terça-feira, 27 de março de 2018

Por que direitos humanos


Quando em 10 de dezembro de 1948 a ONU  reconhece a necessidade de  se declara os Direitos humanos, ela não estava criando um mecanismo onde a impunidade ou injustiça impera, coisa que muitos estão defendendo nas suas  falas e ataques aos direitos humanos. esquecem totalmente que aconteceu nos Estados totalitários que fizeram de tudo com o ser humano e papel principal  é defesa da vida deixo abaixo a definição de Direitos humanos feito  por uma grande sociólogo. 
Por que direitos humanos
Ivo Lesbaupin[1]
 Se você defende a liberdade, você defende os direitos humanos;
Se você defende a vida, você defende os direitos humanos;
Se você é a favor da democracia, você é a favor dos direitos humanos; Se você defende a liberdade de expressão, de opinião, de manifestação, você defende os direitos humanos; Se você é contra a tortura, você é a favor dos direitos humanos; Se você é contra o preconceito e a discriminação, você é a favor dos direitos humanos; Se você é contra o poder arbitrário, o
comportamento arbitrário, a justiça parcial, você defende os direitos humanos; Se você é a favor da vida digna, do direito ao trabalho, ao salário justo, ao direito de defender estes direitos, você é a favor dos direitos humanos; Se você acha que todos deveram ter acesso à saúde, à educação, à assistência social, você é a favor dos direitos humanos; Se você acha que todos os seres humanos são iguais em direitos, você é a favor dos direitos humanos.
Agora, Se você é a favor da prisão arbitrária, você é contra os direitos humanos; Se você é a favor da tortura, você é contra os direitos humanos; Se você acha que os seres humanos nascem com direitos diferentes, por causa de sexo, cor, etnia, você é contra os direitos humanos; Se você acha que pessoas podem ser discriminadas por causa de seu pensamento ou opinião, você é contra os direitos humanos; Se você acha que algumas pessoas ou grupos podem mandar sobre a maioria, em virtude de algum privilégio, sem que a maioria os tenha escolhido, você é contra os direitos humanos.
No passado, os direitos humanos apareceram como os direitos dos habitantes de um determinado território de não se submeterem às arbitrariedades de um rei, que poderia se tornar tirano sobre os demais. No passado, os direitos humanos apareceram como uma defesa do direito a pensar diferente, a liberdade de consciência, para evitar que uma religião pudesse ser imposta a todos os demais. Os direitos humanos se afirmaram, no final do século XVIII, como resultado da Revolução de Independência nos Estados Unidos e da Revolução Francesa: diferentemente do que ocorria antes, a partir de então se deveria dizer “todos os homens nascem livres e iguais em direitos”.  Mais recentemente, os direitos humanos foram uma reação à barbárie da Segunda Guerra Mundial, uma afirmação da igualdade de todos os seres humanos, da liberdade de pensamento, uma defesa da vida e da dignidade, uma defesa do trabalho, da saúde e da educação de todos, o direito à participação e à busca coletiva por seus interesses. Foi a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).
Antes dos direitos humanos, só tinham direitos os mais fortes, os ricos, os poderosos. Só eles tinham proteção, só eles tinham educação, só eles tinham saúde. Os direitos humanos surgem das lutas das maiorias e das minorias para serem respeitados, para serem considerados, para poderem ter vida e vida digna. A partir da afirmação dos direitos, todos podem ser livres, pensar, opinar, se expressar publicamente e ter condições de vida dignas: trabalho, saúde, educação, transporte e assim por diante. E ninguém pode oprimir o outro, torturar outro, prender outro arbitrariamente. E ninguém é mais que o outro, por suas roupas, por sua profissão, por seu cargo, por sua riqueza.
O dever de todo governo é garantir a todos seus direitos, à vida, à liberdade, à livre expressão, ao trabalho, à saúde, à educação, à organização em defesa de seus direitos.


[1] É sociólogo, professor da escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro e membro da Equipe de Assessoria do ISER (Instituto de Estudos da Religião). Esta equipe foi criada em 1983, visando responder à demanda de movimentos populares e igrejas cristãs que solicitam assessoria em suas práticas sócio-políticas e pastorais. 

domingo, 25 de março de 2018

CELEBRAÇÃO DO DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR HOMILIA DO PAPA FRANCISCO.

