Entraríamos na fala do Presidente, poderíamos ainda escrever sobre o feriado de Tiradentes. ou sobre a 60º Assembleia da CNBB. Mas vamos refletir nesse inicio sobre São Jorge, associado ao orixá Ogum, para os seguidores das religiões de matriz africana, todos querem a força do Orixá e ainda há aqueles que se associam ao Santo Guerreiro por causa do uso das armas, mas se faz necessário resgatar que São Jorge foi um homem justo que viveu sua fé em um contexto de perseguição e o Orixá Ogum é uma força de um Povo que foi escravizado que resistiu a dominação religiosa de um outro povo que através de uma doutrinação com uso até da tortura e da força tentou tirar desse Povo suas sacralidade ancestral e a fé intima e particular. Precisamos ter em nossas mentes que tanto o Santo Jorge que que deu sua vida pela causa do evangelho como o Orixa Ogum são sinais do sagrados de uma resistência e representam força do povo que vive em uma realidade de dificuldades.
Ogum Yê! ou São Jorge Rogai por nós!
São duas saudações de religiões diferentes que
evoluiu para o Salve Jorge! Deixemos
esse assuntos para os devotos tantos na religião de Matriz Africanas que tem Ogum como exemplo ou para os cristãos que se devotam a São
Jorge que viveu em 303 e foi decapitado por sua fidelidade ao projeto de Jesus.
1.
Versículos: 28-29 - Quando
pedem pra Jesus ficar com Eles
2.
Versículos: 30-31 - O parti do pão
e o reconhecimentos de
do Mestre.
3.
Versículos: 32-35 – A consciência que precisam volta e anunciam para seus amigos a novidade.
Devemos responder uma pergunta: Aonde vamos nos encontrar com Jesus?
Em um mundo marcado pelas cruzes e dores, a
liturgia desse domingo nos convida a estar com Jesus nos caminhos da vida, mesmo
quando parecer que tudo acabou ou que não podemos sair da situação vexatória e
se estamos tendo dificuldades neste caminho somos convidados a parar e rezar,
celebrar cultuar ao Deus da vida, para assim poder encontrar a
ressurreição.
O evangelho desse dia, nos traz uma memória sobre
com estamos caminhando, pois
diante da falta de esperança daqueles dois discípulos (alguns dizem que seria um
casal), o Forasteiro se aproxima e faz uma
reflexão apresentando o projeto
do Reino, o Cristo chagado por causa dos
egoísmos e das ideologias seja política ou religiosa, mas também um Cristo
que vence essa peleja ressuscitando. O autor
sagrado faz questão de relatar cada detalhe, de onde eles vinham e para onde
estavam indo e evangelista Lucas é o único que faz questão de fazer tal narração
e se prende ao detalhe do partir do Pão para uma revelação da pessoa do Cristo Ressuscitado.
Atualizando o evangelho dentro de uma perspectivas de hoje onde sofremos desencantos com a vida comunitária,
somos omissos e até colaboramos com as crucificações virtuais, morais e
aqui vale a pena lembrar que o pior não fogo real que te consome, mas a fogueira das vaidades humanas que queimam
e continua acesas no egos de muitos que se acham mais santos ou perfeitos ao ponto de falar de
perdão e amor no discurso, mas a pratica
é outra e é desses que o Forasteiro de Emaús se fará companheiro,
talvez precisemos compreender esse mistério, todos somos discípulos que
durante um momento do caminho bate a desolação, bate o desespero e não acha saída,
mas todos somos obrigados a levar a esperança para aqueles que sofrem tal
desolação e da falta de fé. Porém para
levar essa esperanças se faz necessário ouvir o Mestre Jesus, o Senhor da
Historia que não se apresentou com
vestes caras ou com uma autoridade para ninguém. Somos discípulo do Senhor que assumiu nossa
humanidade, que viveu plenamente
a sua realidade que não fez acordos pra obter vantagens, que não vendeu
o irmão pra ficar bem na fita com um grupo.
Temos dificuldades
de ver esse Jesus que caminha conosco que aqueles discípulos pediram para ficar
com eles?
Queremos o Cristo sentado em um trono, um Cristo
que precisa de não sei quantas vestes, velas e incenso para se transubstanciar
no altar, um Cristo Servo obediente aos nossos caprichos e manias que condena
essa ou aquela forma de viver a fé, um Cristo que só caminha com vencedores e
poderosos com certos acordos que nem vamos nos prender pra evitar processos (na
atualidade ta difícil até para comprar o feijão e o arroz, imagina se formos
processados). Para enxergar o verdadeiro Cristo se faz necessário ter um
coração sensível para a dor do próximo,
se faz necessário ter consciência que
temos pessoas desempregadas famílias inteiras que passam fome, que
sofrem na cruz da falta de atendimento digno na saúde
(embora alguns cegos pela ideologia não vejam os milhões de faminto ou os milhões de desempregados). Ouvir a palavra e ter compromisso de mudar
essa realidade, não adianta missa da graça enquanto não fizermos nada para
acabarmos com as desgraças que muitos irmãos vivem. Levar a noticia do Ressuscitado envolve fazer ressuscitar ao longo da nossa caminhada.
Deixemos uma mensagem do Papa Francisco de Domingo,
26 de abril de 2020
- Há uma antiga regra de peregrinação, que diz que o verdadeiro peregrino
deve ir ao ritmo da pessoa mais lenta. E Jesus é capaz disto, faz isto, não
acelera, espera que demos o primeiro passo. E quando chega o momento, faz-nos a
pergunta. Neste caso, é claro: «De que estais a falar?» (cf. v. 17). Faz-se de
ignorante para nos impelir a falar. Gosta que falemos. Gosta de ouvir, gosta
que falemos, ouçamos e respondamos, faz-nos falar. Como se fosse ignorante, mas
com muito respeito. E depois responde, explica até ao ponto necessário. «Aqui
diz: “Porventura não convinha que Cristo padecesse estas coisas e entrasse na
sua glória?” E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o
que dele se achava em todas as Escrituras» (v. 26). Explica, esclarece.
Confesso que tenho a curiosidade de saber como Jesus explicou, para fazer o
mesmo. Foi uma catequese muito boa! E depois, o próprio Jesus que nos
acompanhou, que se aproximou de nós, finge ir além, para ver a medida da nossa
inquietação: «Não. Vem, fica um pouco conosco!» (cf. v. 29). E é assim que se
realiza o encontro. Contudo, o encontro não é apenas o momento de partir o pão,
mas todo o caminho. Encontramos Jesus na escuridão das nossas dúvidas, até na
dúvida horrível dos nossos pecados, Ele está lá para nos ajudar, nas nossas
inquietações... Está sempre conosco! O Senhor acompanha-nos porque quer
encontrar-nos. É por isso que dizemos que o núcleo do cristianismo é um
encontro: o encontro com Jesus. “Por que és cristão? Por que és cristã?”. E
muitas pessoas não sabem responder. Alguns, por tradição. Outros não sabem
dizer porque encontraram Jesus, mas não se aperceberam de que era realmente um
encontro com Jesus. Jesus está sempre à nossa procura. Sempre. E nós temos a
nossa inquietação. No momento em que a nossa inquietação encontra Jesus, começa
a vida da graça, a vida da plenitude, a vida do caminho cristão! Que o Senhor conceda a todos nós a graça de
encontrar Jesus todos os dias; de conhecer, de saber que Ele caminha conosco em
todos os nossos momentos. Ele é o nosso companheiro de peregrinação.
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