quarta-feira, 20 de maio de 2015

Fazendo memória de um Pai

Peço licença aos amigos para demostrar meu respeito ao homem que me guardou e me protegeu durante meus primeiros 16 anos.    Esse homem filho de pai rude e sem uma identidade até seus 18 anos quando resolveu construir com sua família. 
Chico Inácio filho de Zé Inácio nasceu no fim do verão  de 1943 viveu no seu tempo filho de uma segunda união não podendo ganhar a nacionalidade Brasileira devida o rigor da lei.   Foi criado no trabalho, aprendeu a somar, multiplicar, dividir e  subtrair e a  interpretar as letras juntas.   Se Zé Inácio nunca deu moleza para filho e seu lema era que pra comer tem que trabalhar e trabalhar duro.  Percebe no jovem Chico Inácio uma revolta com o mundo uma indignação com  a vida e um fechamento para o afeto.   Conheceu a jovem Cildinha e por ela se apaixonou e decidiu contra todos e tudo começar a sua própria  família.  O casamento seria sua redenção,  e assim foi o jovem Chico deixa sua alcunha de Inácio e passa a ser agora com  respeito próprio Francisco José dos Santos, abrindo mão do  sobrenome do pai. Adotou Francisco para honra a sua mãe e José  para honra seu pai e pelo motivo dos rigores da lei.  

O casamento foi sua redenção, Francisco  agora José calçou seu primeiro sapato, aquilo era algo novo, agora já não era mais um moleque era o Senhor Francisco José  ás 18 anos casado com responsabilidade de manter na dignidade a jovem Cildinha.   Na vida no nordeste apertou ele resolveu vir para o Rio de Janeiro e aqui fez sua  vida com trancos e barrancos e fes 10 filhos. Construiu uma família numerosa conheceu 4 bisnetos e  no dia 24 de abril se foi para a casa do Pai e deixou na família depois de tanta cabeçada e decisão  que não foram boas para nossa família que ele fez o seu melhor. Um homem rude, que não viveu sua infância, que não soube oque era juventude, que se negava e dizia que não sabia onde estava o tal amor. Mas agora faltado  poucos dias para celebrar   30º dia de sua partida, acredito que esse meu Pai o Seu Francisco, o Chico Pedreiro, o Pai do Antônio, do Lourival, da Cema, do Manoel, da Neide, da Angelita, meu Pai, do Gabriel, do Samuel, da Carmelita e Avô da Joyce, da Carol, da Iris, da Daniele, do Wesley, do Romerito, do Raí, do Mateus, do Lucas, do Michel, da Desirée  e bisavô de  duas meninas e três meninos, Deve esta contemplando o Amor na face de Deus, no mistério Daquele que nos deu a vida e da onde estiver deve estar celebrando  e dizendo que valeu a pena  a vida.   Obrigado Chico Inácio, Francisco José, Obrigado meu Pai. O Amor existe e sou testemunha disso, pois apesar de suas escolhas ainda guardo no coração os bons momentos que vivi na sua companhia quando criança e lamento pelo fato dele  não sentido o Amor e  em não ter visto na tua família motivos para viver e Amar. 

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