Jesus entra em Jerusalém. A liturgia convidou-nos a intervir e participar na alegria e na festa do povo que é capaz de aclamar e louvar o seu Senhor; alegria que esmorece, dando lugar a um sabor amargo e doloroso depois que acabamos de ouvir a narração da Paixão. Nesta celebração, parecem cruzar-se histórias de alegria e sofrimento, de erros e sucessos que fazem parte da nossa vida diária como discípulos, porque consegue revelar sentimentos e contradições que hoje em dia, com frequência, aparecem também em nós, homens e mulheres deste tempo: capazes de amar muito... mas também de odiar (e muito!); capazes de sacrifícios heroicos mas também de saber «lavar-se as mãos» no momento oportuno; capazes de fidelidade, mas também de grandes abandonos e traições.

Vê-se claramente em toda a narração evangélica que, para alguns, a alegria suscitada por Jesus é motivo de fastídio e irritação.

Jesus entra na cidade rodeado pelos seus, rodeado por cânticos e gritos rumorosos. Podemos imaginar que são a voz do filho perdoado, a do leproso curado ou o balir da ovelha extraviada que ressoam, intensamente e todos juntos, nesta entrada. É o cântico do publicano e do impuro; é o grito da pessoa que vivia marginalizada da cidade. É o grito de homens e mulheres que O seguiram, porque experimentaram a sua compaixão à vista do sofrimento e miséria deles... É o cântico e a alegria espontânea de tantos marginalizados que, tocados por Jesus, podem gritar: «Bendito seja o que vem em nome do Senhor!» (Mc 11, 9). Como deixar de aclamar Aquele que lhes restituíra a dignidade e a esperança? É a alegria de tantos pecadores perdoados que reencontraram ousadia e esperança. E eles gritam. Rejubilam. É a alegria.

Estas aclamações de alegria aparecem incómodas e tornam-se absurdas e escandalosas para aqueles que se consideram justos e «fiéis» à lei e aos preceitos rituais [cf. R. Guardini, Il Signore (Brescia-Milão 2005), 344-345]. Uma alegria insuportável para quantos reprimiram a sensibilidade face à angústia, ao sofrimento e à miséria. Mas, destes, muitos pensam: «Olha que povo mal educado!» Uma alegria intolerável para quantos perderam a memória e se esqueceram das inúmeras oportunidades por eles usufruídas. Como é difícil, para quem procura justificar-se e salvar-se a si mesmo, compreender a alegria e a festa da misericórdia de Deus! Como é difícil, para quantos confiam apenas nas suas próprias forças e se sentem superiores aos outros, poder compartilhar esta alegria! (cf. Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 94).

E daqui nasce o grito da pessoa a quem não treme a voz para bradar: «Crucifica-O!» (Mc 15, 13). Não é um grito espontâneo, mas grito pilotado, construído, que se forma com o desprezo, a calúnia, a emissão de testemunhos falsos. É o grito que nasce na passagem dos factos à sua narração, nasce da narração. É a voz de quem manipula a realidade criando uma versão favorável a si próprio e não tem problemas em «tramar» os outros para ele mesmo se ver livre. Trata-se duma [falsa] narração. O grito de quem não tem escrúpulos em procurar os meios para reforçar a sua posição e silenciar as vozes dissonantes. É o grito que nasce de «maquilhar» a realidade, pintando-a de tal maneira que acabe por desfigurar o rosto de Jesus fazendo-O aparecer como um «malfeitor». É a voz de quem deseja defender a sua posição, desacreditando especialmente quem não se pode defender. É o grito produzido pelas «intrigas» da autossuficiência, do orgulho e da soberba, que proclama sem problemas: «crucifica-O, crucifica-O!»

E deste modo, no fim, silencia-se a festa do povo, destrói-se a esperança, matam-se os sonhos, suprime-se a alegria; deste modo, no fim, blinda-se o coração, resfria-se a caridade. É o grito do «salva-te a ti mesmo» que pretende adormecer a solidariedade, apagar os ideais, tornar insensível o olhar... O grito que pretende cancelar a compaixão, aquele «padecer com», a compaixão, que é o «ponto fraco» de Deus.

Perante todas estas vozes que gritam, o melhor antídoto é olhar a cruz de Cristo e deixar-se interpelar pelo seu último grito. Cristo morreu, gritando o seu amor por cada um de nós: por jovens e idosos, santos e pecadores, amor pelos do seu tempo e pelos do nosso tempo. Na sua cruz, fomos salvos para que ninguém apague a alegria do Evangelho; para que ninguém, na própria situação em que se encontra, permaneça longe do olhar misericordioso do Pai. Olhar a cruz significa deixar-nos interpelar nas nossas prioridades, escolhas e ações. Significa deixar-nos interrogar sobre a nossa sensibilidade face a quem está a passar ou a viver momentos de dificuldade. Irmãos e irmãs, que vê o nosso coração? Jesus continua a ser motivo de alegria e louvor no nosso coração ou envergonhamo-nos das suas prioridades para com os pecadores, os últimos, os abandonados?

