sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Estou chegando a nova idade.


Há mais de 40 anos venci uma corrida em  fevereiro. Em Novembro, estreio neste mundo,  sem copa do mundo, eleição ou novidade. Vivo assim,  na simplicidade, não quero um carro zero ou uma casa grande ou tão pouco  um amor egoista. 
Simplicidade, isso que devo busca viver com aquilo que tenho,  sabendo que nada me pertence ou vou poder levar comigo na hora de meu julgamento perante o verdadeiro Juiz.
Aquilo que uso  não é meu, aquilo que me foi confiado pretendo devolver, mas quero ter no meu coração e na minha mente algumas coisas que não serão deixado de lado na minha história.
As boas lembranças de minha mãe e de  meu pai me levando no armazém do seu Mário e nas vezes que disse que eu queria ser pedreiro,  do momento do banho no balde dado pela minha irmã Iracema quando eu era uma criança de colo,  o momento da mamadeira junto com meu irmão Gabriel, momento do café da manhã onde comíamos o angu assado (que até hoje me pergunto como foi feito), minhas idas no boteco do seu Nenzin,  as compras de doce na  barraca do seu Alcides e do velhinho que até hoje não sei o nome e nunca  mais vi,  o momento que a prima Terezinha me libertava do minha prisão me tirando do berço, os domingos que meu pai tocava fórro na vitrola e  comprava a galinha  pra minha mãe matar e fazer pra  família,  o copo de leite(sem açúcar) que minha mãe me dava aos domingos ou feriados o momento de ver TV e tantos  outros momentos bons e ruins que me vem na memória como na vez que queimamos o pé, eu e Samuel  com angu quente por causa da panela que virou e por isso tomamos as santas agulhadas  do seu Joaquim. 



Não posso esquecer-me do primeiro dia de aula, com a professora Ana Lúcia (como eu chorei), depois fui para sala da  professora Iriam, dos meus melhores amigos da escola e da rua, da gangue Força da Liberdade,  das brigas de rua que venci (as vezes com mais de dois), das brincadeira:  de policia ladrão, pique lateiro, salada mista, garrafão, pique alto, pique cola, bandeirinha, queimada, um toque, pau-na-lata, banhos no Rio Guandu,  as peripécias com a bicicleta, minhas visitas na casa de minha tia e dona Nelma, dos presente de natal (geralmente roupas)  e muitas coisas boas que não vou esquecer porque foi importante pra eu ser eu. Não posso esquecer-me das surras com varas de goiabeira.

Do primeiro beijo aos 13 anos, da forma que algumas moças me chamava carinhosamente (Dnonato, donatinho ou Dani), da minha preocupação em  não fazer covardia e ser covarde,  das notas boas em história, do concurso de redação que venci, das minhas professoras: Iriam, Inês, Adelaide (que exigia a tabuada), Maria  Pereira (que me reprovou), Fátima Helena, Nazaré, Elvira, Rosa, Soninha, Regina e  Neuza e professores: Zezão (perneta), Zinho, André, Marcos e tantos outros que não recordo.

Minhas noites de baile (onde fumava e bebia pra  passar a imagem de adulto),  meus amigos que morreram por estupidez,  o meu encontro com Jesus na Igreja Católica (isso esta me salvando),  a minha primeira Eucaristia, a celebração de Crisma (última  da paróquia  de Japeri presidida por Dom Adriano Hipólito),  a primeira celebração no 12 de dezembro de 1993 na Matriz de Japeri, a minha participação nos Grupos Jovens GRuJJA na Matriz de Japeri,  SHOC como fundador na Comunidade São José em Nova Belém, o serviço militar obrigatório  e toda descoberta feita nessa vida que Deus me concedeu naquele momento.

Não esquecerei jamais,  a sensação de pegar a minha pequena Desirée no colo no seu segundo dia de vida,  nas experiências vividas com ela e por ela, vivemos a graça da vida.  Simples, não tenho nada somente memórias de uma graça que esta vivo e celebrando as boas memórias, sem esquecer as experiências não deram certo. Por isso daqui a 7 dias irei celebra a primavera com a graça de um Deus que me ama e me  livrou de várias armadilhas, que possamos ser aquilo que somos, na simplicidade de não possuir, mas ser um amigo, um irmão e companheiro na missão de ser feliz  e fazer  um mundo melhor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.