixo um espaço para minha pequena filha que uma vez me perguntou se não a amava e me disse que chamar alguém de desgraçado é feio[5].
São trinta mais alguns, são trintas e muitos que tento me manter lucido na sociedade formado por loucura onde o pobre não tem o direito respeitado, onde a vida cada vez é desvalorizada e onde o ser humano só tem valor pelo que possui ou produz.  São trinta e alguns de vida que vivo um dia atrás do outro rezando para meu anjo da guarda para que não leve um tiro ou tenha que matar para viver.  Para meus amigos que passaram dos sessenta ainda sou garotão, para alguns sobrinhos e minha pequena já sou um “coroa maneiro”.        Na minha analise pessoal sou apenas um homem em formação, acertando aqui ou  errando ali, mas caminhando de cabeça erguida pois, essa é nossa lida nesta vida. Ainda tenho muito que aprender e melhorar, esse é segredo pra minha juventude não acabar.  

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