E no vosso caso, queridos jovens, a alegria que Jesus suscita em vós é, para alguns, motivo de fastídio e também irritação, porque um jovem alegre é difícil de manipular. Um jovem alegre é difícil de manipular.

Neste dia, porém, existe a possibilidade de um terceiro grito: «Alguns fariseus disseram-Lhe, do meio da multidão: “Mestre, repreende os teus discípulos”. Jesus retorquiu: “Digo-vos que, se eles se calarem, gritarão as pedras”» (Lc 19, 39-40).

Calar os jovens é uma tentação que sempre existiu. Os próprios fariseus inculpam Jesus, pedindo-Lhe que os acalme e faça estar calados.

Há muitas maneiras de tornar os jovens silenciosos e invisíveis. Muitas maneiras de os anestesiar e adormecer para que não façam «barulho», para que não se interroguem nem ponham em discussão. «Vós… calai-vos!» Há muitas maneiras de os fazer estar tranquilos, para que não se envolvam, e os seus sonhos percam altura tornando-se fantastiquices rasteiras, mesquinhas, tristes.

Neste Domingo de Ramos, em que celebramos o Dia Mundial da Juventude, faz-nos bem ouvir a resposta de Jesus aos fariseus de ontem e de todos os tempos (também os de hoje): «Se eles se calarem, gritarão as pedras» (Lc 19, 40).

Queridos jovens, cabe a vós a decisão de gritar, cabe a vós decidir-vos pelo Hossana do domingo para não cair no «crucifica-O» de sexta-feira... E cabe a vós não ficar calados. Se os outros calam, se nós, idosos e responsáveis (tantas vezes corruptos), silenciamos, se o mundo se cala e perde a alegria, pergunto-vos: vós gritareis?

Por favor, decidi-vos antes que gritem as pedras...

Praça São Pedro
XXXIII Jornada Mundial da Juventude; Domingo, 25 de março de 2018


Papa Francisco.

quarta-feira, 21 de março de 2018

AINDA FALANDO DO ASSASSINATO DA MARIELLE


Senhores senhoras estou vendo os comentários dos doutores da lei, dos fariseus e outros religiosos. Sempre citando a lei a norma e tudo mais, sempre demostrando uma comunhão com a Igreja que desconheço. Primeiro ignoram o projeto de Jesus que deixa bem claro em João 15-12-17.
·         O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer. Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. Isto vos manda: Que vos ameis uns aos outros.”
Invocam uma espiritualidade de Lucas 18,11-12.
 
·         O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano.
Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’.

 Faz-se de perfeitos esquecem que Jesus de Nazaré veio de encontro ao pecador arrependido e no alto da cruz acolheu um ladrão primeiro no seu Reino Mateus 27,38, pois o mistério da hora da morte só Deus é algo insoldável ao coração humano e como Jesus se coloca em Mateus 7,1.
Mas alguns dos comentários são de pessoas católicas que não percebem que de acordo com o numero 313 e 375 do direito Canônico, sendo assim invocam para si um direito ilegítimo, querendo ser juízes da Igreja de quem são filhos e filhas.
Muito triste e muito nos envergonha alguns comentários, sendo um Cristão de outra Igreja é aceitável, mas alguns que dizem seguir o Papa e dizem amar a Igreja. O evangelho de Jesus é sinal de contradição, a moça foi Catequista, foi da paróquia.. olha o tempo verbal e mesmo que não tivesse nada haver com a Igreja temos que reconhecer que foi um crime politico, foi um recado para a sociedade, já estão matando parlamentares por motivo que desconhecemos e cidadão que vive a sua vida dentro da normativa social, quantos já foram e são assinados e seus corpos não são encontrados. Mas parece que a preocupação de alguns é provar que essa moça não merece a misericórdia de Deus e agora esta no inferno, ignorando o Juízo particular que todos iremos passar, ignorando a misericórdia de um deus que é todo amor. Deus diz no começo da Bíblia façamos o homem nossa imagem e semelhança e sinceramente, mesmo com qualquer escolha errada que possamos fazer, não deixamos de ser imagem do Deus de Amor.
Jesus foi chamado de comilão e beberrão, foi questionado por quebrar os paradigmas do seu tempo e isso não é ser revolucionário?
Jesus é o Líder da maior revolução que a história já viu, uma revolução sem armas ou tomada do poder temporal e muitos querem tirar isso Dele, atribuindo ao Mestre apenas uma conversão espiritual, quando ele vem para salva do homem inteiro, vem para alterar nossa pratica de vida. Não adianta comungar toda missa, confessar toda semana se não tiver atitude de misericórdia para com meu próximo e sinceramente, isso que esta nos faltando uma atitude misericordiosa para com essa moça. O julgamento pertence ao Deus que nos chamou a vida e aqui fico com a máxima de Mateus 25,34-40      

"Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo.
Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram;necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram’.
"Então os justos lhe responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber?
Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar? ’ "O Rei responderá: ‘Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram’.
Que Deus nos Abençoe e nos ajude a viver o seu projeto de forma consciente.


terça-feira, 13 de março de 2018

Concílios da Igreja Católica



Segundo os cânones 337 e 341 do Código de Direito Canônico, um concílio ecumênico (ecumênico: universal, ou seja, toda a Igreja Católica) é uma reunião de todos os Bispos da Igreja para refletir sobre pontos de doutrina e de disciplina que precisam ser esclarecidos, promulgar dogmas, corrigir erros pastorais, condenar heresias e, em suma, dirimir sobre todas as questões de interesse para a Igreja universal. É convocado e presidido pelo Papa ou por algum Bispo, isso porque não é necessário o Papa estar presente para a realização de um concílio, mas para ele ser válido precisa de sua confirmação.

Papas Durante o Concílio
Local e designação
Duração do
Concílio
Temas principais
São Pedro
Jerusalém
Outono de 51
Os convertidos do paganismo (novos cristãos) isentos de algumas práticas da lei mosaica, como a circuncisão.
São Vítor I
Concílio (Sínodo) de Roma
197
Examina a questão da data da Páscoa, celebrada diferentemente no Oriente e no Ocidente.
Santo Estevão I
Concílio (Sínodo) de Cartago
256
Cipriano, bispo de Cartago, reúne 87 bispos africanos. Discutem o Cisma novaciano.
Eusébio
Concílio (Sínodo) de Elvira
306
Reúne 19 bispos e 24 presbíteros da península Ibérica. Decretam o celibato do clero.
São Silvestre I
Concílio (Sínodo) da Gália
314
Constantino convoca em Arles, 33 bispos africanos na tentativa de evitar o Cisma donatista.
A Igreja  ganha o direito a liberdade de Culto e com isso agora os concílios passam a contar com a presença de autoridades civis e com algumas situações serão resolvidas com a escuta do Imperador, rei, governador ou seu representantes e os cinco primeiros concílios não são ecumênicos, pois tem a finalidade de sanar uma situação na Igreja local e não reúne todos os Bispos.
N.º
Papas Durante o Concílio
Local e designação
Duração do
Concílio
Temas principais
.’1º
São Silvestre I
Niceia I
20 de Maio a 25 de Julho de 325
Primeiro a reunir a Cristandade. Condena o Arianismo como heresia e exila Ário. Proclama a igualdade de natureza entre o Pai e o Filho. Redacção do Símbolo ou Credo que se recita na missa.
2.º
São Dâmaso I
Constantinopla I
Maio a Julho de 381
Afirma a natureza divina do Espírito Santo. Estabelece que o bispo de Constantinoplareceberá as honras logo após o de Roma.
3.º
São Celestino I
Éfeso
22 de Junho a17 de Julho de 431
Condena o Nestorianismo como heresia. Afirma a unidade pessoal de Cristo e a maternidade divina de Maria.
A Igreja Assíria do Oriente não reconhece este concílio e nenhum dos posteriores.
4.º
São Leão I, Magno
Calcedónia
8 de Outubro a 1 de Novembro de 451
Condenação do monofisismo. Afirma a unidade das duas naturezas, completas e perfeitas em Jesus Cristo, humana e divina. É escrita a carta dogmática "Tomo a Flaviano" pelo Papa Leão I.
As Igrejas não calcedonianas não reconhecem este concílio e nenhum dos posteriores.
5.º
Papa Vigílio
Constantinopla II
5 de Maio a  2 de Junho de 553
Condena os ensinamentos de Orígenes e outros. Condena os documentos nestorianos.
6.º
Santo Agatão
Constantinopla III
7 de Novembro de 680 a16 de Setembro de 681
Dogmatiza as duas naturezas do Cristo. Condena o monotelismo.
7.º
Papa Adriano I
Niceia II
24 de Setembro a 23 de Outubro de 787
Regula a questão da veneração de imagens (ícones). Condena os iconoclastas.
8.º
Papa Adriano II
Constantinopla IV
