domingo, 13 de fevereiro de 2022

Um Olhar no texto de Lucas 6, 17.20-26 - 6º Domingo do Tempo Comum.

Nos domingos  anteriores  Jesus nos  apresenta o seu projeto e convida um grupo de homens para a missão. Hoje após lhe da as devidas instruções no monte  Ele percebe o grau de  felicidade da comunidade dos  discípulos.  Eles tinham motivos para ter plena felicidade estavam vivendo a uma realidade junto ao Messias, a maior riqueza da Igreja desde sua fundação. O  Papa Francisco quando nos convida  a sinodalidade Eclesial  visa  nos mostra que devemos superar a ideia de um Igreja piramidal ou  de castas de poder e nesse sentido o Evangelho de hoje conhecido como o discurso da planície  traz  duas bem aventuranças  que toda a Igreja deve viver, a pobreza  real e não  simbólica das aparências piedosa e quando falamos de pobreza é  no sentido literal. Buscar a felicidade  por ser  cidadãos do Reino, rezado na oração dominical ou   como conhecemos na oração do Pai nosso,  o Reino de inclusão. Ser feliz na logica do evangelho é abraçar a perseguição como uma consequência  de cumprir a vontade do Deus amor e Ele não se faz presente em um projeto que mesmo invocando o seu nome  apresente desvios do projeto de Jesus.


As bem-aventuranças de Mateus e de  Lucas tem alguns aspecto que se difere:  Mateus  fala que Jesus estava no Monte e Lucas na planície, o primeiro apresenta nove  bem aventuranças e  o segundo quatro bem aventuranças.  Sabemos que o evangelista Mateus coloca como inicio do ministério publico de Jesus  o momento do Sermão da  montanha  e Lucas destaca a sua ida a sinagoga logo após o batismo e seu retiro no deserto.  Jesus desceu da montanha em Lucas e em Mateus Ele esta no alto da montanha.  Aqui podemos observa que Mateus tenta colocar Jesus como um novo Moisés e  Lucas  o Deus  presente no mesmo nível da multidão, falando no meio do povo, sendo uma contradição entre os textos mais se confirmando na missão de Jesus no sentido de inaugurar um Reino.   Em Mateus se destaca a necessidade de subir, de se encontrar com a motivação, respirar ares mais puro, refletir e de lá descer  para continuar o projeto e Lucas nos mostra que devemos descer da montanha para a planície se confirmando,   o projeto de Salvação para toda humanidade, como o Papa Francisco nos inspira de ser uma Igreja Sinodal em saída para periferias temática da Assembléia do Conselho Nacional  de Leigos  nesse ano de 2022. As nossas  celebrações cultos,  missas(montanha) devem nos lançar para realidade  do meio do povo(planície) e manter o mesmo testemunho e pregação coerente com nossa fé.  Esse é o desafio proposto pelo Mestre Jesus, quando   lemos  junto os dois textos.
A perseguição é  todo risco que temos na nossa  caminhada envolve sermos taxados  de nomes nada bonitos  pra se posta em um texto,   e  uma Comunidade entorpecida pela segurança da montanha(Igreja), esta longe da realidade(planície) e do sofrimento  humano. A Comunidade   que faz  parcerias e acordos com aqueles que  representa o contrario do Reino rezado na Oração do Senhor, nesse sentido perde a  plenitude da  sua vocação da como  Igreja,  Povo de Deuse e  nesse  sentido que  toda Vida da Igreja não pode ser pautada pelo legalismo farisaico que muitos postam em suas redes e aplicam em suas Igrejas e Grupos. O evangelho de Jesus mesmo sendo narrado por quatro autores diferentes    ele se confirma e nesse sentido o  texto de hoje vem em  comunhão com a liturgia do   4º domingo do tempo comum confirmando a vocação dos  cristão e que  não podemos viver uma espiritualidade do Eu sozinho na sua redes e bolhas,  O cristão  deve viver plenamente o sentido de libertação e do Reino rezado e cantado nas Igrejas(montanha),  proclamar a Boa Nova libertadora em todos os ambientes e espaços 

O Texto de Lucas  nos abre os olhos para os perseguidos e explorados e nesse sentido que devemos nos atentar para o nosso jeito de ser e fazer a evangelização e aqui vale cita São Romero que  em suas homilias denunciava as semanas injustas, as Igrejas que fazem aliança com políticos envolvidos em corrupção padres e pastores que fazem da igreja uma empresa que buscam  sempre  um retorno financeiro, vivendo de forma plena o modelo econômico do dinheiro pelo dinheiro, sendo e agindo como verdadeiros crucificadores de Jesus de Nazaré,  discípulos de Judas Iscariotes  A proposta do Reino de Jesus nos toma e nos questiona em nossa espiritualidade do comodismo  e acertos pra ficar bem na fita ou  na rede social. No céu, no Reino de Deus não tem camarote ou área Vip e assim também devia ser em nossas comunidades, somos todos um único povo caminhante  no deserto  da realidade.

As bens  aventuranças apresenta  de outra jeito e confirma  tudo que Jesus tinha falado no   início de sua missão na sinagoga de Nazaré: Ele é enviado pelo Pai  para remir a humanidade, Ele é o libertador mas toda libertação envolve a cooperação do libertado. Em dois mil ano de Cristandade nós estamos as vezes  mergulhados no legalismos e  com isso atrapalhamos o projeto de libertação nos prendemos aos títulos e honras que podemos conquista nessa realidade e com isso o projeto  vira um  monstro se tornando   uma  “maldição” (ou os quatro “ais”) aos ricos que aparece no Evangelho de hoje sendo uma outra face da moeda das bem aventuranças.  Alguns dizem que Jesus era um homem a frente do seu tempo acolhendo e fazendo discípulos de todos níveis (jovens, adultos, idosos,  solteiros, casados, mulheres, homens ricos e pobres), talvez seja isso que estejamos perdendo,  a exemplo dos religiosos do tempo de  Jesus. 

A logica desse mundo  fere os princípios da logica do Deus de Amor e muitas das vezes estamos  votados para logica do mundo e esquecemos os princípios do evangelho de Jesus.  Somos assim como diz são Paulo Apostolo:  "Porque não faço o bem que eu quero, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim".

Romanos 7,19-2



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