quinta-feira, 4 de abril de 2013

Falando de pobreza


No inicio de seus trabalho Pastoral como Bispo de Roma  o Papa Francisco  nos recordou sobre a maior riqueza da Igreja:  

“Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger.”
A opção pelos pobres,  é a opção pelo Reino que Jesus nos anuncia.  Em toda Bíblia a  opção  é   pelo que sofre  todo tipo de   marginalização e a salvação chegará a humanidade quando  conseguirmos eliminar o abismo  social e econômico que construímos com pratica de Fé envernizada  e olhando para a Igreja  da Comunidade Primitiva onde  lemos que entre eles não haviam necessitados[1] e recordamos  que o  DA[2]   faz  a  opção   pelos pobres  salientando  que é umas das marcas que revelam o verdadeiro rosto da Igreja de Jesus Cristo[3], que faz parte do DNA da Igreja Latino-americana

·        395. O Santo Padre nos recorda que a Igreja está convocada a ser “advogada da justiça e defensora dos pobres diante das “intoleráveis desigualdades sociais e econômicas, que “clamam ao céu”. Temos muito que oferecer, visto que “não há dúvida de que a Doutrina Social da Igreja é capaz de despertar esperança em meio às situações mais difíceis, porque se não há esperança para os pobres, não haverá para ninguém, nem sequer para os chamados ricos”. A opção preferencial pelos pobres exige que prestemos especial atenção àqueles profissionais católicos que são responsáveis pelas finanças das nações, naqueles que fomentam o emprego, nos políticos que devem criar as condições para o desenvolvimento econômico dos países, a fim de lhes dar orientações éticas coerentes com sua fé.
·        396. Comprometemo-nos a trabalhar para que a nossa Igreja Latino-americana e Caribenha continue sendo, com maior afinco, companheira de caminho de nossos irmãos mais pobres, inclusive até o martírio. Hoje queremos ratificar e potencializar a opção preferencial pelos pobres feita nas Conferências anteriores. Que sendo preferencial implique que deva atravessar todas nossas estruturas e prioridades pastorais. A Igreja Latino-americana é chamada a ser sacramento de amor, de solidariedade e de justiça entre nossos povos.
De forma direta os números citados acima estão ligados     ao numero 223 que convoca toda Igreja para realizar o serviço missionário serviço do Reino de Deus. Que a nosso ver,  é maior que qualquer projeto pessoal com uma opção não exclusiva e nem excludente[4] . O Reino de Deus não é propriedade  de qualquer de classe ou religião.  Ele faz presente no hoje na boas ação dos homens e mulheres de nosso tempo.
No contexto de Lucas[5] que mostra o pobre como eleito de Javé revelando  que a  riqueza  pode  nos afastar do humano e nos separa do Divino  por um abismo social que desumaniza a sociedade que se diz cristã. E pelo menos seis versículos dos evangelhos sinóticos [6] Jesus nos alerta sobre a dificuldade do Rico se salvar.
E no sermão da montanha ele nos orienta sobre os nossos compromissos e o desapego[7]  com os bens deste mundo. Todo o contexto dos evangelhos não diz que o rico já esta condenado. A bíblia apresenta vários ricos que  conviveram com Jesus e  o mais famoso Zaqueu que se compromete e mudar de vida[8] . 

 No contexto bíblico a pobreza relatada é a questão material, mesmo que neste século tenhamos algumas misérias na humanidade que são piores que a pobreza.  E aqui não se tratar de tentar justificar as nossas falhas com desculpas de uma pobreza simbólica ou figurativa.   Contudo a Igreja Mãe e Mestra nos impulsiona  para também enfrentar esses desafios. Deixamos a reflexão do documento Galdium Et Spes:
·        “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo;” 

[1]  Atos 2,42
[2]  Documento de Aparecida
[3] ° 128 e 391
[4] n° 392
[5]  Lucas 16,25
[6] Mateus: 19,22-24, Marcos: 10,22-25 e Lucas: 18,23-25
[7] Mateus: 6,20-24
[8]  Lucas: 19,1-10

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