5 de Outubro  de 869 a 28 de Fevereirode 870
Condenação e deposição de Fócio, patriarca de Constantinopla. Encerra temporariamente o primeiro Cisma Ocidental.
9.º
Papa Calisto II
Latrão I
18 de Março a 6 de Abril de 1123
Encerra a Questão das investiduras. Independência da Igreja perante o poder temporal.
10.º
Papa Inocêncio II
Latrão II
Abril de 1139
Torna obrigatório o celibato para o clero na Igreja Ocidental. Fim do cisma do Antipapa Anacleto II
11.º
Papa Alexandre III
Latrão III
Março de 1179
Normas para a eleição do Papa (maioria de 2/3) e da nomeação de bispos (idade mínima de 30 anos). Excomungam-se os barões que, na França, apoiavam os Cátaros.
12.º
Papa Inocêncio III
Latrão IV
11 de Novembro a 30 de Novembro de 1215
Determina que todo o cristão, chegado ao uso da razão, é obrigado a receber a Confissão e a Eucaristia na Páscoa. Condenação dos Albigenses, Maniqueístas e Valdenses. Definição de transubstanciação.
13.º
Papa Inocêncio IV
Lião I
28 de Junho a17 de Julho de1245
Deposição do Frederico II.
14.º
Beato Gregório X
Lião II
7 de Maio a 17 de Julho de1274
Tentativa de reconciliação com a Igreja Ortodoxa. Regulamentação do conclave para a eleição papal. Cruzada para libertar Jerusalém. Institui o conceito de Purgatório.
15.º
Papa Clemente V
Vienne
16 de Outubro de 1311 a6 de Maio de 1312
Supressão dos Templários. Discute-se a questão dos bordéis de Roma e a nomeação de um arcebispo em Pequim, na China.
16.º
Papa Gregório XIIe Papa Martinho V
Constança
5 de Outubro de 1414 a 22 de Abril de1418
Extingue o Grande Cisma do Ocidente. Condenação de John Wycliffe e de Jan Hus. Decreta a supremacia do concílio sobre o Papa (posteriormente ab-rogado pelo Concílio Vaticano I). Eleição do Papa Martinho V
17.º
Papa Eugênio IV
Basileia-Ferrara-Florença
1431-1432
Sanciona o cânon católico (relação oficial dos livros da Bíblia), tenta nova união com asIgrejas orientais ortodoxas. Reconhecimento no romano pontífice de poderes sobre a Igreja Universal. Ratifica a figura do Purgatório.
18.º
Papa Júlio II e Papa Leão X
Latrão V
10 de Maio de 1512 a 16 de Março de 1517
Condenação do concílio cismático de Pisa (1409-1411) e do conciliarismo. Reforma da Igreja.
19.º
Papa Paulo III, Papa Júlio III ,Papa Marcelo II, Papa Paulo IV e Papa Pio IV
Trento
13 de Dezembro de 1545 a4 de Dezembro de 1563
Reforma geral da Igreja, sobretudo por causa do protestantismo. Confirmação da doutrina acerca dos sete sacramentos e dos dogmas eucarísticos. Decreta a versão da Vulgata como autêntica.
20.º
Beato Pio IX
Vaticano I
8 de Dezembro de 1869 a18 de Julho de 1870
Reforça a ortodoxia estabelecida no Concílio de Trento. Condena o Racionalismo, o Naturalismo e o Modernismo. Dogmas sobre o Primado do Papa e da infalibilidade papal na definição expressa de doutrinas de fé e de costumes.
21.º
Beato João XXIII e Papa Paulo VI
Vaticano II
11 de Outubro de 1962 a 8 de Dezembro de 1965
Abertura ao mundo moderno. Reforma da Liturgia. Constituição e pastoral da  Igreja, Revelação divina, liberdade religiosa, novo ecumenismo (visto que o modo tradicional de ecumenismo é bem diferente, como mostra a Encíclica Mortalium Animos, de Pio XI), apostolado dos leigos. Este Concílio gera muitas polêmicas, inclusive por não ser um Concílio dogmático. Os ditos tradicionalistas dizem que o Concílio Vaticano II rompe de modo herético com a tradição bimilenar da Igreja: a Missa Tridentina e o Canto Gregoriano perdem importância; o modo como todos os sete sacramentos são celebrados sofreu também mudanças.
Hoje alguns, falam que se faz necessários um novo concilio   e  outros dizem que precisamos colocar em prática o Vaticano II. Que nos preocupa que cada vez mais temos jovens invocando um período áureo da Cristandade e se fala de uma Igreja triunfante ignorando todo o trabalho desse concilio e  se prega um ortodoxia de algo que não se viveu de fato.