“Não
esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa,
para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu
vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de
fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e
acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais
pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no
Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu,
doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor capaz
de proteger.”
A
opção pelos pobres, é a opção pelo Reino que Jesus nos anuncia. Em
toda Bíblia a opção é pelo que sofre todo tipo de
marginalização e a salvação chegará a humanidade
quando conseguirmos eliminar o abismo social e econômico que construímos
com pratica de Fé envernizada e olhando
para a Igreja da Comunidade Primitiva
onde lemos que entre eles não haviam necessitados[1] e
recordamos que o DA[2] faz a opção pelos pobres salientando
que é umas das marcas que revelam o verdadeiro rosto da Igreja de Jesus
Cristo[3], que faz parte
do DNA da Igreja Latino-americana
· 395. O Santo Padre nos recorda que a
Igreja está convocada a ser “advogada da justiça e defensora dos pobres diante
das “intoleráveis desigualdades sociais e econômicas, que “clamam ao céu”.
Temos muito que oferecer, visto que “não há dúvida de que a Doutrina Social da
Igreja é capaz de despertar esperança em meio às situações mais difíceis,
porque se não há esperança para os pobres, não haverá para ninguém, nem sequer
para os chamados ricos”. A opção preferencial pelos pobres exige que prestemos
especial atenção àqueles profissionais católicos que são responsáveis pelas
finanças das nações, naqueles que fomentam o emprego, nos políticos que devem
criar as condições para o desenvolvimento econômico dos países, a fim de lhes
dar orientações éticas coerentes com sua fé.
· 396. Comprometemo-nos a trabalhar para
que a nossa Igreja Latino-americana e Caribenha continue sendo, com maior
afinco, companheira de caminho de nossos irmãos mais pobres, inclusive até o
martírio. Hoje queremos ratificar e potencializar a opção preferencial pelos
pobres feita nas Conferências anteriores. Que sendo preferencial implique que
deva atravessar todas nossas estruturas e prioridades pastorais. A Igreja
Latino-americana é chamada a ser sacramento de amor, de solidariedade e de
justiça entre nossos povos.
De
forma direta os números citados acima estão ligados ao
numero 223 que convoca toda Igreja para realizar o serviço missionário serviço
do Reino de Deus. Que a nosso ver, é
maior que qualquer projeto pessoal com uma opção não exclusiva e nem excludente[4] . O Reino
de Deus não é propriedade de qualquer de classe ou religião. Ele faz presente no hoje na boas ação dos
homens e mulheres de nosso tempo.
No
contexto de Lucas[5] que
mostra o pobre como eleito de Javé revelando que a riqueza pode
nos afastar do humano e nos separa do Divino por um abismo social
que desumaniza a sociedade que se diz cristã. E pelo menos seis versículos dos
evangelhos sinóticos [6] Jesus nos
alerta sobre a dificuldade do Rico se salvar.
E no
sermão da montanha ele nos orienta sobre os nossos compromissos e o desapego[7] com os
bens deste mundo. Todo o contexto dos evangelhos não diz que o rico já esta
condenado. A bíblia apresenta vários ricos que conviveram com Jesus e o mais famoso Zaqueu que se compromete e mudar
de vida[8] .
No contexto bíblico a pobreza relatada é a
questão material, mesmo que neste século tenhamos algumas misérias na
humanidade que são piores que a pobreza. E aqui não se tratar de tentar
justificar as nossas falhas com desculpas de uma pobreza simbólica ou figurativa.
Contudo a Igreja Mãe e Mestra nos impulsiona para também enfrentar esses
desafios. Deixamos a reflexão do documento Galdium Et Spes:
· “As
alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo
dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e
as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo;”
[1]
Atos 2,42
[2]
Documento de Aparecida
[3] °
128 e 391
[4] n°
392
[5]
Lucas 16,25
[6] Mateus:
19,22-24, Marcos: 10,22-25 e Lucas: 18,23-25
[7] Mateus:
6,20-24
[8] Lucas:
19,1-10
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.